Ao ler a ficha técnica de um smartphone, monitor ou TV, é comum encontrarmos a medida de brilho expressa em "nits". Por exemplo, o celular X tem 2.000 nits de brilho, mas isso é bom ou ruim? Para não restar dúvidas, é interessante entender o que esse termo significa e por que ele é importante na hora de escolher um dispositivo.

Neste artigo, vamos explicar tudo: o que são nits; como eles são medidos; as vantagens de telas com muitos nits (especialmente em celulares); as desvantagens de telas com poucos nits; qual é um bom nível de nits; e se realmente vale a pena escolher um dispositivo com mais nits.

O que é nits?

De forma resumida, o nit é a unidade que mede a intensidade do brilho de uma tela. Quanto maior for o número de nits, mais luz a tela consegue emitir, facilitando a visualização do conteúdo. No celular, por exemplo, isso pode fazer a diferença ao sair de casa em dias ensolarados.

Como os nits são medidos?

Luminancímetro profissional usado em laboratório para medir nits
Luminancímetro profissional usado em laboratório para medir nits

O nit equivale a uma candela por metro quadrado (cd/m²), ou seja, ele representa a quantidade de luz que a tela é capaz de emitir em uma determinada área.

As fabricantes medem o brilho em laboratório usando um equipamento chamado luminancímetro. Na prática, elas analisam dois cenários:

  • Brilho típico: valor médio que a tela entrega no uso comum;
  • Brilho máximo de pico: usado em situações específicas, como na hora de exibir conteúdos HDR ou sob luz solar intensa.

É por essa razão que vemos celulares sendo lançados com medidas diferentes, como, por exemplo, 800 nits de brilho típico e até 2.000 nits de brilho de pico.

Quais as vantagens de telas com muitos nits em celulares?

  • Melhor visibilidade sob a luz do sol: telas mais brilhantes permitem enxergar com clareza mesmo em ambientes externos;
  • Experiência superior em HDR: conteúdos HDR se beneficiam de brilhos intensos, entregando mais realismo em cenas claras e escuras;
  • Cores mais vivas: aliado a tecnologias como AMOLED e OLED, níveis elevados de brilho tornam as cores mais impactantes.

Quais as desvantagens de telas com poucos nits?

  • Dificuldade para usar ao ar livre: em dias ensolarados, telas pouco brilhantes dificultam a visualização do conteúdo;
  • Menos qualidade em multimídia: conteúdos HDR e vídeos em alta qualidade perdem parte do efeito visual;
  • Experiência prejudicada em jogos: títulos que dependem de contraste e detalhes ficam menos imersivos.

Qual é um bom nível de nits para um celular?

Não existe um número exato, mas dá para ter uma referência:

  • Até 500 nits: suficiente para uso em ambientes internos;
  • Entre 800 e 1.000 nits: bom para uso externo sem grandes dificuldades;
  • Acima de 1.200 nits: ideal para quem usa o celular ao ar livre e consome conteúdos HDR;
  • 2.000 nits ou mais: garante excelente visibilidade em qualquer situação.

Vale a pena escolher um dispositivo com mais nits?

Motorola Edge 60 Fusion tem um painel com 4.500 nits de brilho máximo
Motorola Edge 60 Fusion tem um painel com 4.500 nits de brilho máximo

Depende do seu uso. Se você utiliza o celular ou notebook em ambientes muito iluminados, ter uma tela com alto nível de nits faz diferença, garantindo mais conforto visual, cores realistas e compatibilidade com tecnologias modernas, como HDR10 e Dolby Vision.

Por outro lado, se você usa o dispositivo apenas em ambientes internos e não faz tanta questão de assistir filmes ou jogar com a melhor qualidade de contraste e cores, um aparelho com níveis medianos de brilho já é suficiente.

No final das contas, mais nits garante uma experiência melhor, mas a real necessidade vai depender do seu perfil.