Esse aqui é o POCO M7 Pro, um dos celulares que entra para concorrer na lista dos melhores aparelhos intermediários para comprar em 2025. A pergunta é, num mundo onde existem Galaxy A36, Redmi Note 14, Motorola G75, e até mesmo o POCO X7 - todos orbitando na faixa de preço dos R$ 1.500 - será que existe espaço para mais um celular custo benefício?

Poco M7 Pro Análise

Construção Externa e Design

Quem pesquisa por "melhores celulares para comprar", sempre se depara com os modelos intermediários da linha "X" da POCO, como o X7 e X7 Pro e, principalmente, os "F", que representam os mais caros da marca. Mas pouco se fala sobre a linha "M", que é onde ficam os aparelhos mais econômicos, como o nosso M7 Pro.

Apesar de pertencer a essa categoria, o M7 Pro não aparenta ser um celular barato: estamos testando o da cor verde, e, honestamente, apesar do aparelho ser inteiramente feito em plástico, é um celular muito bem construído, bonito e bom de segurar.

A POCO sempre arriscou com visuais diferenciados em seus aparelhos, mas parece que agora finalmente acertaram: o POCO X7 Pro, por exemplo, foi um dos celulares mais bonitos que eu já testei, e o M7 Pro também segue seu próprio estilo, mas mantendo a identidade visual da POCO.

Um diferencial desses dois aparelhos "Pro" é o módulo de câmeras: seguindo a tendência dos novos iPhones, a POCO concorda que duas câmeras são suficientes. É um visual mais honesto e funcional, sem aquele monte de sensores pequenos que praticamente ninguém usa.

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Outro detalhe interessante na estrutura é o tamanho do flash. Ele é bem forte, algo incomum de ver nos celulares de hoje em dia. Para quem curte usar o celular como lanterna, tá aí um ponto positivo secreto do POCO M7 Pro.

Na gavetinha de chip, ele tem suporte a dois chips físicos. Você pode optar por colocar um cartão de memória no lugar de um dos chips, um recurso que desapareceu completamente nos celulares mais caros, mas que felizmente ainda resiste aqui nos celulares de entrada. Apesar disso, o M7 Pro não tem suporte a chips virtuais, apenas físicos.

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E pesquisando sobre o celular, eu encontrei alguns comentários de que o POCO não tem suporte a à pagamentos por aproximação, mas isso não é verdade. Pelo menos no modelo que estamos testando, o NFC está presente e funcionando.

Proteções

Nas proteções, o M7 Pro tem certificação IP64 que garante uma boa resistência contra poeira e detritos, mas pouca resistência à água. Ele até aguenta uns respingos de chuva ou umidade do chuveiro, mas pode não sobreviver a um mergulho na piscina, por exemplo.

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A Xiaomi também envia junto na caixa uma capinha de silicone. Ela é fosca e eu prefiro bem mais utilizar essas daqui do que aquelas transparentes que logo ficavam amareladas.

Já na tela, a POCO caprichou colocando Corning Gorilla Glass 5, um dos vidros mais resistentes do mercado.

Vale mencionar que ele já vem com uma película pré-aplicada na tela, mas como vocês podem ver, recebemos o celular bem riscado, então eu tive que removê-la para não ficar feio no vídeo. Mas isso é até legal, já que, mesmo com a película toda riscada, a tela embaixo continua em perfeito estado, com zero arranhões. Eu vejo pessoas criticando essa película da Xiaomi, e de fato, ela risca fácil. Mas acho que todo mundo concorda que é bem melhor ter uma película riscada do que o vidro da tela.

Tela

A Xiaomi, marca responsável pela fabricação dos celulares da POCO, foi pioneira em trazer telas AMOLED nos celulares de entrada, e agora que toda a concorrência foi obrigada a seguir o exemplo, a chinesa tenta se manter competitiva nesse segmento, aprimorando os displays cada vez mais. O POCO M7 Pro é um bom exemplo disso - ele tem um belo display AMOLED de 6.67 polegadas, resolução FULL HD+ e 120 Hz na taxa de atualização.

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Um diferencial é que, por ter brilho elevado de 2.100 nits, a tela também recebeu certificação Dolby Vision e HDR10+. Isso significa que ela é capaz de produzir conteúdos com alto alcance dinâmico, como filmes e séries através dos aplicativos de streaming como Netflix, Prime e por aí vai.

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Já a taxa de atualização de 120Hz proporciona uma fluidez impressionante - é a mesma frequência presente nos celulares mais caros da atualidade. O único lado negativo é que a tela consome mais bateria, mas a Xiaomi e demais fabricantes combatem isso colocando uma tela com taxa adaptativa: a frequência cai automaticamente para 60 Hz em certos conteúdos e só volta para 120 Hz quando você encosta o dedo na tela, o que é bem legal.

Performance

A versão Pro do POCO M7 é vendida com 8 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento, especificações que eu considero ótimas para 2025. Já o processador é um Dimensity 7025 Ultra da Mediatek, mas não se engane, de "Ultra" esse chip só tem o nome. Na prática, ele alcança praticamente a mesma performance que seus concorrentes.

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Um bom aplicativo para medir a força do processador é o AnTuTu Benchmark. Aqui, o POCO M7 Pro teve a pontuação de 470 mil. Esse é um desempenho bem familiar - já testamos dezenas de celulares com essa mesma pontuação, como o Note 14 4G e o Galaxy A16 5G.

#CelularesPontuaçãoTemp.MáximaPreço
24°Samsung Galaxy A55 5G727.54238 ºCR$ 2.169,92
26°Xiaomi POCO X7684.01740 ºCR$ 1.506,40
27°Motorola Edge 50 Neo669.98040 ºCR$ 1.799,10
36°Motorola Moto G85475.16837 ºCR$ 2.069,10
37°Xiaomi POCO M7 Pro470.40630°CR$ 1.279,23
38°Samsung Galaxy A16 5G468.33344 ºCR$ 1.115,00
39°Samsung Galaxy M34 5G459.77539 ºCR$ 1.999,75
40°Xiaomi Redmi Note 14 4G450.49237 ºCR$ 1.090,00
41°Xiaomi Redmi Note 13 5G445.50431 ºCR$ 1.570,00

Já o POCO X7, o celular que está um nível acima do M7 Pro na linha da POCO, pontuou 684 mil quando fizemos o teste do AnTuTu. Uma diferença considerável de performance bruta.

Navegando pelo sistema, eu não posso dizer que o M7 Pro é um celular travado. Muito pelo contrário - até fiquei surpreso com a agilidade do aparelho ao navegar entre os menus, customizar a tela, instalar e desinstalar aplicativos, etc. E isso é realidade para praticamente todos os celulares de entrada que eu testei recentemente: para tarefas cotidianas, funcionam muito bem. Mas caso você use o celular além do lazer, para trabalhar, por exemplo, eu recomendo investir num modelo com processador mais potente.

Bateria

O POCO M7 Pro tem uma bateria com capacidade um pouquinho acima do normal, são 5.110mAh. Para descobrir se o celular aguenta um dia inteiro de uso, eu fiz um teste de bateria completo com ele, que envolve navegação no Chrome, assistir vídeo, jogar, redes sociais e mais. No final das 8 horas, o M7 Pro ficou com 5% de carga sobrando, o que é um resultado bem decepcionante, principalmente por estarmos falando de um celular de entrada.

#CelularesCapacidadeConsumoTela LigadaTempo carregamento
16°Motorola Moto G825.0007007:45h01:10h
17°Xiaomi Redmi Note 14 4G5.5007107:45h01:17h
18°Samsung Galaxy S23 Ultra5.0007207:45h01:05h
28°Motorola Moto G845.0007707:45h01:15h
29°Xiaomi POCO X75.1107707:45h00:48h
30°Motorola Edge 30 Ultra4.6107807:45h00:32h
78°Realme 9 Pro Plus4.5009307:45h00:50h
79°Samsung Galaxy A16 5G5.0009307:45h02:04h
80°Realme Q3s5.0009407:45h01:20h
86°Samsung Galaxy S244.0009507:45h01:17h
87°Xiaomi POCO M7 Pro5.1109507:45h01:22h
88°Xiaomi 12 Lite4.3009607:45h00:45h
89°Xiaomi Redmi Note 14 5G5.1109607:45h01:04h
90°Xiaomi Redmi Note 13 5G5.0009807:45h01:18h

Comparando com outro celular econômico da Xiaomi, o Note 14 4G, aquele aparelho terminou o mesmo teste com impressionantes 29% de carga ainda sobrando.

Outro celular que impressionou na bateria foi o POCO X7 que eu citei anteriormente, ele finalizou o teste com 23% de bateria.

Já o consumo excessivo do M7 Pro é comparável ao de outro celular de entrada, o Galaxy A16 5G da Samsung. Aquele aparelho também consome muito em tarefas básicas - terminou o nosso teste com 7% de carga.

A boa notícia é que, na hora de carregar, o POCO não te deixa na mão: O M7 pro vem com um carregador grande de 45W na caixa, forte o suficiente para levar a bateria dos 0 ao 100% em aproximadamente uma hora.

Câmera

Nas câmeras, a POCO simplificou as coisas: ele vem com uma principal wide de 50 megapixels e um sensor de profundidade para auxiliar nas fotos em modo retrato.

A câmera principal filma apenas em FULL HD 30 frames, o que sim uma decepção. Outros celulares citados nesse vídeo filmam em FULL HD 60 ou até mesmo 4K. O mesmo ocorre com a câmera de selfie de 20 megapixels que eu estou usando agora para gravar esse trecho. Ela também filma em FULL HD 30.

Fotos com a câmera principal

Com a câmera principal, o M7 Pro é capaz de tirar fotos com boas cores e nitidez. Como esperado, o aplicativo de câmeras é um tanto lento, mas pelo menos as fotos saem numa qualidade boa.

Foto com a câmera principal do POCO M7 Pro
Foto com a câmera principal do POCO M7 Pro

Eu tirei algumas ao lado do concorrente da Samsung, o Galaxy A16 5G, e aqui fica clara a vantagem que o M7 Pro leva, principalmente nesses cenários de pouca luz. O HDR estava ligado em ambos os celulares, mas só o M7 Pro conseguiu clarear a grama corretamente, pegando muito mais detalhes que o celular da Samsung.

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Já nessa foto do carro molhado, eu notei um fenômeno estranho na foto do Galaxy A16, e dando zoom na lanterna traseira, notem como o POCO conseguiu recortar melhor e deixar a imagem nítida, enquanto o Samsung falhou completamente em captar detalhes dessa parte do carro.

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Nessa outra foto do deck, eu também prefiro o resultado POCO, já que a grama ficou um pouquinho mais contrastada, mas a diferença é bem menor que nas outras fotos.

Selfies

Quanto às selfies, é aqui onde o Galaxy A16 se sai melhor. Mesmo com embelezamento desligado, o POCO M7 Pro age igual todos os aparelhos da Xiaomi: suavizando a pele e deixando tudo mais rosado. É um filtro que vem embutido no pós processamento da câmera e não tem como desligar.

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O ângulo de abertura das selfies da Samsung também me agradam mais, mas aqui já é algo bem a gosto pessoal. Tenho certeza que vai ter gente aí nos comentários que prefere as selfies do POCO, e não tem nada de errado com isso.

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Sistema e Atualizações

Um dos pontos negativos desse celular é que, pelo que eu pesquisei, ele vai receber apenas dois anos de atualizações de Android. Considerando que um ano já foi, isso significa que ele vai receber outra atualização em 2026 e, depois disso, apenas patches de segurança.

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Esse tempo é muito inferior aos outros celulares que testamos. O Moto G75, por exemplo, deve receber até 5 anos de atualizações, enquanto o Galaxy A16 da Samsung tem 6 anos.

Já a interface é HyperOS 2.0, a mesma utilizada por outros aparelhos da Xiaomi. A customização dela é bem ampla, e a otimização parece estar em dia, já que mesmo num processador com performance abaixo da média com o do POCO, eu não tive problemas com lentidão ou travamentos graves enquanto usava o celular. Claro que isso é o mínimo - mas não é todo celular novo que sai otimizado.

Conclusão

Eu não gosto de fazer análises negativas, falando mal do celular, mas a realidade é que o POCO M7 Pro não tem nenhum ponto positivo que sobressaia em relação aos concorrentes. Principalmente quando comparamos ele com outros celulares custo benefício da Xiaomi, como o Note 14 4G e 5G. Aqueles aparelhos tem tudo que o POCO tem de bom, mas com autonomia bem maior e 4 anos de atualização de Android.

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Agora, se você precisa de um celular mais potente, eu recomendo ficar de olho no nosso grupo de promoções no WhatsApp e Telegram. Lá já apareceu o POCO X7 por menos de R$ 1.500, e é um celular muito superior aos de entrada da Xiaomi em todos os aspectos, principalmente em processador e proteção contra água.

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Eu vou deixar também a análise completa que eu fiz no Moto G75 da Motorola. Eu coloquei o título do vídeo de "por que todo mundo está comprando esse Motorola" e isso ainda é realidade: o G75 continua sendo um dos celulares mais vendidos, e no vídeo eu explico todas as razões.

Vídeo incorporado do YouTube

Muito obrigado por ter lido a essa análise do baratinho da POCO. Deixe um comentário se eu esqueci de alguma coisa. É tanto celular chegando que a gente às vezes acaba se confundindo, mas eu gostei bastante de testar esse aqui. Até o próximo artigo!