Esse é o Edge 60 Pro, o topo de linha da Motorola para 2025. Considerando que o grande defeito do Edge 50 Pro de 2024 era a performance abaixo da média, o novo modelo chega com especificações bem mais impressionantes. Bora analisar tudo que esse smartphone premium tem a oferecer.
Motorola Edge 60 Pro - Análise
Construção Externa e Design
Apesar do Edge 60 Pro ter praticamente o mesmo visual do Edge 50 Pro, ele perdeu um dos detalhes principais que diferenciavam o Pro dos outros celulares da linha Edge - as bordas em alumínio. Agora, elas são de plástico. Essa é uma decisão estranha, já que o novo modelo tem a proposta de ser um aparelho mais caro que o anterior.

Tecnicamente, bordas em plástico não são um problema, mas eu confesso para vocês que foi a primeira coisa que percebi ao pegar o celular na mão. Não tem aquela mesma sensação premium do Edge 50 Pro, parece mais um Edge "Fusion "ou "Neo".
Fora esse detalhe, a traseira continua de silicone, mas dessa vez, a textura não chega a ser emborrachada. É bem lisa e agradável ao toque.
Na parte de cima do aparelho temos um microfone e também a saída de som para ligações, que também funciona como uma saída de som estéreo.

Girando até a lateral direita, temos os dois botões de volume, botão power, e algo que eu acredito ser o microfone de cancelamento de ruído.
Na lateral esquerda os celulares geralmente não tem nada, então a Motorola colocou aqui um botão AI. No final da review eu vou explorar um pouco mais a funcionalidade desse botão, mas antes, a parte de baixo do celular, que é onde fica a saída de som principal, outro microfone, a entrada USB-C com suporte a carregamento de até 90W e a gavetinha de chip.
Aqui você pode colocar apenas um chip e nada mais. Tem até um "X" sinalizando para não colocar nada desse lado. Se você quiser usar a função dual-sim, pelo menos um dos chips deve ser virtual.

Voltando ao visual, o modelo azul que estamos testando é o de 256 GB, e ele também pode ser comprado na cor roxa. É um look bem chamativo, o que pode não agradar a todos. Mesmo assim, é legal ver a Motorola arriscando num visual mais vibrante, diferente dos outros celulares.
Apesar disso, se você curte tons neutros como cinza e off-white, essas duas cores ainda estão disponíveis aqui no Edge 60 Pro, mas apenas na versão mais cara com 512 GB de armazenamento.
Proteções
Uma área onde a Motorola tem melhorado muito nos últimos anos é a durabilidade dos celulares. O Edge 60 Pro vem completo com certificação IP68 e IP69, garantindo resistência contra jatos de água de alta pressão.

Ele também leva aquela proteção militar contra mudanças bruscas de altitude e temperatura.
Quanto à proteção na tela, o Edge 60 Pro não vem com película de fábrica, mas pelo menos a tela é feita de Gorilla Glass 7i, um vidro resistente a quedas e arranhões.
Tela
Uma característica que chama bastante a atenção e diferencia os celulares da Motorola da concorrência é a tela curva. Existem duas vantagens para esse tipo de tela: a primeira é a imersão - com a tela curvada, as bordas praticamente são inexistentes, o que é bem legal de ver.

Outra vantagem é que facilita a movimentação por gestos. Se você é como eu e abandonou os botões há muito tempo, saiba que, numa tela curva, os gestos ficam ainda mais rápidos e satisfatórios.
Nas especificações da tela, estamos tratando de um display praticamente igual ao do Edge 50 Pro: é um painel P-OLED de 6.7 polegadas com resolução 1220p.
A taxa de atualização foi reduzida de 144Hz no modelo anterior para 120Hz, o que não deve ser perceptível para a maioria das pessoas, mas vale a pena mencionar caso você seja sensível à frequência da tela.
Onde a tela melhorou mesmo foi no brilho, que já era alto no Edge 50 Pro, cerca de 2000 nits, foi para 4500 nits de pico no novo Edge 60 Pro. Vale mencionar que esse número só é alcançável com o modo adaptável ligado e também num ambiente com muita sol, como na rua num dia ensolarado, justamente onde o brilho extremo se faz necessário.

Sobre a qualidade da tela, diferente dos celulares baratos da Motorola, os Edge felizmente não utilizam telas do tipo LCD, mas sim, OLED. Essa foi a principal crítica que eu fiz na análise do Moto G75 - que é um ótimo celular, mas a tela LCD acaba o colocando abaixo da concorrência.
Telas OLED como essa aqui do Edge 60 Pro apresentam contrastes muito superiores, principalmente utilizando o celular em ambientes com pouca luz - não fica aquele brilho do backlight característico das telas antigas.

Uma coisa legal é que a Motorola permite que você customize as cores da tela, então se você curte os ícones bem saturados, pode configurar isso. Também tem a opção de deixar as cores mais condizentes com a realidade. Vai da sua preferência.
Câmera
Nas câmeras, o Edge 60 Pro segue a mesma receita do ano passado e continua com um conjunto bem completo: a principal tem 50 MP, a telefoto tem 10 MP e a ultrawide subiu de 13 MP para 50 MP.
Ano passado eu elogiei bastante as qualidade das fotos tiradas pelo Edge 50 Pro, e esse ano, o resultado é praticamente o mesmo. Eu fiquei esperando um dia ensolarado para tirar umas fotos bonitas com esse celular, mas o tempo não colaborou. Todas as fotos ficaram com um aspecto meio cinzento, mas não é culpa do celular, mas sim, do inverno aqui do sul mesmo.

As fotos com o sensor principal de 50 MP ficaram excelentes. Na hora, eu até pensei que tinham ficado com nitidez exagerada, mas analisando elas depois no computador, não encontrei esse problema.

Agora, a real estrela desse conjunto de câmeras é, na minha opinião, o sensor telefoto: ele tem zoom óptico 3x, ou seja, diferente do zoom digital dos outros sensores, esse aqui é um zoom de verdade, resultado de uma lente que diminui o campo de visão, mas aproxima a imagem sem perder detalhes.

Um grande teste das câmeras de celular é tirar fotos de animais de estimação, já que eles praticamente nunca ficam parados. Com a câmera telefoto, a gente conseguiu tirar vários retratos lindos dos gatos, e apesar deles estarem quase sempre em movimento, as fotos não sairam tremidas.
Esse sensor também é o meu favorito para tirar fotos de objetos, já que acaba diminuindo o ângulo e focando apenas no que interessa.
Selfies
Nas selfies, a Motorola se orgulha de ostentar os "tons de pele validados pela Pantone", e, de fato, as selfies saem com bastante detalhe. Em cenários com bastante luz, eu gostei bastante das selfies.

Apesar disso, em ambientes escuros, eu notei que o celular adiciona um excesso de nitidez na pele, deixando ela com um aspecto de couro. O celular tenta adicionar detalhes que não enxerga, e acabou exagerando em algumas fotos.

Ah, sobre a ultrawide, eu acabei nem usando porque a principal já oferece um ângulo de visão extenso. Mas um jeito legal de usar esse sensor é como macro - exatamente, basta selecionar a ultrawide, aproximar bem do objeto que ele troca para o modo macro. Esse é um jeito bom de tirar fotos de flores, por exemplo.
O meu veredito para as câmeras do Edge 60 Pro é o seguinte: se você curte tirar fotos com tons naturais e muito detalhe, vai estar bem servido com esse celular. Mas caso você já tenha um aparelho de um ou dois anos atrás da Motorola, não vai notar um grande upgrade aqui. É mais do mesmo.
Performance
Ano passado, eu disse que o maior ponto negativo do Edge 50 Pro era o processador fraco, e felizmente a Motorola corrigiu isso no novo modelo: o Edge 60 Pro vem com o chip Dimensity 8350 Extreme fabricado pela Mediatek.

Testando no aplicativo de benchmarks AnTuTu, ele pontuou 1.3 milhões. Esse número é consideravelmente maior que os 800 mil do Edge 50 Pro, mas mesmo assim, eu preciso ser honesto com vocês: 1.3 milhões não é uma pontuação alta o suficiente para competir com aparelhos topo de linha da Samsung e Xiaomi. O POCO F7, por exemplo, é um celular que chega a pontuar 2 milhões no mesmo teste, e custa o mesmo preço do Motorola. Já os celulares top da Samsung estão mais caros, é verdade, mas também ultrapassam facilmente os 2 milhões no teste de performance.
# | Celulares | Pontuação | Temp.Máxima | Preço |
---|---|---|---|---|
4° | Samsung Galaxy S25 Plus | 2.150.359 | 47 ºC | R$ 4.769,00 |
5° | Samsung Galaxy S25 | 2.125.213 | 45 °C | R$ 3.998,00 |
6° | Xiaomi POCO F7 | 1.971.349 | 37°C | R$ 2.679,00 |
7° | Samsung Galaxy S24 Ultra | 1.903.232 | 40 ºC | R$ 5.309,00 |
10° | Xiaomi POCO X7 Pro | 1.733.121 | 45 ºC | R$ 1.927,00 |
11° | Samsung Galaxy S24 | 1.616.898 | 43 ºC | R$ 3.198,60 |
12° | Samsung Galaxy S23 Ultra | 1.541.432 | 40 ºC | R$ 5.199,00 |
13° | Motorola Edge 50 Ultra | 1.513.299 | 42 ºC | R$ 3.699,00 |
14° | Samsung Galaxy S23 | 1.483.900 | 42 ºC | R$ 2.999,90 |
15° | Xiaomi POCO F6 | 1.440.875 | 40 ºC | R$ 2.199,00 |
16° | Motorola Edge 60 Pro | 1.380.442 | 36°C | R$ 3.149,00 |
17° | Xiaomi POCO X6 Pro | 1.367.332 | 40 ºC | R$ 1.979,00 |
24° | JOVI V50 | 825.179 | - | R$ 4.499,10 |
25° | Motorola Edge 50 Pro | 802.809 | 39 ºC | R$ 1.800,00 |
28° | Motorola Edge 50 | 719.230 | 42 ºC | R$ 1.869,15 |
32° | Samsung Galaxy A36 | 652.137 | 37 ºC | R$ 1.466,00 |
33° | Motorola Edge 60 Fusion | 651.632 | 38 ºC | R$ 2.159,00 |
34° | Samsung Galaxy A35 5G | 611.487 | 39 ºC | R$ 2.049,00 |
Apesar disso, a Motorola está indo no caminho certo, e mesmo não apresentando números de cair o queixo no aplicativo de testes, o Edge 60 Pro compensa na otimização: eu fiquei muito surpreso com a fluidez da navegação e agilidade geral ao usar o celular. Não consegui fazer ele travar nenhuma vez, mesmo abrindo vários aplicativos pesados ao mesmo tempo.
Já nos jogos, o Edge 60 Pro surpreendeu ainda mais: jogando Genshin Impact com tudo no máximo, ele apresentou o dobro da performance do celular do ano passado. O mesmo aconteceu no Mortal Kombat, jogo em que o Motorola conseguiu os tão sonhados 120 frames de média.

E se você quiser jogar Subnautica - um dos lançamentos recentes mais populares da Play Store - pode ficar tranquilo que o Edge 60 Pro rodou liso, também com tudo no máximo.
Ou seja, se o celular tem performance suficiente para rodar esses jogos pesados sem problemas, com certeza também tem desempenho para executar todas as tarefas necessárias no seu dia a dia sem travar.
Bateria
Fora a performance, outro ponto onde o Edge 60 Pro melhorou muito em relação ao antecessor foi no tamanho da bateria: ele vem com uma de 6.000mAh de capacidade, bem melhor que a de 4.500mAh do Edge 50 Pro.

Eu coloquei ambos para enfrentar o nosso teste de bateria completo, e depois de 8 horas executando várias tarefas diferentes, o Edge 60 Pro terminou com 26% de carga sobrando, enquanto o celular do ano passado finalizou com apenas 4%. Essa é uma diferença enorme de autonomia, e é muito legal ver a Motorola evoluindo tanto de um ano para o outro.
# | Celulares | Capacidade | Consumo | Tela Ligada | Tempo carregamento |
---|---|---|---|---|---|
5° | Honor Magic 7 Lite | 6.600 | 63 | 07:45h | 01:07h |
6° | Xiaomi POCO F7 | 6.500 | 63 | 07:45h | 0 |
7° | ASUS ROG Phone 6 | 6.000 | 64 | 07:45h | 0 |
24° | Motorola Moto G85 | 5.000 | 73 | 07:45h | 01:16h |
25° | Motorola Edge 60 Pro | 6.000 | 74 | 07:45h | 0 |
26° | ASUS ROG Phone 7 Ultimate | 6.000 | 75 | 07:45h | 00:57h |
70° | Xiaomi POCO X5 Pro 5G | 5.000 | 88 | 07:45h | 00:45h |
71° | Samsung Galaxy S25 | 4.000 | 88 | 07:45h | 01:17h |
72° | Samsung Galaxy Z Flip6 | 4.000 | 89 | 07:45h | 01:26h |
84° | Motorola Moto G54 | 5.000 | 94 | 07:45h | 02:10h |
85° | Motorola Edge 50 Pro | 4.500 | 94 | 07:45h | 00:23h |
86° | Motorola Edge 50 Neo | 4.310 | 94 | 07:45h | 00:44h |
88° | ASUS Zenfone 9 | 4.300 | 95 | 07:45h | 01:20h |
89° | Samsung Galaxy S24 | 4.000 | 95 | 07:45h | 01:17h |
90° | Xiaomi POCO M7 Pro | 5.110 | 95 | 07:45h | 01:22h |
98° | Xiaomi POCO M5 | 5.000 | 99 | 07:45h | 02:15h |
99° | Motorola Edge 50 Ultra | 4.500 | 99 | 07:45h | 00:18h |
100° | Xiaomi POCO X6 | 5.100 | 100 | 07:45h | 00:46h |
Agora, quanto ao carregamento, tivemos uma diminuição na velocidade: antes, o carregador que vinha na caixa era de 125W, e o Edge 50 Pro carregava dos 0 ao 100% em apenas 23 minutos. Já o novo celular está vindo com um carregador de "apenas" 90W. Eu coloco esse "apenas" entre aspas já que, apesar de ter diminuído consideravelmente em relação ao modelo do ano passado, 90W ainda é coisa pra caramba.
Outro downgrade que eu não gostei de ver foi no carregamento sem fio, que antes era de 50W e agora foi para míseros 15W.
Sistema e Atualizações
O Edge 60 Pro vem rodando Android 15 sob a interface gráfica Hello UI da Motorola. Eles prometem atualizar o sistema do celular por 3 anos, um tempo que não é ruim, mas é fato que celulares de outras marcas oferecem 4 anos de atualizações.
A interface continua sendo aquela experiência de um Android limpo com alguns extras da Motorola que podem ser acessados através do Moto App. O que eu mais uso é a funcionalidade de ativar a lanterna sacudindo o celular.

Ah, eu falei lá no começo que o Edge 60 Pro tem um botão de AI, e eu já adianto que infelizmente não temos como remapear esse botão para outras funções. Uma pena, não é mesmo? Mas para quem curte, com esse botão você ativa a nova AI da Motorola, que até o presente momento é basicamente uma alternativa ao Gemini.
Tem duas opções primárias, a primeira é o "anote aí", onde você basicamente fala e ele transcreve em texto. Uma ferramenta que pode ser útil para quem gosta de pensar alto as ideias no trânsito, por exemplo.

Tem também a opção "Guarde para depois", onde você pode salvar imagens ou informações para buscar rapidamente mais tarde. Funciona como uma agenda, mas com inteligência artificial para salvar e buscar informações com maior eficiência.
As ferramentas são básicas, mas considerando que a AI da Motorola foi lançada há pouco tempo, eu espero ver no futuro mais funções neste botão.
Conclusão
Apesar de eu ter comparado o Edge 60 Pro várias vezes com o antecessor, a realidade é que ele não chegou para substituir o Edge 50 Pro, mas sim, o Edge 50 Ultra. São grandes sapatos para preencher, já que o Ultra foi um dos melhores celulares que eu testei em 2024. E depois de algumas semanas testando, eu posso dizer com segurança que o Edge 60 Pro é um excelente smartphone, independente se você o classifica como intermediário premium ou topo de linha.

Ele não decepciona em nada, tem uma boa construção com certificação IP69, tela curva excelente, performance balanceada com muita eficiência e câmeras boas, principalmente a telefoto.
A realidade é que, mesmo comparando com celulares bem mais caros, como os da linha S25 da Samsung, o Motorola se sobressai num dos aspectos mais importantes, a autonomia.
É verdade que a potência do carregador caiu de 125W para 90W, mas mesmo assim, continua superior ao tempo de carregamento da Samsung. Tem também o fato do carregador de 90W vir incluso na caixa.
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Essa velocidade de carregamento não é novidade para usuários de Motorola ou Xiaomi - já faz tempo que as duas marcas ultrapassaram a Samsung nesse quesito, mas em 2025, também ultrapassaram em autonomia, a Motorola com o nosso Edge 60 Pro e a Xiaomi com o POCO F7.
Falando em POCO F7, esse é outro celular que concorre diretamente com o nosso Motorola. Eu ainda preciso usar ele por mais tempo para fazer um comparativo completo, mas pelo que eu vi até agora, o POCO F7 tem um processador mais potente, mas isso não resulta necessariamente em mais performance. Para falar a verdade, os dois são bem parecidos, então acredito que cabe mais ao sistema: Se você curte a Hello UI e todos os gestos, atalhos e botão da Moto AI, vá de Motorola. Agora, se você curte e já está acostumado com a HyperOS da Xiaomi, o POCO é uma opção sólida.
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No momento, ambos estão com o preço girando em torno dos R$ 3.000, um valor que eu considero coerente com o calibre desses dois aparelhos. Mas se você quer pagar ainda menos, recomendo ficar de olho no nosso grupo de ofertas no WhatsApp e Telegram. Eu posto direto as melhores promoções que eu encontro.