Lançamento premium, ficha técnica de ponta, câmeras poderosas... mas será que tudo isso justifica os preços que algumas marcas continuam cobrando? Nem sempre! E para quem pesquisa antes de comprar, a meta é escapar de ciladas e encontrar modelos que realmente fazem sentido pelo valor investido. Pensando nisso, separamos uma lista atualizada de cinco celulares que ainda não valem o preço, mesmo com recursos avançados.

A lista poderia ter qualquer um dos novos iPhones, que sempre chegam com preços absurdos e que poderiam ser usados para comprar uma moto ou até um carro, em alguns casos. Mas como a gente sabe que esses iPhones são feitos para quem busca status e revenda futura, não listamos nenhum deles.

ÍNDICE

Realme 15 Pro

Realme 15 Pro
Realme 15 Pro

O Realme 15 Pro acabou de chegar ao Brasil com a promessa de ser um intermediário premium capaz de bater de frente com o Galaxy A56, POCO X7 Pro e outros concorrentes. Para isso, aposta num design premium, Snapdragon 7 Gen 4, tela OLED de 144Hz e bateria impressionante de 7.000 mAh com carregamento de 80W. No entanto, o valor de lançamento de R$ 3.699 posiciona o modelo acima de muitos concorrentes que já oferecem desempenho semelhante e pacote completo de atualizações.

O modelo até tem seus pontos positivos, como duas lentes traseiras de 50 MP, estabilização óptica e selfies de altíssima resolução, e ainda traz proteção IP68/IP69, 3 anos de atualizações e experiência bem fluida para jogos e multitarefas, além de autonomia que vai aguentar o seu ritmo tranquilamente.

O problema surge quando olhamos para o contexto do mercado: por esse preço, é possível encontrar aparelhos rivais com desempenho superior, mais recursos extras, carregadores ainda mais rápidos, além de um ecossistema mais amplo ao que a realme oferece hoje e claro, melhores condições de revenda. O software Realme UI 6.0, apesar de intuitivo, ainda não convence tanto quanto as interfaces de Samsung e Apple.

No atual cenário, o Realme 15 Pro está caro demais para o que entrega. Isso não quer dizer que ele é um celular ruim — longe disso! A dica aqui é esperar uma promoção. Acredito que quando chegar aos R$ 2.400 já comece a fazer sentido a compra desse modelo. Então se você se interessou, é melhor esperar.

Galaxy S25 FE

Galaxy S25 FE
Galaxy S25 FE

O Galaxy S25 FE chamou atenção pela promessa de 7 anos de atualizações e Android 16 direto de fábrica, mas o preço inicial de R$ 5.499 é mais um convite ao "espera mais um pouco". Embora tenha tela excelente de 6,7 polegadas, Dynamic AMOLED 2X com 1.900 nits, chip Exynos 2400 otimizado para jogos, câmeras versáteis e proteção IP68, o valor está acima do que oferece.

A linha FE sempre foi ponto de equilíbrio entre desempenho e preço razoável, mas nesta geração o salto ficou grande demais. Caso você não saiba, a sigla FE significa "Fan Edition", ou seja, é uma edição do flagship do ano feito para agradar os fãs, com preço mais acessível, mas alguns cortes na ficha técnica. O problema é que R$ 5.500 é mais que o preço do Galaxy S25 e até do S25 Plus, que são mais poderosos.

Na prática, você vai pagar caro só pela promessa do suporte estendido, mas a experiência comparada ao S24 FE ou modelos concorrentes intermediários não justifica o custo. É um aparelho sólido, mas também recomendo comprar apenas em promoções ou quedas de preço expressivas. É possível que isso comece a ficar mais interessante em novembro, mês de Black Friday.

Galaxy S25 Ultra

Galaxy S25 Ultra
Galaxy S25 Ultra

O Galaxy S25 Ultra é referência em ficha técnica no segmento Android, mas o preço pode assustar. Lançado por quase R$ 12.000, hoje segue por volta de R$ 6.300, ainda alto para um modelo que normalmente tem quedas rápidas de valor após os primeiros meses do mercado. Por esse preço, você recebe tela Dynamic LTPO AMOLED 2X de 6,9 polegadas, 2600 nits de brilho, câmera quádrupla potente com sensor principal de 200 MP, Snapdragon 8 Elite e recursos avançados de produtividade, mas nem tudo é perfeito.

O maior problema está no aquecimento, algo que a gente apontou no review que a gente fez por aqui e outros canais que testaram também observaram esse problema. Outra coisa ruim é a S Pen que piorou nessa geração, agora sem Bluetooth, o que prejudicou a experiência para usuários exigentes. A bateria de 5.000 mAh também não impressiona, especialmente se comparar com rivais da Xiaomi ou Realme que entregam autonomia maior. Ele dá conta do recado, mas por esse preço a gente esperava mais!

Quando a gente comprou o S25 Ultra para testar aqui no Oficina da Net, conseguimos encontrar ele em uma oferta exclusiva da Samsung por R$ 5 mil. Por esse preço, vale muito a pena. Se você achar por esse preço ou similar, pode comprar na hora por que é sucesso. Mas atualmente está acima de R$ 6.300, o que torna inviável a recomendação.

Então, mais uma vez a dica é pesquisar antes e ponderar se realmente é preciso um topo de linha tão caro. Para muitos, o melhor custo-benefício ainda está nos intermediários premium ou nas versões anteriores do Ultra. Eu mesmo, recomendo mais o S24 Ultra do que o modelo deste ano.

Motorola Razr 60 Ultra

Motorola Razr 60 Ultra
Motorola Razr 60 Ultra

Dobráveis são tendência, e o Razr 60 Ultra é um dos mais avançados do momento, mas ainda custa demais. Lançado por R$ 9.999, hoje ele segue na faixa de R$ 8.999, mesmo tendo sido lançado há quase cinco meses. Esse tipo de modelo deprecia pouco mesmo, mas na minha análise, ainda não justifica o investimento alto.

Nós também já testamos esse modelo por aqui e deu para ver que ele tem excelentes pontos: tela interna de 7 polegadas e uma externa de 4 polegadas, ambas bem luminosas e estáveis, Snapdragon 8 Elite, bateria generosa com carregamento rápido e muita capacidade em armazenamento. O design é o grande diferencial, junto com a proteção IP48 que resiste ao cotidiano.

Porém, os problemas aparecem na durabilidade do formato dobrável e na falta de leitor de digitais sob a tela (fica na lateral). Além disso, o Razr 60 Ultra não entrega desempenho suficiente para aplicações profissionais intensas e ainda possui preço muito superior ao de intermediários convencionais.

É claro que ter um celular dobrável é uma experência única. Ele vai chamar a atenção onde quer que você vá. Mas eu ainda assim reluto com essa tecnologia, justamente por causa da sua fragilidade. O mercado evoluiu bastante, mas eu ainda penso que é necessário amadurecer mais. Se quer mesmo um dobrável, opte pelo Razr 60 ou até o Razr 50 do ano passado que você encontra na faixa dos R$ 3.500 a R$ 4.200.

Galaxy Z Fold7

Galaxy Z Fold7
Galaxy Z Fold7

Mais um dobrável, mais um sinônimo de inovação: o Galaxy Z Fold7 é o dobrável mais caro da Samsung, lançado por incríveis R$ 14.599 e vendido agora por cerca de R$ 12.149. O modelo impressiona pela telona de 8 polegadas repleta de tecnologia, ficha técnica com Snapdragon 8 Elite e câmeras potentes de até 200 MP. Além disso, traz Android 16, 7 anos de suporte e vários recursos premium, como carregamento reverso e proteção Gorilla Glass Victus Ceramic 2.

Mas o custo-benefício não se justifica para a enorme maioria dos usuários. O formato dobrável ainda apresenta desafios no longo prazo: maior risco de danos, dificuldade de revenda e preço de manutenção elevado. Também tem o fato de que, por esse valor, é possível comprar dois ou três smartphones flagship convencionais, ou investir em outros tipos de aparelhos inovadores.

O Fold7 é indicado para entusiastas e usuários dispostos a pagar pela experiência única de um dobrável, mas não para quem procura o melhor retorno do seu dinheiro. Se você é do tipo que tem grana para gastar com esse tipo de tecnologia, investe e aproveita. Mas a realidade da maioria dos brasileiros passa longe desse modelo e, mesmo que o tempo passe, dificilmente ele vai fazer sentido algum dia. Só para quem pode mesmo!

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E aí, concorda?

Todos os modelos acima entregam excelente tecnologia, design ou inovação, mas o preço ainda não bate com a proposta para o consumidor brasileiro. Seja pelo valor inicial ou pelas limitações de ecossistema e durabilidade, este não é o momento para apostar nesses celulares com preço cheio. A dica do Oficna da Net é: pesquise, compare e monitore promoções, aí é certeza que o custo-benefício vem!

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