O HyperX Alloy Origins 60% vem ao mercado brasileiro para bater de frente com concorrentes como o Motospeed CK62 e o Razer Huntsman Mini - claro que com diferenças de preços.

O mercado brasileiro ainda conta com uma certa falta de teclados de nível intermediário neste tamanho, uma lacuna que a marca tenta preencher com este seu novo modelo. Recebemos ele diretamente da empresa e iremos avaliar todos seus aspectos, inclusive iremos dar uma pequena olhada em sua parte interna para ver se houve alguma "gambiarra" para cortar custos ou se é tudo bem feito. Vamos começar?

Construção Externa e Design

Aqui temos o ponto forte do teclado, não só em questão de design mas também de qualidade de construção, seu exterior é muito bem feito e passa a sensação de ser um produto Premium, já que temos alumínio em volta de todo o teclado e até abaixo das keycaps, nada de uma placa de plástico como vemos em vários outros teclados.

Construção e design | Fonte: Oficina da Net
Construção e design | Fonte: Oficina da Net

Em sua traseira podemos encontrar a entrada para a porta USB, que é soldada diretamente na PCB do teclado. Vale ressaltar que o Origins 60 não é um teclado sem fio, então ter o cabo é essencial para o seu funcionamento. Já adianto antes que você se pergunte também: sim, outros cabos USB-C funcionam nele, estou utilizando o cabo do Ducky One 2 Mini RGB neste momento sem nenhum problema.

Entrada USB-C | Fonte: Oficina Da Net
Entrada USB-C | Fonte: Oficina da Net

Na parte debaixo você encontra os 2 pés de borracha frontais e os 2 traseiros, estes nos quais tem 2 níveis de ajuste de altura. Caso você não queira levantá-lo na traseira, saiba que ele já conta com uma mínima curvatura em sua carcaça.

Pés traseiros | Fonte: Oficina da Net
Pés traseiros | Fonte: Oficina da Net

Vale dar um destaque para a iluminação do teclado, que é muito bem apresentada e distribuída por todas as teclas. Há um mínimo fade de luz nas bordas dos caracteres de cada keycap e é necessário procurar e olhar de perto, pois de qualquer distância normal você não enxergará absolutamente nada, assim como em outros modelos da marca.

Iluminação do teclado | Fonte: Oficina da Net
Iluminação do teclado | Fonte: Oficina da Net

Também vale ressaltar as keycaps, que desta vez foram caprichadas pela marca. Temos modelos com injeção double-shot que utilizam o material plástico PBT, que apresenta maior durabilidade e tactilidade do que o plástico ABS comum, sem dúvidas um ponto forte do teclado.

Layout

Como mencionado no início deste review, o HyperX Alloy Origins 60% tem um layout de teclas bem menor do que de teclados comuns, fazendo o uso de funções secundárias em várias de suas teclas para poder acessar atalhos e funcionalidades das teclas que ficam "faltando".

Como não há um padrão para este tipo de modelo, temos algumas variações dentre fabricantes quando o assunto é posição e tamanho das teclas, modelos como os Ducky Mini tem a tecla FN posicionada logo abaixo do Shift direito, e as setas são funções secundárias localizadas no WASD. Já no Origins 60% é um pouco diferente, o FN é localizado no canto inferior direito e as setas são logo ao lado, dificultando um pouco a utilização já que as teclas ficam coladas.

Layout do teclado | Fonte: Oficina da Net
Layout do teclado | Fonte: Oficina da Net

Eu menciono essa parte principalmente pois isso dificulta muito o uso, a posição fica ruim para segurar a tecla FN com uma mão enquanto navega na tela com a outra mão, algo que não é nada difícil no Ducky. Também fica dificultado o uso do dedo menor para acionar funções rápidamente, como usar os acentos que ficam na segunda função da tecla ESC.

Construção Interna

Abrir o HyperX Alloy Origins 60 não foi muito difícil, foi necessário remover algumas keycaps e com um pedaço de plástico desencaixar as presilhas que ficam em volta do corpo principal do teclado, a única parte ruim é que é necessário remover as duas borrachas inferiores do teclado para acessar os 2 últimos parafusos. Fora disso nada de muito esforço e feito relativamente rápido - e ainda sem quebrar nenhuma presilha!

Os switches aqui encontrados não são nenhuma surpresa: temos os modelos Red da própria HyperX que estrearam no HyperX Alloy Origins, modelo também já revisado por aqui. Eles passaram o teste do tempo no primeiro teclado, então até o momento não temos do que reclamar.

As suas soldas são medianas, temos alguns pontos que foram retrabalhados, e uma solda em particular tem aparência duvidosa, não mostrando muita segurança na parte de longevidade caso decida transportar o seu teclado por aí, o que no caso de um 60%, provavelmente irá acontecer.

Sua controladora da Sonix aparenta ser o modelo SN32F240B, que trabalha de 2.5 a 5.5V e conta com 8 KB de memória RAM além de 64 KB de memória ROM, mais que o suficiente para lidar com os efeitos RGB que o teclado apresenta.

Abaixo fica uma pequena galeria de fotos caso você queira dar uma melhor inspecionada no teclado.

Software

Assim que iniciei o programa da HyperX com o teclado plugado ao computador, fui introduzido à uma mensagem que avisava de uma atualização de firmware para o teclado, fiz o procedimento que durou cerca de 1 minuto e tudo funcionou perfeitamente.

O programa apresentou várias melhorias desde minha última aventura com ele, quando fiz o review do HyperX Alloy Origins Core, o irmão maior TKL deste teclado. Ele apresenta menos crashes e a interface está um pouco menos confusa, mas ainda falta melhorar a questão de features que comparado aos rivais, deixa um pouco a desejar. Abaixo fica a galeria de fotos do HyperX NGenuity

Ele conta com controles de iluminação com 7 diferentes efeitos de luz, com alguns podendo ser modificados até certo ponto, também é possível adicionar alguns efeitos no topo de outros, como por exemplo o efeito de mudar a cor dos caracteres ao serem pressionados em cima da onda de cores que é padrão do teclado.

Em questão de macros, eles podem ser configurados em 2 camadas: a camada normal e a camada FN. A limitação fica na camada FN onde nem todas as teclas estão disponíveis para atrelar novas funções, algo que poderia ser adicionado com certa facilidade.

No geral é um programa simples e que dá conta de seu propósito, os crashes constantes e bugs das versões antigas já não mais presentes - pelo menos no meu uso - o que já torna a experiência de uso muito melhor.

Concorrentes

Razer Huntsman Mini

Por cerca de R$150-200 a mais, você já pode encontrar o Huntsman Mini que vem com alguns upgrades grandes em relação ao Origins 60, dois deles são os switches que já são do tipo óptico - no geral apresentam menos problemas, eliminando o double-click - e também o software que é bem mais completo que o da HyperX. Em questão de construção eles são parecidos, com o Razer sendo um pouco mais caprichado por dentro.

Razer Huntsman Mini; Foto: Razer/divulgação
Razer Huntsman Mini; Foto: Razer/divulgação

Motospeed CK62

Aqui já temos a opção mais barata, o CK62 já se encontra por cerca de R$350-400 e também tem algumas vantagens, mas já consta com algumas desvantagens. Ele tem a opção de ser utilizado sem fio e também tem keycaps do tipo Double-shot (mas em ABS). De desvantagens temos a construção geral, onde o HyperX se mostra bem superior.

Motospeed CK62
Motospeed CK62

Conclusão

A HyperX fez um ótimo trabalho em vários aspectos no Origins 60, a inclusão de keycaps em PBT com injeção double-shot é a maior delas, e outras coisas como utilizar cabo USB-C, case toda em alumínio de altíssima qualidade, vários níveis de elevação e um software que (agora) funciona bem são todos pontos bem positivos do Origins 60.

HyperX Origins 60 | Fonte: Oficina da Net
HyperX Origins 60 | Fonte: Oficina da Net

Na minha opinião, a maior desvantagem do teclado é o seu layout, mas isso é um questão pessoal, já que sou acostumado com teclados 60% e mesmo assim tive algumas dificuldades para utilizar o Origins 60 devido a posição de algumas funções secundárias do teclado, além de claro não poder remapear algumas funções para onde eu queria.

Se você puder passar por isso, acredito que o Origins 60 é uma ótima escolha e está bem situado de preço, oferecendo vantagens em cima do modelo mais barato mas com algumas - poucas - desvantagens para o modelo mais caro.

Minha nota é 8.5.

HyperX Alloy Origins 60
8.5
Prós
  • - Construção Externa
  • - Keycaps PBT Double-shot
  • - Ótima iluminação
Contras
  • - Algumas soldas deixam a desejar
  • - Não há opção sem fio
  • - Software bem simples
  • Tipo de switch: Mecânico
  • Switch: HyperX
  • Anti-ghosting: NKRO
  • Impressão das keycaps: Impressão Double-shot
  • Material das keycaps: Plástico PBT
  • Layout: ABNT2
  • Tamanho: 60%
  • Possui software?: Sim
  • Possui descanso para pulso?: Não
  • Grava macros?: Sim

HyperX Alloy Origins 60 - Veja aqui a ficha técnica completa

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