O Clubhouse, rede social que decidiu inovar e permitir que os seus utilizadores interajam apenas com mensagens de áudio, teve um início estrondoso no final do ano passado. Desde então, o aplicativo, que ganhou o apoio de diversas pessoas famosas como Elon Musk e Oprah Winfrey, estava restrito a pessoas que tivessem sido convidadas por outros utilizadores. Por conta disso, o hype foi diminuindo e o aplicativo entrou no esquecimento.

Clubhouse agora está disponível para todos

Ao longo de 2021, o aplicativo virou assunto de diversas manchetes, mas perdeu a sua relevância por conta da restrição para pessoas que não tinham sido convidadas e que não possuíam iPhone, já que a plataforma estava disponível apenas para iOS.

Como forma de contornar essa decaída, os desenvolvedores do app anunciaram um programa de monetização, e agora, pode ser utilizado para qualquer pessoa - até mesmo para Android, como anunciado em maio deste ano. Assim, após 16 meses, o Clubhouse finalmente acabará com a lista de espera e os convites.

Clubhouse anuncia: sem convites e sem esperas. (Imagem: Reprodução / Clubhouse)
Clubhouse anuncia: sem convites e sem esperas. (Imagem: Reprodução / Clubhouse)

Mais mudanças

O anúncio chega pouco tempo após a plataforma lançar oficialmente o Backchannel, um sistema de envio de mensagens diretas por texto. Até então, era possível enviar apenas mensagens de áudio, o que inviabiliza o uso completo da plataforma e motivo de muitas críticas, principalmente por parte dos deficientes auditivos que acusaram o Clubhouse de não dar importância à acessibilidade.

Essa será a nova imagem do ícone do Clubhouse (Imagem: Reprodução/Clubhouse)
Essa será a nova imagem do ícone do Clubhouse (Imagem: Reprodução/Clubhouse)

Agora que o Clubhouse está disponível para todos, um novo logotipo e um novo ícone do aplicativo serão utilizados como forma de celebração da ocasião. A imagem agora tem a cara de Justin "Meezy" Williams, empresário do rapper 21 Savage.

Tarde demais?

Já não é de hoje que a plataforma considerava eliminar os convites. No fim do mês passado, por exemplo, o aplicativo permitiu a entrada de uma onda de pessoas mesmo sem indicação de outros membros. Mais tarde, Paul Davison, um dos fundadores do Clubhouse, havia prometido o fim da exigência até agosto, como forma de aproveitar o bom momento da chegada do app no Android.

Mas podemos dizer que essa mudança aconteceu tarde demais, especialmente porque vários concorrentes do Clubhouse já lançaram suas próprias versões de redes para conversas em áudio. O Twitter Spaces, as Facebook Rooms e o Greenroom do Spotify, são alguns exemplos. Segundo os cofundadores da rede, eles precisaram esperar um aprimoramento na estrutura, já que os servidores poderiam ficar sobrecarregados com o elevado número de pessoas.

Fonte: Clubhouse