De acordo com o último Relatório de Transparência publicado pelo Google, é possível perceber um aumento no número geral de pedidos realizados. O aumento registrado foi de 68% se comparado com o primeiro semestre de 2013 com o segundo semestre do ano anterior.

O relatório, que é divulgado desde 2010, mostra o Brasil como o terceiro país que mais solicita remoção de conteúdo. Vale notar que o país teve uma queda no ranking nas edições anteriores do documento. Um dos motivos para a redução de pedidos está relacionado à queda de popularidade do Orkut.

Conforme o relatório, entre os meses de janeiro e junho deste ano, foram realizados 321 pedidos de ordem judicial solicitando que o Google fizesse a remoção de algum conteúdo. Entre os motivos alegados estavam a quebra de privacidade, difamação, crítica a governos e governantes, entre outros.

Os principais alvos de reclamações estão o YouTube, com 94 pedidos, o Blogger, com 88 solicitações, e a própria busca do Google, com 88 pedidos. O Orkut, por sua vez, que era o principal alvo de reclamações, gerou apenas 35 solicitações. 

No mundo, o relatório aponta que houve um aumento nos pedidos de remoção de conteúdo. Entre janeiro e junho de 2013, o Google afirma ter recebido 3.846 pedidos de governos para eliminar 24.737 trechos de conteúdo.

"Nos últimos quatro anos, uma preocupante tendência se manteve presente: governos continuam nos pedindo para remover conteúdo político", declarou diretora do setor jurídico do Google, Susan Infantino.

"À medida que continuamos fornecendo dados, esperamos que sejam cada vez mais úteis e informativos para o debate das políticas e nas decisões em todo o mundo", acrescentou.

Em um texto postado no blog da companhia, Infantino disse que embora "não se trate de um panorama completo da censura on-line", o informe atualizado "mostra uma preocupante tendência crescente no número de solicitações governamentais, e ressalta a importância da transparência em torno da gestão desse tipo de pedido".

No geral, o Google disse ter eliminado conteúdo em 36% dos casos, dos quais 54% se tratavam de ordens judiciais.