A chinesa Huawei recorreu aos tribunais norte-americanos em busca de um julgamento sumário para anular o bloqueio comercial feito pelos Estados Unidos à empresa. Esse pedido significa que a Huawei está em busca de um julgamento rápido, onde provas são apresentadas e uma decisão é tomada. O processo deu entrada no tribunal do estado do Texas e a primeira audiência ocorrerá em 19 de setembro

Essa não é a primeira vez que a Huawei entra na justiça em busca de atenuar sua situação, mas o foco agora é pelo menos uma anulação parcial do bloqueio imposto por Donald Trump.

 

Huawei continua lutando contra o governo norte-americano.
Huawei continua lutando contra o governo norte-americano.

A chinesa está atrás de uma secção específica da ordem assinada pelo presidente, a 889ª da National Defense Authorization Act (NDAA), em que empresas de smartphones do país asiático são nomeadas como "risco". 

O argumento utilizado pelos norte-americanos é de que essa secção defende a cibersegurança nacional. Song Liuping, Chief Legal Officer da Huawei, por sua vez contesta esse argumento, alegando que essa decisão não contribui para tornar as redes mais seguras e que é a primeira vez que os Estados Unidos insistem fortemente em derrubar uma empresa privada dentro de seu país. 

Ainda de acordo com os chineses, os EUA não apresentaram nenhuma prova que comprove o risco iminente que a empresa leva ao país. Eles defendem que o único objetivo por parte dos EUA são de bloquear os negócios chineses. 

O que pode acontecer

Caso a Huawei ganhe o caso, ou seja, caso o juiz acredite que de fato a empresa não apresenta risco aos Estados Unidos e que seu banimento não faz sentido, o governo norte-americano ainda pode pedir a rejeição do processo levantado pela empresa.

Mas de qualquer forma, a Huawei insiste nessa saída. A empresa já se mostrou disposta a dialogar com Donald Trump e o governo dos Estados Unidos. Esses, por sua vez, também se mostraram dispostos a dialogar no futuro. Mas isso tudo são apenas conversas sem datas marcadas.

Resta agora aguardar até dia 19 de setembro para saber o desenrolar da história. Seja como for, a Huawei não parece querer abandonar a luta tão cedo.