As empresas de mobilidade, as três maiores do setor, Uber, Cabify e 99 se unem contra a aprovação do projeto de lei complementar que será votado amanhã no Senado, dia 31 de outubro. As companhias de mobilidade acusam o PLC 28/2017 de tentar inviabilizar o funcionamento dos aplicativos de compartilhamento de caronas no Brasil.

E hoje, para chamar a atenção do público para o assunto, as três empresas lançaram a plataforma do Retrocesso Urbano. O site tem uma contagem regressiva para o fim dos apps de mobilidade para as 14 horas da terça-feira (31), horário em que a votação está programada para iniciar.

O fim dos apps de mobilidade
O fim dos apps de mobilidade

O modelo dos aplicativos de compartilhamento de carona é o mais utilizado, cerca de 17 milhões de brasileiros utilizam e mais de 500 mil motoristas parceiros geram renda, salienta o Cabify. A companhia ressalta ainda que a aprovação do PLC 28/2017 vai aumentar o processo burocrático para estes motoristas, que terão que tirar um alvará municipal semelhante ao dos taxistas e ainda precisarão utilizar placas vermelhas.

Em comunicado, o Cabify explicou "A aprovação do PLC pelos Senadores pode deixar, da noite para o dia, centenas de milhares de motoristas brasileiros sem uma opção para gerar renda para si e para suas famílias, além de proibir o direito de escolha de milhares de brasileiros que optaram por deixar seus carros particulares nas garagens e fazer escolhas inteligentes e intermodais na mobilidade urbana e até mesmo para se locomovem em regiões não atendidas pelo transporte público".

A iniciativa das empresas do setor visa incentivar as pessoas a pressionarem os senadores pelo fim do PLC, para que ele não seja aprovado. As companhias já haviam feito uma campanha "Juntos pela Mobilidade" em setembro com o intuito de alertar a população para os riscos da aprovação do projeto de lei que será votado amanhã.