As regras de prevenção ao coronavírus que conhecemos e temos que aplicar são válidas para evitar a disseminação do vírus, claramente, mas não somente para se evitar contrair covid-19 de outras pessoas, são especialmente importantes para que um contaminado não transmita adiante o vírus. Por exemplo, o uso de máscaras vale muito mais para impedir que se espalhem pelo ar gotículas contaminadas a partir do nariz e boca de um contaminado do que vale para impedir que um não contaminado se infecte.

O distanciamento, o fechamento de comércio e todas atividades que geram aglomerações, o uso de higienizadores de mãos constantemente, tudo isso já se está cansado de ouvir. Muitas dessas coisas já se tornaram rotina, mas o que deveríamos fazer caso um de nossos familiares se infectasse?

Existe uma séria preocupação com a criação de focos de contaminação familiares. Ou seja, mesmo fazendo todas essas medidas preventivas fora de casa, em nossos lares e em meio de nossas famílias agimos normalmente, sem distanciamento e sem máscaras. A prevenção dentro de uma residência é mais séria quando há algum membro dentro do grupo de risco, seja por idade ou por histórico de doenças. Assim, existem também diversas ações que devem ser feitas caso algum familiar apresente suspeita de covid-19, o chamado isolamento domiciliar.

Diferente do isolamento social, o isolamento domiciliar consiste em efetivamente isolar o possível infectado do restante da família e residentes, e isso pode ser feito de duas maneiras, que é manter o infectado em casa ou, se possível, se manter em outro local sozinho. Algo que infelizmente têm sido comuns para muitos profissionais de saúde e que tenham tais condições é ficar em hotéis e apartamentos alugados durante períodos de suspeita de covid-19 ou com o contágio comprovado.

Nem todo mundo tem condição de se isolar dessa maneira, então é ainda possível evitar ao máximo o risco de contaminação a outros residentes se mantendo no mesmo local.

Quarto separado

É muito importante que exista um quarto de uso exclusivo do paciente de covid-19. A cama, roupas de cama, roupas e demais utensílios que a pessoa utilizar deve ser utilizado somente por ela e constantemente lavado e higienizado. O uso de áreas comuns como banheiro, sala e cozinha pode ser mantido com condições. Uma única pessoa, preferencialmente mais jovem e sem fatores de risco deve atender as necessidade do paciente.

Uso de áreas comuns

As áreas comuns de uma residência precisam passar por um processo diário de higienização. Tudo que o contaminado tocar deve ser higienizado com álcool líquido ou em gel, detergente ou desinfetante. Nunca é exagero limpar com tudo que se tem disponível. Mesas, balcões, pias de banheiro, privadas e etc, todas são áreas para se limpar diariamente. Para sair do quarto, o paciente deve sempre utilizar máscara para evitar a disseminação de gotículas infectadas pelo ar e o paciente deve ainda tocar o menos possível em móveis de tecido, como poltronas e sofás, já que a higienização desses é mais complicada.

Itens separados e coleta de lixo

Tudo que o paciente utiliza deve ser exclusivo dele. Pratos, garfos, facas, copos e outros utensílios e objetos do cotidianos devem ser exclusivos do paciente e não misturados com o restante da louça, por exemplo. Seu cesto de roupa suja deve ser exclusivo também, com lavagens de roupa próprias do paciente. É importante coletar todo o lixo que o paciente usar diariamente e lidar com todos os objetos e itens possivelmente infectados com luvas descartáveis.

De fato é muito difícil psicologicamente colocar algo assim em prática, mas o vírus não fica para sempre, a partir de duas semanas pode ser que novos testes comecem a apontar negativo e os riscos de contaminação sejam nulos. Assim a convivência pode retornar ao normal.