Com a rede 5G ainda tomando formas, já existem pessoas estudando sobre as possibilidades da rede que vai sucedê-la, a 6G. Os estudos estão sendo feitos por tecnólogos da Universidade de Oulu, na Finlândia, onde um programa de pesquisa que deve durar oito anos foi formado a fim de estudar e descobrir o 6G sob o apoio financeiro da Academia da Finlândia e do Centro de Comunicações Sem Fio da Universidade de Oulu.

O programa se chamará "6Genesis". A Universidade Oulu é o lugar perfeito para essa pesquisa, já que se trata de um importante centro de desenvolvimento de 5G.

O diretor deste projeto, Matti Latva-aho, explicou em um artigo que propõe o 6Genesis: "uma nova geração móvel aparece a cada 10 anos e, assim, 6G surgirá por volta de 2030 para satisfazer todas as expectativas não atendidas com o 5G, bem como novas a serem definidas em uma fase posterior."

Campus da Universidade de Oulu. (Foto: Screenshot/University of Oulu)
Campus da Universidade de Oulu. (Foto: Screenshot/University of Oulu)

Em um vídeo produzido para demonstrar a visão de como seria o mundo com a nova rede em 2037, vemos uma tecnologia típica de filmes sci-fy, com uma inteligência artificial além da imaginação: telefones com base em nuvem e com uma interface de projeção que monitora a saúde do usuário, as roupas também monitoram a vitalidade e os produtos possuem "configuração on the fly" e "UIs de holograma".

Até as garrafas de água terão exibição ao vivo na embalagem, e os carros se transformarão em "mobilidade como serviço". As cidades terão segurança e conforto sencientes que são baseados em serviços de observadores e de catering de inteligência artificial. Incrível não é? Dê uma olhada no vídeo:

No artigo, há uma visão para o ano de 2030 em que é dito: "Nossa sociedade é orientada por dados, possibilitada pela conectividade sem fio ilimitada e quase instantânea." Latva-aho também declarou em uma entrevista que a nova rede irá envolver computação distribuída e inteligência, junto de materiais e antenas em frequências muito altas.

Funcionaria como uma pesquisa orientada que vai do rádio em direção à faixa THz, essas aplicações serão inspiradas em inteligência artificial também.

Como ainda não se sabe qual efeito a 5G vai causar, os grupos de estudo de 6G voltarão seu foco na exploração de tecnologias que ainda não existem e não são possíveis, mas que devem evoluir conforme a indústria vai se habituando com o 5G.

Assim, para que seja possível aumentar as taxas e capacidade de dados, a rede 5G costuma elevar os rádios celulares para a frequência de vários gigahertz, que são chamados de "ondas milimétricas". Por isso, é possível imaginar que o 6Genesis vai querer ir ainda mais longe, e provavelmente teremos tecnologia para isso até lá. O primeiro seminário da 6Genesis está marcado para acontecer ainda neste outono. 

O que acharam da nova rede 6G? Será que vai dar certo? Comente!

Fonte: PCMag