Como já vimos aqui no Oficina da Net a tecnologia será uma importante ferramenta para garantir a segurança durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 e auxiliar na preparação dos atletas para o maior evento esportivo do mundo. Mas, a aplicação da tecnologia vai muito além disto e ela será uma ferramenta muito útil na cronometragem das provas, além de garantir que não haja dúvidas quanto aos vencedores.

Isto porque diversas ferramentas serão utilizadas no acompanhamento das provas disputadas nas Olimpíadas, assim, o que poderia passar despercebido pelo olho humano, não passará em branco por todos os sensores e câmeras estrategicamente colocados na Vila Olímpica. O uso destas tecnologias traz ainda mais credibilidade para a competição, afinal, se houver alguma dúvida quanto a algum lance, golpe ou ponto, juízes, técnicos e atletas poderão recorrer a tecnologia para verificar novamente o momento que está despertando a dúvida e ter certeza quanto ao veredicto. Tudo isto sob os olhos atentos das torcidas.

Além disto, a tecnologia será útil para facilitar a vida dos atletas em algumas provas, ou ainda deixar a competição mais atrativa ao público, como é o caso do contador digital de voltas, desenvolvido pela Omega, empresa responsável pela cronometragem eletrônica das provas de natação em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais.  Como o próprio nome já diz, este dispositivo, instalado no fundo da piscina, a 5 metros da borda oposta da saída, tem como objetivo informar aos nadadores, no caso das disputas mais longas, quantas voltas faltam para ele terminar a prova.

Anteriormente, esta contagem era feita por meio de placas manuais localizadas na borda da piscina, o que obrigava o atleta a olhar para fora da água, atrasando seu desempenho. Com o contador digital de voltas, a cada virada, o número de voltas é atualizado automaticamente, não sendo necessária intervenção humana para controlar a contagem.

No Rio 2016, será a primeira vez que todas as competições terão os placares aprimorados com imagens coloridas, melhorando a experiência do público, nas arquibancada e ginásios. Já no Golfe, durante os Jogos Olímpicos, haverão placares em quatro áreas do tee, com sistema de medição de tacada por radares. Já no tiro com arco, tecnologia medirá a precisão do tiro, por meio de um escaneamento interno nos alvos.

O "tira teima"

É natural do esporte. Quem entra em uma competição, quer vencer. Então, um ponto não marcado, uma largada errada e a dúvida de quem pisou primeiro na linha de chegada, podem gerar controvérsias. E que tal se o veredicto para situações como esta não preciar se basear apenas ao que a arbitragem viu? Um segundo de desatenção e um detalhe importante pode passar despercebido. Por isso a tecnologia é tão importante nestes momentos.

No caso do atletismo, a utilização de uma câmera de photofinish, dispositivo capaz de captar imagens de cada corredor, assim que a linha de chegada é cruzada, permite que se tenha precisão em caso de dúvidas de qual atleta completou primeiro a prova. Os Jogos Olímpicos Rio 2016 receberão uma nova versão desta câmera, que permite capturar imagens de melhor qualidade, sendo capaz de registrar até 10 mil fotos digitais em linha vertical por segundo.

No Rio também haverá primeira vez durante uma Olimpíada, quatro fotocélulas em operação. Este tipo de aparelho emite feixes de luz ao longo da linha de chegada que param o tempo assim que o competidor a cruza. A nova versão deste dispositivo permite ajustes para as provas com barreiras e no caso de provas paraolímpicas com cadeiras de rodas.

Ainda no atletismo, os blocos de partida também foram aprimorados com sensores que medem 4 mil vezes por segundo a força do atleta no suporte dos pés. Estes dados servem para detectar quando o competidor queima a largada.


Foto: Globo Esporte

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No vôlei

Durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro também será utilizado o Fotocharge - conhecido como "tira teima" no voleibol. Ele permite que lances duvidosos que aconteceram em alta velocidade sejam revistos. Já o Hawk-Eye, do inglês "Olho de Águia", torna possível acompanhar por meio de câmeras de vídeo de alta precisão, a trajetória da bola em toda área. Em caso de lances duvidosos, a imagem 3D poderá ser exibida ao público. Legal, né?


Foto: Extra.Globo

No Karatê e na Esgrima já existem sistemas de identificação imediata de golpes desferidos corretamente.

Esporte e tecnologia andam mesmo de mãos dadas! E você, está pronto para acompanhar os Jogos Olímpicos no Rio?