É inegável que a Samsung inovou mais uma vez no segmento de dispositivos móveis, trazendo um dispositivo dobrável para o mercado de smartphones.
Contudo se pararmos para analisar, a empresa por problemas de projeto, não foi a primeira a apresentar comercialmente o dispositivo. Isso ficou por conta da Rouyu Technology com o FlexPai.
A ideia inicial da Samsung para o projeto do Galaxy Fold foi de tornar mais fácil a vida dos seus usuários no dia a dia, o dobrável entregaria mais tela, mais segurança e mais funcionalidades agregadas.
A busca sempre foi essa, entregar mais espaço, porém sem ocupar tanto espaço. O usuário hoje quer portabilidade, mas ao mesmo tempo, não abre mão de uma tela grande, criando um verdadeiro paradoxo.
O Galaxy Fold trouxe várias novas tecnologias agregadas para tornar a isso possível, tá certo, você vai dizer, o Galaxy Fold dobrado é um trambolho, mas eu discordo, eu não consideraria 15,7mm uma espessura que me incomodasse a ponto de ter que talvez, tirar o notebook de casa e ser obrigado com isso carregar uma pasta ou mochila, entende?
A equipe de design do Galaxy Fold começou com o básico para a criação do projeto, a "simples" ação de dobra foi estudada na busca pelo entendimento do que a ação traria de benefício para o usuário. E, além disso, apesar de inovador do ponto de vista tecnológico, entendo que a criação priorizou trazer um dispositivo que poderia em tese ser simples de se usar, todos nós diariamente abrimos e fechamos nossas carteiras, livros, cadernos, notebooks e etc.
A equipe de design da Samsung trabalhou em estreita colaboração com a equipe de engenharia para encontrar o design mais conveniente e esteticamente agradável para um dispositivo dobrável. Foram nada mais que 1.000 protótipos usando uma ampla variedade de materiais, incluindo painéis de espuma e até tecidos para o dobrável.
Tudo foi pensado e depois dos problemas detectados, repensado, para oferece ao consumidor uma experiência tão familiar quanto conveniente.
O mecanismo de dobra, a tela denominada "Infinity Flex Display", além das bordas internas que protegem a tela dobrável e também a parte externa com sua tela secundária (ou seria ela a principal?!).
O design deveria garantir que o usuário conseguisse utilizar o smartphone facilmente com apenas uma das mãos, e entregar também uma experiência de tela cheia imersiva.
Quando aberto sua tela entrega 7,3 polegadas (62,8mm de largura, 160,9mm de altura, 7,6mm de espessura), basicamente um tablet com formato 3:4, entregando espaço de sobra para consumo de conteúdo, trabalho com multitarefa, utilizando dois ou mais aplicativos abertos simultaneamente, entre outras coisas.
O modo como a Samsung projetou o Galaxy Fold por sí só traz elimina acima de tudo a preocupação com a tela maior, que segue sempre protegida por ficar na maior parte do tempo fechada.
Não podemos esquecer também de suas câmeras, ao todo o Galaxy Fold possui 6 sensores, um na frente acima da tela de 4,6 polegadas, com 10 megapixels, f/2.2, dois internos que só são acessados quando o dobrável está aberto, com um sensor exatamente igual ao frontal, com 10 megapixels, f/2.2 e outro de 8 megapixels, f/1.9 para medição de profundidade.
E, além disso, três traseiros, com um sensor ultra wide de 16 megapixels, f/2.2 de 123 graus, um sensor de de 12 megapixels com abertura variável f/1.5 e f/2.4, além da telefoto de 12 megapixels f/2.4 com 2x de zoom.
O mesmo cuidado com a ergonomia, segue no posicionamento do scanner de impressões digitais na lateral do Galaxy Fold que está alinhado com o local em que o polegar do usuário fica ao pegar o dobrável da Samsung, fazendo assim a ação de desbloqueio tão intuitiva quanto a ação de abrir o mesmo.
Depois do tropeço pós lançamento no início do ano, tudo enfim parece ter sido solucionado e agora o Galaxy Fold está finalmente disponível no mercado mundial.
Tudo indica que a Samsung agora está olhando a opção de um dobrável que efetivamente seja portátil. Enquando o Galaxy Fold é um smartphone que ao se desdobrar assume a forma de um tablet, no final de outubro, apareceu na internet um conceito de smartphone dobrável que é semelhante ao apresentado recentemente pela Motorola com o novo Razr. Um smartphone que possui tamanho padrão que se dobra assumindo a metade de seu tamanho nominal.
Particularmente sempre enxerguei essa solução como sendo a ideal para smartphones dobráveis. Mas minha cabeça da um nó, quando olho para o Huawei Mate X, por exemplo (risos).
Independente da solução, design e de que empresa esteja apresentando seus dispositivos dobráveis, o fato é que todos os já apresentandos são para um público seleto e com muito dinheiro sobrando no bolso. Afinal de contas novas tecnologias possuem um preço elevado.
Veja as especificações do smartphone dobrável da Samsung
- Tela
- Tela flexível AMOLED Dinâmico QXGA+ de 7,3 "(4.2:3) (2152x1536) 362ppi
- Tela externa SuperAMOLED HD+ de 4,6 "(21:9) (720x1680) 399ppi
- Câmeras
- Frontal: Câmera de 10 megapixels, 1.22μm, FOV 80˚, F2.2
- Internas:
Câmera de 10 megapixels, 1.22μm, FOV 80˚, F2.2
Câmera de profundidade de 8 megapixels, RGB, 1.12μm, FOV 85˚, F1.9 - Traseira:
Câmera de 16 megapixels, 1.0μm, FOV 123˚, F2.2
Câmera de 12 megapixels Grande Angular, OIS, 1.4μm, FOV 77˚, Abertura dupla F1.5/F2.4
Câmera Telefoto de 12 megapixels, PDAF, OIS, 1.0μm, FOV 45˚, F2.4
- Modelo 4G: Bateria Dupla de 4.380mAh
- Modelo 5G: Bateria Dupla de 4.235mAh
- Processador Qualcomm Snapdragon 855
- Memória RAM 12GB
- Armazenamento interno 512GB
- Sistema Android 9.0 Pie
- Alto-falantes estéreo e Galaxy Buds incluídos