Nesta segunda-feira (1º), a Uber anunciou que o seu braço chinês, a UberChina, irá se fundir com a principal concorrente chinesa, a Didi Chuxing, assim sendo, elas irão trabalhar em conjunto. A fusão ocorre apenas alguns dias após o país regulamentar o funcionamento de aplicativos de compartilhamento de viagens como o Uber e o Didi.

De acordo com o CEO da Uber, Travis Kalanick, a fusão deverá beneficiar as duas empresas. "A Uber e a Didi Chuxing estão investindo bilhões de dólares na China, mas nenhuma das duas está tendo lucro no mercado por enquanto", disse ele em relação a fusão. De acordo com a empresa, 150 milhões de viagens de Uber são feitas todo o mês no país.

A Bloomberg explica que a fusão determina que a Uber terá direito a 20% das ações da Didi Chuxing, com isso, ela será a maior acionista da empresa. Já o Engadget cita que a companhia resultante da fusão terá valor de mercado de cerca US$ 35 bilhões, com isso, a UberChina passara a valer US$ 7 bilhões.

"Esse acordo pavimenta o caminho para que nós e a Didi travemos uma parceria em uma missão enorme, e libera recursos consideráveis para iniciativas ousadas focadas no futuro das cidades - desde tecnologia de direção autônoma até o futuro da alimentação e de logísticas", disse Kalanick através de um post no Facebook.

Através do acordo, a Didi Chuxing terá direitos aos negócios, às informações e também à marca Uber. O aplicativo Uber, no entanto, continuará funcionamento normalmente com o seu próprio nome no país. O CEO do Uber, Kalanick, passará a fazer parte do conselho executivo da Didi Chuxing, e o CEO da Didi, Cheng Wei, irá integrar o conselho executivo da Uber.

A Didi Chuxing ainda se compromete a investir US$ 1 bilhão na Uber, elevando a sua participação de mercado a US$ 68 bilhões internacionalmente. Porém, o negócio ainda precisa da aprovação por parte do governo chinês.