O mundo da tecnologia e do desenvolvimento de novos computadores e meios de se comunicar e interagir estão em crescente evolução. Com a criação de óculos de realidade virtual, como Google Glass, por exemplo, fez da relação homem/máquina cada vez mais íntima e dependente. Como se não bastasse, a IBM criou um supercomputador, denominado Watson, que acabou por renovar e transformar todos os conceitos de tecnologia e inteligência empregados em máquinas até hoje.

Este supercomputador foi projetado em 2007 por uma equipe de 30 cientistas que tornaram da máquina a mais potente do mundo. Batizada com este nome como homenagem ao fundador da multinacional IBM, a máquina foi criada com objetivo de auxiliar em diagnósticos médicos. Watson foi programado para encontrar respostas em até 3 segundo, isto devido ao seu amplo banco de dados com mais de 6 milhões de livros, enciclopédias e páginas. Esta incrível máquina é capaz de criar um leque de possibilidades a partir de uma determinada constatação e informar, rapidamente, como uma doença pode se desdobrar, trabalhando sempre em cima de dados e resultados probabilísticos. Segundo o cientista criador, este computador possui uma porcentagem de 75% de acerto, deixando a cargo do profissional final, médicos no caso, a escolherem o melhor caminho dentre os vários retornados pela máquina.

A IBM planeja oferecer o software do Watson como um equivalente a um sistema operacional de aplicações de inteligência artificial. Desenvolvedores e startups, segundo a estratégia da companhia, construirão aplicações para o supercomputador. Com isso, novos negócios serão criados. A chamada "computação cognitiva" é responsável por boa parte dos recursos empregados na máquina pelos cientistas, pois com isto buscam

Uma nova era na informática com máquinas que podem aprender, imitando algumas das funções do cérebro humano e que poderão ajudar a descobrir coisas novas" - explicou Mark Ritter, diretor da divisão de análise e processo da IBM Research.

Além disso, Watson é capaz de responder, com uma bela voz de tenor, perguntas feitas em linguagem coloquial, até mesmo com duplo sentido, ambiguidade, ironia e jogos de palavras, algo que nenhuma máquina havia conseguido até então. Isto tudo devido aos seus mais de 2.800 núcleos de processamento, 15 terabytes de memória RAM, arquitetura baseada no multiprocessador Power7, tudo utilizado juntamente com a tecnologia DeepQA. 

Preço e mercado

Devido ao fato de Watson ser constituído de uns 90 computadores de grande porte trabalhando paralelamente e possuir o sistema mais sofisticado de reconhecimento de voz existente, torna-se tão caro que nem as empresas poderiam comprá-lo. Porém, de acordo com informações recentes, a supermáquina passará, em breve, a ser utilizada pelo público. A própria empresa anunciou que já em 2014 desenvolvedores poderão aproveitá-la.

Esta interação será realizada de forma simples, onde se proporcionará uma ligação direta entre os desenvolvedores e o Watson. Esta utilização será realizada após a concessão de um contrato feito com os administradores do supercomputador, podendo, após isto, obter dados de dentro dele em tempo real. Segundo o site Engadget, especula-se, também, que o seu funcionamento possa ser semelhando a um servidor, com dados em forma de nuvem. A oportunidade de real aplicação do Watson, contudo, ainda não foi testada no mercado de fato.

Watson e a medicina

Em sua relação com a medicina a Watson é responsável por analisar históricos médicos, se manter atualizado quanto a pesquisas científicas e ajudar aos doutores a identificarem o que há de errado com seus pacientes. A IBM diz que Watson é capaz de analisar 200 milhões de páginas de dados e responder a qualquer questão com precaução em menos de três segundos.

A nossa preocupação é que existe muita informação na nossa área e nem sempre assimilamos tudo. E o grande valor de Watson é esse: trazer todas as informações para médicos e pacientes tomarem a melhor decisão. Na medicina, nós gostamos de muitas respostas para pensar na melhor forma de cura." - explica Herbert Chase, médico da universidade de Columbia.

Atualmente, a nova versão do Watson possui o tamanho aproximado de 4 caixas de pizza, facilitando seu uso em hospitais e deixando de ocupar uma imensa sala como inicialmente; além de ser ainda mais veloz e eficiente, apresentando, de acordo com a IBM, uma capacidade de 240% de processamento a mais do que sua versão anterior. Esta remodulação, por sua vez, foi obtida devido ao refinamento dos algoritmos, que antes precisavam acessar uma imensa quantidade de conhecimentos para responder as perguntas; mas agora, em sua versão compacta, precisa somente saber de tudo sobre medicina.

Contudo, Watson se mostra como um grande precursor na linhagem da medicina, a fim de auxiliar os médicos nos diagnósticos e em suas tomadas de decisão, lembrando sempre que a máquina, neste caso, não pode substituir o homem. Porém, ainda em fase de aperfeiçoamento, esta supermáquina promete ter sua disseminação a partir do próximo ano, passando a fazer parte do cotidiano das pessoas, tanto nas organizações quanto nos hospitais.

Se você se interessa ainda mais pelo assunto, veja es te vídeo que mostra como o Watson responde as questões que lhe são propostar; o vídeo é em inglês:

Vídeo incorporado do YouTube