Após analisar dados coletados por satélite há quase seis anos, pela primeira vez na história os cientistas conseguiram confirmar a existência dos chamados "furacões espaciais" com este primeiro sendo flagrado no Polo Norte, formado por uma enorme tempestade de plasma que se agitou no alto da borda do espaço enquanto, curiosamente, as condições ao seu redor eram calmas.

A descoberta foi liderada por cientistas na China, Reino Unido, EUA e Noruega que descobriram o furacão espacial depois de analisar dados de satélite coletados em agosto de 2014 que em conjunto com outras informações meteorológicas da época, foi possível identificar o fenômeno que durou aproximadamente 8 horas. Essa incrível descoberta foi publicada no periódico científico Nature Communications.

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O que é um furacão espacial?

Os especialistas conseguiram identificar uma grande tempestade, com proporção maior que 1.000 km de largura, além de visualizarem uma porção de braços espirais que conseguia girar no sentido anti-horário e ao invés de chover água, fez chover elétrons na Terra. Com todos esses detalhes identificados, eles apelidaram o fenômeno de "furacão espacial", até porque seu formato se assemelha e muito com o furacão que conhecemos.

Contudo, apesar destas semelhanças, os cientistas afirmam que o furacão espacial é feito de plasma e não de água como era de se imaginar. Essa nomenclatura é válida porque o furacão em si contava com um ponto central estável chamado de olho de furacão, além de fortes "tesouras" nas bordas e outros padrões de fluxo. Em comunicado à imprensa, o cientista Mike Lockwood disse;

"Até agora, era incerto que os furacões de plasma espacial existissem, então provar a sua existência com uma observação tão impressionante é incrível."

O efeito visual do fenômeno é outro ponto curioso, pois parece um cruzamento entre um furacão tempestuoso e a Aurora Boreal, o que pode ser caracterizado como uma grande explosão de energia verde. No contexto geral, o furacão espacial apresenta fatos interessantes que abrem caminho para muita discussão, como por exemplo, a situação de calmaria ao seu redor, além da energia que parecia ser puxada do espaço para a Terra, além de outros detalhes curiosos.

Os cientistas afirmam que esse deve ser um fenômeno generalizado, isto é, que ocorre a todo momento em vários mundos, mas que essa descoberta ocorrida agora pode ajudar os humanos a entenderem como o clima espacial funciona e como os planetas são afetados por isso.