A política de gorjetas do Uber acabou causando um grande problema à empresa nos Estados Unidos. Os passageiros acabaram se sentindo enganados após repassarem gorjetas que não eram repassadas integralmente aos motoristas. Pelas regras, os motoristas não podem aceitar gorjetas, já que tudo estaria incluso no preço das corridas.


Motoristas do Uber também processam a empresa em busca de direitos trabalhistas.

Porém, pelo acordo aprovado pelo juiz distrital de San Francisco, Edward Chen, o Uber terá de pagar US$ 384 mil para pagar 47 mil usuários do aplicativo no país. O valor, no entanto, é menor do que os US$ 860 mil que a empresa arrecadou durante o ano com esse artifício.

A empresa disse através de seu site, que no período, era feito um acréscimo de 20% ao valor de cada corrida em decorrência das gorjetas. Porém, o Uber não mencionou que acaba ficando com algo entre 40% e 50% desse dinheiro.

De acordo com o Bloomberg o pedido do juiz foi feito através de advogados dos passageiros. Justamente porque o valor a ser pago pela Uber representa "essencialmente um reembolso integral da quantia em questão na ação".

Vale notar que não apenas os passageiros dos Estados Unidos que não estão felizes com o Uber. A empresa tem enfrentado ações também por parte dos próprios motoristas, levando em consideração que a empresa os considera como "funcionários independentes", com o objetivo de driblar as questões trabalhistas.

Com isso, os funcionários solicitam judicialmente questões como "proteções salariais", "pagamentos de horas extras", "tempo para descanso" e ainda "pausas para as refeições".