Recentemente ocorreram as olimpíadas de inverno de Socchi, e mesmo que aqui no Brasil não tenha tanta tradição e mesmo quase nada tenha se falado sobre ela, os jogos contaram com diversas inovações, desde roupas remodeladas para dar mais velocidade a patinadores até novas máquinas de fazer neve artificial. Mas e os jogos do Rio, ano que vem? Podemos esperar esse mesmo tipo de novidade? Certamente, e alguns deles já estão em uso.

Através de um dos aplicativos, foi criado um livro para cada modalidade, como levantamento de peso, salto com vara, arco e flecha, boxe, etc. Dentro dele, todos os atletas profissionais ou aqueles com chance de disputar os jogos olímpicos são cadastrados. A partir de então, o COB - Comitê Olímpico Brasileiro - pode acompanhá-los e ver suas atividades desde há 4 anos atrás, 8 anos, ver como melhoraram seus tempos, onde tiveram perda de rendimento, seus desempenhos em jogos e competições anteriores, etc.

O aplicativo conta com quase 300 mil atletas cadastrados, e cerca de 10 mil brasileiros. Cruzando dados de dezenas de bancos de dados, pode-se ter informações desde as leis de incentivos aos esportes, como o valor foi gasto (valor x com preparação técnica, com recursos humanos, participação em evento, etc.) até os tempos obtidos, classificação em torneios, dando a possibilidade de cruzar dados entre atletas, montar comparações, simular expectativas individuais, do esporte, ver qual país domina qual esporte, o melhor do mundo, por quem ele pode ser superado, etc.

Jorge Bichara, responsável pelo setor de alto rendimento do COB, disse que "O programa permite que observemos o atleta em comparação com seus principais adversários no mundo. Que tenhamos uma curva de desempenho dele, se a temporada dele é regular ou não e, o desenvolvimento dele no decorrer dos anos. Isso nos permite saber se temos que investir naquela modalidade e em que pontos. Se a modalidade já tem a hegemonia de algum país ou de algum continente"

A CBB - Confederação Brasileira de Basketball - também criou sua aplicação digital com o objetivo de controlar e monitorar o desempenho físico dos atletas brasileiros deste esporte. O programa chama-se Sistema de Controle de Carga de Treinamentos de Atletas (SIDCP).

O preparador físico da Seleção Brasileira, Diego Jeleilate afirma que "Com esse banco de dados vamos monitorar as condições físico-clínicas dos atletas. Esta iniciativa permite à CBB triar informações estratégicas, tais como estatura, faixa etária, índice de eficiência, entre outros dados, que se enquadram prontamente nas ações da instituição voltadas ao processo de evolução de talentos ".

Outro que pode ser citado, e que já é mais conhecido, são os apps que ajudam no controle tático, estatístico, coletivo, individual, etc. de jogadores e times/seleções de futebol. Ficou recentemente conhecido por fazer parte da preparação da seleção da Alemanha, campeão mundial de 2014.

Integrando atletas, universidades, confederações, órgãos governamentais a tecnologia que ainda engatinha no Brasil, na Europa já é usada em 99% dos clubes. Estes clubes, ou seleções, já que estamos falando das olimpíadas, são auxiliados a identificar as deficiências e dificuldades dos jogadores, apontando onde está havendo os erros e os acertos, onde focar, qual fundamento trabalhar, qual atleta é ideal para qual esquema tático mediante suas atuações anteriores, etc.

Mas se você não é atleta e quer saber se tem algo tecnológico para você, a resposta é positiva. Há diversos apps promissores, como o Samsung WOW, que fez seu debut nos jogos de inverno de Socchi, na Rússia, em 2014. Quem o instalou durante os jogos puderam escolher exatamente o que queriam assistir, personalizando sua experiência. O aplicativo ainda servia como um divertido quiz game, onde os usuários podiam testar os seus conhecimentos sobre os Jogos Olímpicos de Inverno, além de ler as regras daquele esporte que não estava familiarizado (todos, para nós, que não temos contato com os jogos de frio), ou ficar apenas recebendo atualizações de tal esporte.

Por enquanto esse app está fora das lojas online, mas quem sabe ele volta atualizado para o Rio 2016? Afinal, com a aproximação dos jogos e bilhões de smartphones circulando, cada mês surgem mais e mais aplicativos nesse sentido. Então quem sabe até um post só sobre os apps para acompanhar os Jogos Olímpicos?

Fontes: Brasil.gov, Jornal do Brasil