Depois de solicitar o bloqueio de serviços de IPTV pirata, um conglomerado de estúdios de cinema independente dos Estados Unidos entrou na Justiça contra quatro serviços de redes privada, os famosos VPN. As empresas relatam que tais serviços de redes privadas têm sido utilizadas para burlar o bloqueio e outras medidas restritivas para se consumir conteúdo ilegal. A ação dos estúdios é mais uma das reivindicações no combate a pirataria.

Plataformas ilegais de IPTV podem ser acessadas com VPN

Sempre que um serviço pirata se destaca na internet, os estúdios, produtoras e operadoras detentoras legais dos direitos desses conteúdos abrem uma solicitação de bloqueio junto às entidades competentes. Às vezes, esse bloqueio é permanente e o sistema fica bloqueado em qualquer parte do mundo. Porém, em muitos casos, a plataforma que viola os direitos autorais é bloqueada apenas em algumas regiões.

Para contornar essa situação, usuários têm utilizado serviços VPN que "enganam" o sistema local por mascarar seu dispositivo com um IP de redes privadas de outras regiões do mundo. Não é difícil encontrar tutoriais na internet de pessoas que ensinam a utilizar esse serviços para acessar conteúdos proibidos, como é o caso da Netflix.

Na ação, as empresas de mídia afirmam ainda que alguns serviços de VPN possuem até "parcerias" com sites de pirataria para promover seus serviços. Desta forma, os utilizadores podem compartilhar arquivos via torrent que envolvem conteúdos ilegais, como de cunho racista e até pornografia infantil.

Pirataria é crime!

Diversas ações tem sido realizadas em torno do mundo no combate a pirataria. (Imagem: Oficina da Net)
Diversas ações tem sido realizadas em torno do mundo no combate a pirataria. (Imagem: Oficina da Net)

Acusados de violar os direitos autorais, os serviços VPN podem ser obrigados a realizar o pagamento de multa pelos danos alegados, além de encerrarem as contas de assinantes que foram notificados por esta violação. Até o momento, as empresas acusadas não emitiram nenhuma resposta oficial.

A pirataria não é um problema recente. Desde cedo, ouvimos falar dos camelôs que vendem aquele tênis caro mais barato, ou aquele filme que ainda está no cinema e na barraca sai por "preço de banana". Com o avanço da tecnologia, a pirataria ficou mais comum em serviços de entretenimento, como os famosos "sky gato" e "gato net".

Órgãos como a Anatel, Receita Federal e outros, tem se concentrado nas ações para dizimar a pirataria no Brasil. Além das diversas inspeções que são realizadas em veículos que vem do Paraguai, a Agência de Telecomunicações pode criar uma ferramenta que pode acabar com serviços de IPTV pirata de forma mais rápida. Mesmo assim, o problema está longe de acabar, e não só em nosso país.

Fonte: TorrentFreak