O review da vez é a nova versão do Moto G, um das linhas de aparelhos que mais vendem no Brasil. No texto e vídeo abaixo vamos ver se vale a pena fazer o upgrade para a novíssima 3ª versão deste sucesso entre os smartphones intermediários.

Disponível em 3 versões, totalmente personalizável, resistente à água, design renovado, fone de péssima qualidade e muito mais. Vamos ver tudo isso a partir de agora.

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Se você viu nosso review do Moto G de 2º geração ou possui o mesmo, vai ver que a semelhança vai muito além da caixinha: a cara do Moto G 3 está bastante parecida com o seu antecessor. As principais mudanças são na parte superior, que agora está igual a do Moto X 2. Na minha opinião ficou bem mais bonito e estiloso.

Ali na parte superior está a entrada para o fone de ouvido e o microfone para vídeos. Na parte inferior apenas a entrada microUSB, assim como no Moto G 2. As laterais também permaneceram inalteradas, com os botões power e volume no lado direito do aparelho. O único detalhe é que o power vem com uma textura para orientar o usuário.

Mas o diferencial vem com a traseira, chamada de Motorola Shell, e a opção de personalizar seu aparelho como quiser. Comprando através do site da Motorola você poderá usar o Moto Maker e montar o aparelho escolhendo as cores da frente (branca ou preta), a cor da traseira (10 cores disponíveis), a cor dos detalhes (outras 10 cores) e ainda escolher uma frase para ser impressa no seu aparelho (por R$ 9,90 a mais).

Essa traseira é de plástico possui uma textura emborrachada e vincada para uma melhor pegada. Na parte superior, centralizado, vem o detalhe metálico. Uma faixa que contém a câmera, logo abaixo o flash Real Tone e ainda mais abaixo o característico logo da Motorola. Na parte inferior vem a frase, caso você a tenha escolhido. Chama a atenção a quantidade de pontos de travamento que a traseira possui para dar a característica de resistência à água.

A frente recebeu algumas poucas mas importantes mudanças. Lá em cima temos o alto-falante que funciona como saída de áudio para uma ligação. Ao seu lado o sensor e depois a câmera frontal. A tela possuí as mesmas 5 polegadas da versão anterior. Falaremos mais sobre ela no decorrer do texto. Abaixo do display está o microfone e a saída de áudio externa do aparelho, e aqui vem a mudança pequena, mas significativa: O Moto G 3 só tem uma saída de áudio, contra 2 do seu antecessor, ou seja, o aparelho agora tem áudio mono e não mais estéreo.

Como medidas físicas ele possui 142,1 mm de altura x 72,4 de largura x 11,6 de espessura (6.1 mm nas bordas, parte mais fina). Seu peso é de 155 gramas.

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Em relação ao modelo anterior da família Moto G, o 3 não possui grandes alterações. Porém, o hardware ainda é digno de um dos melhores entre os smartphones intermediários, principalmente pelo seu preço e relação custo-benefício.

O display permanece com o mesmo tamanho de tela, resolução, PPI e proteção. São 5 polegadas equipadas com tecnologia IPS. A tela ocupa cerca de 67% da carcaça do aparelho. A resolução ainda não é Full HD, como muitos esperavam, provavelmente para não matar a bateria, que como veremos, não é das mais potentes. Com resolução HD de 1280 x 720 p, a taxa de pixels por polegada fica em 294. Pessoalmente prefiro telefones com 5.5 polegadas, mas confesso que "transportar" um aparelho um pouco menor é bem mais fácil; cabe direitinho no bolso da calça.

A proteção embarcada também não é melhor dp mercado. Temos a versão 3 do Gorilla Glass nesse Moto G, enquanto que os tops já dispõe da versão 4. É a mesma proteção do Moto G 2.

Para rodar os games, e foram vários, dos mais leves aos mais pesados, temos um Qualcomm Snapdragon 410 quad-core de1.4GHz Cortex-A53 e uma GPU Adreno 306 de 400 MHz para renderizar tudo. O desempenho foi acima do esperado para seu preço, rodando games como o Asphalt 8, Modern Combat 5 e Fifa 15. Excelente custo-benefício.

Claro que os games rodaram com uma certa lentidão na transição de menus, mas o que importa é que na jogatina a coisa foi melhor do que a encomenda. Confira abaixo umas telas para conferir os gráficos.

Como era de se esperar, não temos uma diversidade muito grande de sensores. Apenas proximidade, bússola, luz, aceleração e direção, ou seja, sem giroscópio, portanto, sem a possibilidade de utilizar o seu Moto G naquele seu Google Cardboard, uma das coisas mais legais dos smartphones de hoje.

No desempenho geral o moto G 3 surpreendeu. Alternância entre games pesados e aplicativos ocorreu sem problemas, melhor do que alguns smartphones "mais preparados". Ahh e fizemos isso com ele lotadinho de dados: Cerca de 1 GB livre dos quase 12 disponíveis ao usuário. O telefone tem na verdade 16 GB de armazenamento, mas pouco mais de 4 GB ficam com o Android 5.1.1. Sim, o telefone vem com 16GB de armazenamento interno (ou 8 na versão mais simples), mesmo armazenamento do Moto G anterior, um banho de água fria em quem esperava um upgrade nessa versão.

No teste que citamos acima, onde alternamos entre diversos apps e games, restavam cerca de 840 MB de memória RAM dos 2 GB disponíveis. Se você acha que isso é pouco, note que o Fifa 15, Modern Combat 5, Asphalt 8 e The Simpsons Tapped Out estavam abertos e na "espera" do sistema. A Motorola conseguiu otimizar o uso de memória neste aparelho. Ponto muito positivo.

E falando em armazenamento, se os 16GB acabarem rapidinho você pode inserir um micro SD de até 32GB de capacidade para dar mais uma vida para o seu aparelho.

Quanto às câmeras temos o melhor conjunto já empregado na família Moto G, que se iguala à média dos aparelhos intermediários, inclusive, mas que não chega a ser nada surreal. São 13 MP na câmera traseira com abertura f/2.0 e 5 MP na frontal, abertura f/2.2 com ângulo de 72 graus, ideal para você pensar em aposentar aquele pau de selfie. Ahh e por falar em Selfie, o Moto G agora identifica ambientes muito escuros e pode ativar a luminosidade do próprio display para ajudar na captura.

Quanto ao uso e facilidade para tirar as fotos, eu, que nunca havia resenhado um Moto antes, achei complicado em um primeiro momento. O sistema de foco, por exemplo é diferente das demais marcas (LG, Samsung, ASUS, etc.) onde é só clicar e o foco é feito instantaneamente. No Moto G é preciso arrastar um círculo, mas é claro, esse probleminha não é nada que desabone o smartphone e lá pela 5ª ou 6ª foto eu já estava adaptado.

Outras funcionalidades são um diferencial nos celulares da marca, como o ajuste de brilho e manter o dedo pressionado na tela para disparar inúmeras fotos sequenciais em questão de segundos. E para ajudar o sistema ainda te ajuda a escolher qual a melhor delas (falaremos mais sobre isso na parte dedicada ao sistema).

O diferencial de tirar uma foto com o Moto G 3 ao invés do seu antigo Moto G 2 é que agora o flash de LED é duplo e não mais simples. Além disso ele conta com a tecnologia CCT (Dynamic Correlated Color Temperature) que na prática vai equilibrar as cores do ambiente e garantir tons mais reais e cores mais vivas e nítidas. O resultado dos flashs dual tone são sentidos principalmente nos tons de pele que não mais "estouram".

O ruim das câmeras é que os modos de fotografia praticamente inexistem. Vim do review do Zenfone Selfie e do Zenfone 2 aqui no Oficina, com suas quase 2 dezenas de modos pré-configurados, entre eles, modo panorama, super resolução, efeito, profundidade de campo, manual, etc. e quando peguei o Moto G 3ª geração tive que me contentar apenas com modo noturno, HDR e panorama. Nada mais!

Mas veja bem, minha crítica não vai apenas ao Moto G e sim à Motorola como um todo, já que estou também usando um Moto Maxx, top dos tops, e os modos são os mesmos.

Se você costuma fazer vídeos com seu smartphone, poderá criar arquivos em 1080 p a uma taxa de 30 fps. O único modo "extra" disponível é a câmera lenta.

Bom, depois de todos esses prós e contras, confira algumas fotos feitas com ele:


Câmera frontal

O som, como dissemos antes, não é mais estéreo. Sim, por algum motivo inexplicado a Motorola decidiu que era necessário um downgrade do Moto G 2 e agora tudo que você escutará será um áudio mono =/ Poxa Motorola, era tão legal os alto-falantes do antigo Moto G, colocados na parte frontal e que assim não eram abafados pelas mãos na hora dos games.

E se você já está aí achando que vai consertar esse erro grotesco da Motorola com o uso do fone que acompanha o kit, tenho uma má notícia: O fone é um dos piores que já passaram aqui pela redação do Oficina nesses anos todos. Parece que o som não é uma das prioridades dos aparelhos da marca.

Ahhh, você até pode ter um Moto G 3 com um fone de qualidade, mas para isso vai ter que comprar a versão Music do aparelho, mais cara e que acompanha um fone bluetooth Moto Pulse.

Como conectividade temos Wi-Fi 802.11 b/g/n, função hotspot, bluetooth 4.0, A2DP, LE, GPS com A-GPS, GLONASS, rádio FM e o melhor de tudo: 4G em todos os modelos. Única coisa que ficou devendo foi a conexão NFC.

Agora vamos falar de um ponto que interessa a muitos e não raras as vezes decide uma compra: a bateria e sua autonomia. Melhorada em relação ao Moto G 2 ela tem agora 2470 mAh, que, segundo a Motorola é suficiente para até 24 horas de uso "normal".

Para finalizar um ponto interessante do Moto G 3: Ele possui certificado IPX7 que garante que o aparelho foi projetado para resistir por até 30 minutos à imersão em água doce de até 1 metro de profundidade. Detalhe: ele não deve ser operado enquanto submerso nem ser submetido a jatos pressurizados de água. Essa certificação também não garante resistência à poeira.

Confira agora como ele se saiu nos testes de benchmark:

Antutu

 

Vellamo

Agora veja uma comparação do Moto G 3 com o Moto G 2 e veja o que mudou.

[SPEC]15328,13601[/SPEC]

Agora uma visão geral das configurações de hardware do aparelho:

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Quanto ao software a Motorola costuma ser uma das preferidas dos usuários, pois apresenta uma versão extremamente limpa do Android. Isso é claro, como tudo na vida (momento reflexão), tem seus pontos positivos e pontos negativos. Como ponto positivo a "limpeza" do sistema que não traz um launcher pesado que gasta memória do sistema à toa, e, como ponto negativo, a "limpeza" do sistema. Explico:

Por ser uma versão menos modificada o Moto G 3, e os aparelhos da Motorola em geral, não possuem alguns recursos bacanas que vemos em outros aparelhos com Android, como a opção de encerrar todos os apps abertos em segundo plano ao mesmo tempo, ou então, quando você pressiona o botão power e segura por alguns segundos tem somente a possibilidade de desligar o aparelho, enquanto outras marcas colocam a opção de reiniciar e até mesmo o modo avião. Coisas pequenas é verdade e há bem mais para nos preocuparmos, mas é aquele tipo de coisinha mínima que faz uma enorme diferença na usabilidade.

Mas claro que o sistema da Motorola tem seus pontos positivos, entre eles alguns recursos bem bacanas de movimento, como, por exemplo, girar o pulso 2 vezes para abrir a câmera ou fazer "movimento de corte" para ligar/desligar a lanterna, mesmo com ele bloqueado. Outra coisa legal é que migrar o conteúdo do seu aparelho antigo para o novo será bem fácil com "Migração Motorola", um app gratuito e disponível na Play Store. Instale nos 2 aparelhos e você poderá migrar desde fotos e vídeos até contatos e histórico de chamadas. Funciona, inclusive, para iPhone e para celulares mais antigos (usando bluetooth).

Outras coisas legais de fazer com esse smartphone são, por exemplo:

Moto Assist: Ele percebe quando você está no trabalho ou em casa e adapta-se a cada situação. Permitindo ligações apenas de contatos selecionados, por exemplo, ou responder automaticamente as mensagens importantes. Acrescente perfis casa, faculdade e assim vai.

Moto Tela: Esse é muito legal e exibe um resumo das notificações (ligações perdidas, mensagens, Facebook, etc.) simplesmente ao pegar o aparelho na mão. Você também pode mexer nas músicas que está ouvindo, por ali, sem destravar o smartphone.

Moto Ações: Esse recurso além de muito legal é muito útil. Sabe quando você vê aquele momento único e precisa sacar o aparelho rapidamente para registrar uma foto? Se o seu smartphone tem senha você, provavelmente, vai perder a ocasião, certo? Mas com o Moto Ações, não. É só você girar o pulso 2 vezes e a câmera irá abrir, mais 2 vezes e ele troca par a câmera frontal. Se precisar de lanterna é só movimentar ele para cima e para baixo 2 vezes e ela acende, repita o movimento e ela desliga.

Uma das versões do Moto G 3 ainda vem com HDTV digital, porém não posso dizer muito sobre ela, já que não foi a que recebemos para teste. O que posso afirmar, pois vi no manual, é que uma antena externa e portátil acompanha o aparelho. Portanto, nada de praticidade por aqui. Quer ver Tv digital com seu smartphone? Então certifique-se de estar sempre com a antena (que é um pouco menor do que uma caneta) por perto.

Para finalizar ainda temos o prazer de contar com 2 chips, e o melhor de tudo é que o Moto G 3 é inteligente. Ele escolhe qual utilizar de acordo com a operadora do contato que você está ligando e aprende com seu uso diário. Aaah, e os 2 chips são 4G, alternando também para a melhor conexão de dados no momento. Se você quiser também, pode definir um deles para ligações referentes ao trabalho e o outro para as de trabalho, por exemplo.

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[BUY]15328,true[/BUY]E no final disso tudo, vale a pena trocar seu smartphone e pegar esse Moto G 3? Bom, depende do seu smartphone atual, é claro. Se você mudar de um Moto G 2 não vai sentir taaanta diferença e talvez não compense o investimento que fica entre 800 e 1 mil reais, mesmo preço das versões anteriores. Talvez compensasse colocar um pouquinho a mais de dinheiro e pegar o Moto X 2ª geração.

Mas caso você ainda não tenha um smartphone e esteja pensando em comprar seu primeiro aparelho, esse daqui é uma excelente opção. O custo-benefício é excelente e ele dá conta de tudo que um usuário convencional busca fazer.

Se ainda está indeciso, confira nossos outros aparelhos testados. Já são mais de 35 aparelhos pra você comparar e ver qual se encaixa às suas necessidades.

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