Conforme o co-fundador do WhatsApp, Brian Acton, em 2017 a empresa deve passar a explorar alternativas de monetização junto a empresas, como forma de recuperar a receita que deixou de ganhar após extinguir a taxa anual de US$ 0,99 que mantinha para o uso da plataforma. A afirmação foi feita em entrevista à revista Exame.

Porém, os usuários do app não precisam se preocupar com propagandas dentro do serviço. Isto porque conforme Acton, a ideia não é ganhar dinheiro com anúncios na plataforma, mas negociar o uso do mensageiro como um canal de comunicação direto com clientes para empresas. O modelo de negócio já estava em testes desde o ano passado, mas deve ser ampliado em 2017.

"Em 2016, atualizamos nossos termos de serviços e de privacidade, algo que não fazíamos há anos, e isso preparou o caminho para o uso do WhatsApp por empresas", afirma Acton. "Além disso, estudamos casos de uso comercial. Em 2017, vamos ampliar nossos esforços nesse campo. A ideia é aumentar nosso alcance nessa área", acrescenta.

Segundo o co-fundador, este modelo de negócio pode ser bem eficiente no Brasil, visto que os usuários locais tendem a usar o app de forma "criativa" para comunicação com companhias. Acton ainda não revelou detalhes do que se pode esperar do serviço, entretanto, uma possível alternativa seria a aplicação dos já conhecidos chats bots inteligentes do Facebook Messenger no WhatsApp, já que ambas plataformas têm objetivos semelhantes e uma lógica parecida de comunicação.

O WhatsApp no Brasil

Hoje, o Brasil é maior mercado para o WhatsApp na América Latina. São mais de 100 milhões de usuários brasileiros, o que torna o país importante para o serviço. Segundo Acton, o feedback da comunidade brasileira é um dos fatores mais importantes da atuação por aqui. Contudo, o executivo não vê a abertura de uma sucursal brasileira do app tão cedo. "Vamos avaliar isso conforme crescermos. Mas agora é mais fácil e prático gerenciar tudo aqui da Califórnia", diz.

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