O WhatsApp costuma ser muito usado pelos golpistas. A intenção é aproveitar da popularidade do mensageiro para disseminar malwares, e através deles roubar informações dos usuários. A ESET, empresa de soluções para segurança da informação, descobriu algumas ameaças que utilizam a nova funcionalidade de videochamadas do WhatsApp para enganar os usuários.

Através de páginas de internet falsas, os cibercriminosos prometem "a nova funcionalidade atualizada", porém, o que muitos não sabem, é que tudo não passa de um golpe. Assim, o usuário acaba sendo inscrito em serviços de SMS Premium (pago).

A ESET disse que em apenas uma hora, os cibercriminosos conseguiram inscrever mais de 10 mil usuários do mensageiro no Brasil. A vítima, após clicar no link malicioso que é recebido através de mensagem, acaba sendo direcionada para um anúncio publicitário chamado de "última etapa". No local é solicitado que uma mensagem de SMS seja enviada para um número Premium com determinado texto. Com isso, a vítima acaba sendo inscrita em um serviço pago de SMS.

"É importante destacar que não se trata de um vírus de WhatsApp, já que nenhum arquivo é executado. Também não verificamos evidências de que os sites fraudulentos estejam tentando explorar vulnerabilidades nos equipamentos conectados. O único objetivo é o ganho financeiro, com a inscrição no serviço de SMS Premium", afirma Camillo Di Jorge, presidente da ESET Brasil. "Os cibercriminosos aproveitam lançamentos populares como esse para aplicar golpes que afetem o maior número de pessoas. Isso porque, na ânsia de acessar a nova funcionalidade, nem sempre os internautas checam a procedência do site e acabam fornecendo informações pessoais ou se inscrevendo em serviços não solicitados", disse ainda.

Caí no golpe, o que fazer?

Para quem caiu no golpe, a primeira coisa a fazer é avisar os contatos e também a operadora para evitar a inscrição em qualquer serviço SMS Premium. Se for contatado que uma inscrição foi realizada , é necessário pedir a remoção do serviço.