O Xiaomi 17 Pro Max, lançado em setembro deste ano, é o novo flagship da Xiaomi que chega para atender quem precisa de um smartphone com desempenho monstruoso, câmeras de qualidade, bateria gigantesca e até uma tela secundária na traseira, um dos maiores diferenciais do modelo. No entanto, com vários topos de linha à venda no mercado, será que ele vale a pena mesmo? Abaixo, vamos analisar a ficha técnica para entender se o Xiaomi 17 Pro Max é realmente uma boa escolha.
Design e construção
O Xiaomi 17 Pro Max entrega uma construção com vidro na traseira e uma estrutura de alumínio, ambos com acabamento fosco, que resiste bem a marcas de dedo. A tela do aparelho é protegida pelo Dragon Crystal Glass 3, uma tecnologia da própria Xiaomi desenvolvida com um composto de cerâmica que garante mais resistência a arranhões e quedas acidentais.
Assim como um bom topo de linha, ele vem com certificação IP68 contra água e poeira. A fabricante afirma que o 17 Pro Max pode ser submerso até 6 metros, muito mais do que o padrão original. Embora tenha uma bateria de 7.500 mAh, o modelo entrega um design fino, com 8 mm de espessura (sem contar a protuberância da câmera/tela). Por fim, ele pesa 219 gramas, então é um smartphone mais robusto, o que já era de se esperar considerando o hardware extra na traseira.
Telas
Como mencionado anteriormente, o Xiaomi 17 Pro Max tem duas telas: uma na frente e outra atrás. Ambas oferecem a tecnologia LTPO AMOLED e suportam os mesmos recursos: taxa de atualização de 120 Hz, HDR10+, Dolby Vision e 3.500 nits de brilho máximo. O que muda é o tamanho e a resolução, já que o frontal tem 6,9 polegadas com resolução de 2608 x 1200 pixels e o traseiro mede 2,9 polegadas com resolução de 976 x 596 pixels.
A tela extra é um dos maiores diferenciais do modelo. Na prática, o painel serve para exibir notificações, atender chamadas, controlar músicas e tirar selfies com as câmeras Leica, aproveitando o módulo principal para registrar fotos com mais qualidade. Embora seja uma proposta boa, ela não é nova. O antigo Mi 11 Ultra, lançado em 2021, já tinha dado o pontapé inicial com esse recurso, mas com uma telinha bem menor e mais discreta.
Apesar de chamar a atenção, a funcionalidade do display é limitada, já que não permite instalar aplicativos de terceiros, então o uso acaba restrito a poucos comandos rápidos. Na vida real, o "Dynamic Back Display", como é chamado pela Xiaomi, é mais um toque de estilo e uma ferramenta para criadores de conteúdo do que um diferencial que realmente vai impactar a vida dos consumidores. Ainda assim, a ideia é muito boa, principalmente se a marca garantir novas interações no futuro.
Performance
O Xiaomi 17 Pro Max vem equipado com o poderoso Snapdragon 8 Elite Gen 5, aliado a 12 GB ou 16 GB de RAM e opções de 512 GB ou 1 TB de armazenamento. Esse é o melhor processador da Qualcomm no momento, com a fabricante prometendo 20% mais desempenho e 30% menos consumo de energia. Com um hardware assim, pode ter certeza que o aparelho é uma verdadeira máquina, entregando uma resposta imediata e zero engasgos em qualquer tarefa.
No AnTuTu V11, por exemplo, o Xiaomi 17 Pro Max chegou a registrar 3,5 milhões de pontos, ficando entre os melhores celulares já testados na plataforma. No Geekbench 6, ele somou 3.528 pontos no teste Single-Core e 10.600 no teste Multi-Core, um resultado bastante expressivo. É claro que benchmarks não são a melhor forma de avaliar o desempenho real de um aparelho, mas sim a velocidade na abertura de apps e principalmente jogos. De qualquer forma, com esses números, o topo de linha da Xiaomi certamente entrega uma performance brutal.
Câmeras
O Xiaomi 17 Pro Max vem com três câmeras traseiras e uma frontal, todas com lentes Leica Summilux, reconhecidas pela fidelidade de cor e nitidez. A principal tem 50 MP com sensor Light Fusion 950L e estabilização óptica, a secundária telefoto periscópica de 50 MP com zoom óptico de 5x e, por fim, uma ultrawide com 50 MP com campo de visão de 102 graus. A câmera frontal também é de 50 MP.
Alguns sites já tiveram a oportunidade de testar e colocar a prova as câmeras do aparelho. No Gizmochina, o analista Sern Wen destacou que as câmeras do novo flagship da Xiaomi são realmente boas, principalmente a principal e a telefoto. O sensor principal captura fotos nítidas, detalhadas e com excelente desempenho em baixa luz, além de gravar vídeos em 8K.
A telefoto de 5x também surpreende: mesmo à distância, ela mantém a nitidez graças a um algoritmo que combina imagens do sensor principal. Ele também destaca que a ultrawide é um pouco mais limitada. O campo de visão é mais estreito do que o esperado, então não é a melhor opção para vlogs ou fotos de grupo muito grandes, mas ainda funciona bem para paisagens.
Já a câmera frontal de 50 MP se destaca, entregando selfies detalhadas, HDR equilibrado e gravação em 4K estável, ótima para quem gosta de criar conteúdo com o celular. No geral, o Xiaomi 17 Pro Max é um dos smartphones mais completos para quem ama fotografia e vídeo. A parceria com a Leica parece fazer toda a diferença e, mesmo sem ser profissional, qualquer pessoa consegue tirar fotos incríveis com ele.
Bateria e carregamento
O Xiaomi 17 Pro Max tem uma bateria de 7.500 mAh. De acordo com testes do XiaomiTime, o aparelho alcança mais de 20 horas de uso intenso, com redes sociais, vídeos, jogos e gravações. Na prática, isso quer dizer que a bateria dele dura tranquilamente mais de um dia longe da tomada, não só ultrapassando facilmente as 24 horas de autonomia, mas podendo chegar perto das 30 horas de uso moderado.
Com esse resultado, o modelo é um dos "reis de bateria" em 2025. O segredo está na combinação de uma bateria generosa, o processador Snapdragon 8 Elite Gen 5 e a otimização da interface HyperOS 3, que ajusta o consumo de energia de acordo com o tipo de uso. Além disso, o carregamento ultrarrápido de 100W enche a bateria em menos de 40 minutos e, para completar, ele ainda tem carregamento sem fio de 50W e reverso de 22,5W.
Sistema e atualizações
O Xiaomi 17 Pro Max vem rodando o HyperOS 3 baseado no Android 16. A Xiaomi não revelou quantas atualizações esse modelo vai receber, mas levando em consideração a política adotada na linha Xiaomi 15 do ano passado, espera-se no mínimo quatro grandes atualizações de sistema e seis anos de pacotes de segurança.
No geral, o sistema é rápido, visualmente moderno e com ampla possibilidade de personalização. O maior destaque vai para a "HyperIsland ", uma solução bem semelhante a Dynamic Island da Apple. O recurso exibe notificações e garante acesso rápido a aplicativos em segundo plano, permitindo exibir eventos do calendário, pausar uma música no Spotify ou atender/recursar uma chamada.
Preços
O Xiaomi 17 Pro Max foi lançado na China com preços a partir de CNY 5.999 (~R$ 4.468). Até o momento, o aparelho segue exclusivo do país e ainda não há previsão de lançamento em outros mercados.
Vale a pena comprar o Xiaomi 17 Pro Max?
Sim, o Xiaomi 17 Pro Max vale muito a pena. Ele entrega um desempenho monstruoso graças ao Snapdragon 8 Elite Gen 5, tela de altíssima qualidade (incluindo a secundária), câmeras com lentes Leica e uma bateria gigantesca que garante autonomia de sobra. O grande problema é que esse modelo não deve chegar ao Brasil.
Mesmo com forte presença no país, todo mundo sabe que a estratégia da Xiaomi por aqui se resume ao seguinte: nada de topo de linha, apenas smartphones de entrada e intermediários. Modelos realmente premium, como os da linha "Ultra" e agora "Pro Max", continuam restritos à China e alguns mercados da Ásia e da Europa. Nunca chegaram no Brasil e, mesmo com o hype do 17 Pro Max, parece que ainda não vai ser dessa vez.
Durante o lançamento do Xiaomi 15T Pro, em uma conversa de bastidores, o Oficina da Net chegou a perguntar se eles pretendem trazer o Xiaomi 17 Pro Max para o mercado brasileiro e a resposta foi: "estamos nos esforçando por isso, mas ainda sem previsão". Além disso, alertaram que, se acontecer, o preço seria bastante elevado.
Mesmo assim, pela experiência que temos nesse meio e os motivos que já citamos anteriormente, o cenário mais provável é que o Xiaomi 17 Pro Max permaneça exclusivo do mercado asiático. A menos que haja uma mudança significativa na estratégia da marca no Brasil, vamos ficar "chupando dedo", pelo menos oficialmente.






