Um recurso que tem aparecido com cada vez mais frequência nos smartphones é o carregamento reverso, tecnologia que transforma o aparelho em uma espécie de "power bank" para outros dispositivos. Embora pareça algo simples, essa função pode fazer diferença em situações de emergência, seja para dar um pouco de carga aos seus fones de ouvido, smartwatch ou até mesmo a outro celular.

Neste artigo, vamos explicar tudo sobre essa tecnologia: como funciona, suas vantagens e desvantagens, para quem é indicada, quais celulares já oferecem o recurso e se realmente vale a pena investir em um aparelho com essa funcionalidade.

O que é carregamento reverso?

O carregamento reverso é uma tecnologia que permite usar a bateria do aparelho para recarregar outros dispositivos. Na prática, o celular funciona como uma espécie de "power bank" portátil.

Essa função é oferecida de duas formas: com fio, por meio da saída USB-C do smartphone, ou sem fio, usando a tecnologia Qi Wireless — a mesma dos carregadores por indução. No caso do carregamento reverso sem fio, você só precisa encostar o dispositivo na traseira do celular para iniciar a recarga.

Como funciona o carregamento reverso?

O funcionamento é bem simples: no modo com fio, o celular envia energia para outro dispositivo por meio da porta USB-C, semelhante ao que acontece em um carregador comum.

No modo sem fio, as coisas funcionam diferente, já que a traseira contém bobinas de indução capazes de emitir energia elétrica. Assim, quando outro aparelho compatível é encostado, acontece a transferência de energia por indução eletromagnética.

Alguns celulares têm carregamento reverso sem fio
Alguns celulares têm carregamento reverso sem fio

Embora prática, essa tecnologia tem uma grande limitação: a potência de carregamento é bem mais baixa do que a de um carregador tradicional, ficando entre 4,5W e 10W. Isso significa que o recurso é mais indicado para recargas emergenciais e não substitui o carregamento convencional.

Vantagens e desvantagens do carregamento reverso

Assim como qualquer tecnologia, o carregamento reverso tem suas vantagens e desvantagens. Confira as principais:

✅ Vantagens

  • Praticidade: permite carregar fones de ouvido Bluetooth, smartwatches e até outros celulares sem precisar de uma tomada;
  • Funciona como power bank: o aparelho pode substituir um carregador portátil em casos de emergência;
  • Ajuda em imprevistos: ideal para situações onde você precisa de uma recarga rápida fora de casa.

❌ Desvantagens

  • Carregamento lento: a potência reduzida torna o processo demorado, especialmente para carregar outro celular;
  • Aquecimento: tanto no carregamento com fio quanto no sem fio, o aparelho pode ficar mais quente;
  • Uso eventual: na prática, a maioria dos usuários só vai utilizar o recurso em situações de emergência.

Para quem o carregamento reverso é indicado?

O carregamento reverso é indicado para pessoas que utilizam muitos acessórios sem fio no dia a dia, como fones Bluetooth e smartwatches. A tecnologia também pode ser útil para quem passa muito tempo fora de casa e não quer correr o risco de zerar a bateria em momentos importantes.

Quais celulares têm carregamento reverso?

Galaxy S25 tem carregamento reverso
Galaxy S25 tem carregamento reverso

O carregamento reverso não está disponível em todos os celulares, mas ele aparece com frequência em modelos topos de linha, como o Galaxy S25, S25 Plus e S25 Ultra, com potência de 4,5W. O recurso também pode ser encontrado em alguns intermediários, como o POCO X7 Pro e o Galaxy S24 FE.

Vale a pena ter um aparelho com carregamento reverso?

Depende muito do seu perfil. Se você utiliza vários acessórios sem fio ou gosta de estar sempre prevenido, essa tecnologia pode ser um grande diferencial e te salvar em momentos de emergência, especialmente quando for necessário carregar outro celular.

No entanto, se você prioriza apenas o carregamento tradicional do próprio aparelho, que é consideravelmente melhor, esse recurso não fará tanta diferença no dia a dia. Ou seja, até vale a pena ter como um extra, mas ele não chega a ser um ponto crucial na hora de escolher um smartphone.