Comprar celular em 2025 continua sendo um desafio — principalmente se você não quer gastar muito, mas também não quer levar uma bomba pra casa. O mercado está cheio de modelos que parecem bons no papel, mas decepcionam no uso real. É por isso que fiz este guia. Com base em experiência própria e muitas análises, vou te mostrar o que realmente importa na hora de escolher um celular bom e barato este ano.
O que significa "bom e barato" em 2025?
Antes de mais nada, tenho que explicar que "bom e barato" não é só um número no preço. É sobre custo-benefício real, ou seja, o que o aparelho entrega de verdade pelo que você paga. Um celular barato que trava, esquenta ou quebra fácil não vale o investimento — mesmo que custe R$ 800.
Hoje, com o dólar alto e os componentes mais caros, o "barato" no Brasil gira entre R$ 800 e R$ 1.400. É nesse intervalo que você encontra celulares competentes pra redes sociais, vídeos, estudos e até jogos leves.
O que realmente importa na hora de escolher
Separei aqui as principais coisas que você precisa saber sobre o aparelho antes de comprar. Mesmo que você não tenha muito experiência com especificações do aparelhos, como o modelo do processador ou tamanho da memória, calma que vou te explicar de um jeito fácil para você entender.
1. Processador (chipset)
O processador é o cérebro do celular, simples assim. Se você não quer um celular lento, o principal é saber qual o procesador que o aparelho tem. Minha dica é que você evite os chips mais antigos e fracos, como Unisoc T610/T612. Esses modelos de processador geralmente estão naqueles celulares bem baratinhos, mas se engane, não vale a pena.
Priorize comprar um celular que tenha pelo menos:
- Snapdragon 680 ou superior
- MediaTek Helio G88, G99 ou Dimensity 6100+
- Samsung Exynos só se for linha intermediária atualizada (ex: o A16 que tem o Exynos 1330 e o A26 que tem o Exynos 1280)
Qualquer celular que tenha pelo menos esses processadores acima vão te garantir uma fluidez razoável no dia a dia, sem engasgos e alguns até consegue rodar alguns joguinhos, se você curte.
2. Memória RAM e armazenamento
O mínimo aceitável em 2025 é:
- 4 GB de RAM (o ideal mesmo é 6 GB, já que o Android consome mais a cada versão)
- 128 GB de armazenamento
- melhor ainda se tiver entrada pra cartão microSD
Evite qualquer modelo que tenha uma configuração inferior a essa, como aqueles básicos mais antigos ou até alguns da linha Moto E que vem com 3 GB de RAM ou 64 GB de armazenamento — esquece, é cilada bino!
E aqui vai uma dica extra: se o sistema for o Android Go, desconfie. Ele é mais leve, mas também muito mais limitado.
3. Bateria
Eu recomendo que você procure por modelos que tenham pelo menos:
- 5.000 mAh de bateria (esse é o tamanho do "tanque" que guarda energia)
- carregamento rápido de pelo menos 18W (essa é velocidade do carregamento)
Hoje, esse é o padrão pra aguentar um dia inteiro sem sufoco. Mas cuidado com marcas que prometem "turbo power" e entregam só 10W.
4. Tela
Felizmente, a maioria dos aparelhos hoje já tem uma tela minimamente digna de um celular "bom e barato". A dica aqui é evitar telas com resolução HD+ em painéis acima de 6,5 polegadas. Elas mostram pixels visíveis e afetam muito a experiência.
O mínimo ideal para você não se arrepender é:
- tela Full HD+
- com taxa de atualização de 90 Hz (ajuda na fluidez)
A grande maioria dos aparelhos baratos tem uma tela IPS LCD, que é boa e oferece um bom custo-benefício, mas se você encontrar AMOLED nessa faixa de preço, é um bônus valioso.
5. Câmeras
Para ser bem sincero, câmera boa em celular barato é exceção. Não dá para esperar muito das câmeras de um celular básico. Se você quer tirar boas fotos, evite cair em marketing do tipo "50 MP com inteligência artificial". O que vale é:
- ter um sensor principal decente (da Sony ou Samsung)
- bom pós-processamento (isso só testando ou lendo reviews confiáveis)
Marcas como Samsung e Motorola fazem fotos bem legais, mesmo os modelos mais baratinhos. Se puder, veja comparativos de fotos reais no YouTube. Eles dizem mais que qualquer ficha técnica.
O que evitar em 2025
Aqui eu listei tudo o que você deve ignorar totalmente quando for comprar um celular em 2025. Não compre:
- celulares de marcas desconhecidas vendidas em marketplaces com preços absurdos
- celulares com Android 12 ou inferior (atrasados em segurança)
- modelos com 2 GB de RAM (mesmo que use Android Go, vai travar)
- celulares sem carregador na caixa nessa faixa de preço — é corte injustificável
Quais celulares bons e baratos valem a pena
Dentro daquela faixa de preço de R$ 800 a R$ 1.200, existem alguns modelos que a gente recomenda por que já testamos ou por que realmente valem a pena:
- Linha Galaxy A e M da Samsung: A06, A06 5G, A15, A16, A16 5G, A25, M15
- Linha Moto G da Motorola: G14, G24, G24 Power, G05, G35, G15, G55
- Xiaomi: Redmi 14C, Note 13 4G/5G, Note 14 4G, POCO C65
- realme: C55, C65, C67 4G
Qulquer um desses modelos têm uma rede de assistência em qualquer lugar do Brasil, tem uma grande comunidade de usuários e vários reviews confiáveis disponíveis na internet. E o melhor: todos estão abaixo de R$ 1.200.
Abaixo, separei os três melhores modelos baratos que eu indico em 2025 e onde você comprar cada um deles:
Samsung Galaxy A25 5G
Um dos smartphones 5G mais baratos da Samsung é o Galaxy A25. Ele foi lançado em dezembro de 2023 com o processador Samsung Exynos 1280 (5nm), um chip de entrada com boa performance. Em conjunto, ele conta com 6 GB e 8 GB de memória RAM, no qual eu julgo hoje ser ótimo para um smartphone de entrada. Conta com 128 GB e até 256 GB de armazenamento interno, oferecendo espaço suficiente para guardar várias fotos e vídeos e baixar bastante apps.
Como é um smartphone mais básico, ele não comporta um conjunto de câmeras tão sofisticado, porém o sensor principal é de 50 MP, já utilizado em diversos outros smartphones. Além desse sensor, ele possui uma câmera ultrawide de 8 MP e uma macro de 2 MP. Na câmera selfie, contamos com um sensor de 13 MP.
A tela tem 6.5 polegadas com resolução 1080 x 2340 e é composta por um painel Super AMOLED com 120Hz de taxa de atualização. A bateria do smartphone tem 5000 mAh, padrão da indústria hoje em dia e conta com carregador de 25W na caixa, o que é um diferencial para um modelo dessa faixa de preço.
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Motorola Moto G35
O Moto G35 é um smartphone acessível com especificações equilibradas e um design que visa durabilidade. Ele também possui um frame de plástico, vidro frontal com proteção Gorilla Glass 5 e traseira em polímero de silicone. Além disso, o aparelho conta com proteção repelente à água.
Ele vem com o processador Unisoc T760, um chip octa-core com arquitetura eficiente, combinado com a GPU Mali-G57. O dispositivo oferece opções de memória RAM de 4 GB ou 8 GB, com armazenamento interno de 128 GB ou 256 GB, que pode ser expandido via microSDXC.
A tela do Moto G35 é uma IPS LCD de 6,72 polegadas com resolução HD+ (720 x 1600 pixels), taxa de atualização de 120Hz e suporte a HDR10, proporcionando uma experiência visual fluida e vibrante.
Em termos de câmeras, o Moto G35 possui uma câmera principal de 50 MP com estabilização óptica (OIS), complementada por uma lente ultrawide de 8 MP. A câmera frontal é de 16 MP, ambas capazes de gravar vídeos em Full HD a 30 fps.
A sua bateria tem capacidade de 5.000 mAh, com suporte para carregamento rápido de 18W. Em conectividade, o aparelho suporta redes 5G, Wi-Fi dual-band, Bluetooth 5.0, e possui NFC, além de alto-falantes estéreo e entrada para fones de ouvido de 3,5mm, além de vir de fábrica com o sistema Android 14.
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Xiaomi Redmi Note 14 4G
O Redmi Note 14 4G, lançado pela Xiaomi em 2024, é um smartphone intermediário com foco em custo-benefício, equipado com o processador MediaTek Helio G99 Ultra — uma versão levemente otimizada do chip que a marca já utiliza em outros modelos. Ele conta com versões de 6 GB ou 8 GB de RAM e até 256 GB de armazenamento interno, além de rodar o Android 14 com a interface HyperOS. Apesar do desempenho razoável no dia a dia, o processador pode demonstrar lentidão com o passar do tempo e não é ideal para jogos pesados.
A tela é um dos pontos fortes: um painel AMOLED de 6,67 polegadas, com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 120 Hz. A luminosidade máxima de 1800 nits garante ótima visibilidade em ambientes externos, embora o painel não ofereça suporte a HDR. A proteção é reforçada com o Gorilla Glass 5, além de contar com película e capinha inclusas na caixa, o que aumenta o custo-benefício do aparelho.
No conjunto fotográfico, a câmera principal tem 108 MP e entrega resultados apenas razoáveis para o padrão atual, mesmo em boas condições de luz. As lentes auxiliares — macro e profundidade, ambas de 2 MP — não agregam muito ao uso prático. Já a câmera frontal de 20 MP tende a suavizar demais os detalhes do rosto, mesmo com o modo de embelezamento desativado.
A bateria de 5.500 mAh é um dos grandes destaques, garantindo excelente autonomia e passando com folga no teste de 8 horas contínuas de uso variado, com 29% restantes. O carregador de 33W incluso na caixa permite recarga completa em cerca de 1h17min. Em conectividade, o aparelho traz suporte a 4G LTE, Wi-Fi, Bluetooth, infravermelho, entrada P2 para fones e certificação IP54 contra poeira e respingos.
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Conclusão: como escolher sem erro
Não olhe somente o preço. Se você focar nos pontos certos — processador, RAM, tela e bateria — já está à frente de 90% das pessoas. Não é por que é barato que precisa ser ruim. Como você viu aqui, com um pouco de pesquisa é possível sim encontrar opções que entregam bem por muito menos do que os tops de linha. E o melhor: sem dor de cabeça.
E você, concorda com essas opções? Faltou algum modelo na lista? Deixe sua opinião!
Vale a pena comprar um celular 5G?
Depende. Se você mora numa capital ou usa muito internet fora de casa, pode valer sim. Mas pra maioria das pessoas, 4G ainda atende bem — e priorizar um bom processador e bateria faz mais diferença do que só ter “5G” no nome.
