Cientistas americanos identificaram um fato curioso e importante para viagens espaciais futuras: Uma viagem da Terra até Marte seria mais rápida com Vênus no meio da rota.

O estudo é da Universidade Johns Hopkins, de Baltimore, Maryland, nos EUA que explica porque a opção mais óbvia, na realidade, não é exatamente a melhor.

O óbvio seria esperar simplesmente a Terra e Marte se alinharem para fazer uma viagem interplanetária, partindo da Terra e pousando no planeta vermelho, simples e direto. Contudo, o geomorfólogo da Universidade Johns Hopkins Kierby Runyon sugere algo bem diferente.

Acontece que a sincronização das órbitas da Terra e de Marte é um evento raro, que acontece somente em intervalos de mais de dois anos, 26 meses para ser exato. Já uma sincronização com a órbita de Vênus acontece a cada 19 meses. Uma viagem de volta para a Terra de uma missão dessas escolhendo a rota direta e mais óbvia pode demorar mais de um ano, o que envolve muito mais recursos, tempo e custa a saúde dos tripulantes.

Outro geólogo da Universidade da Carolina do Norte nos EUA também explicou à mídia que Vênus, sendo o planeta mais quente do nosso Sistema Solar proporciona uma aceleração para naves próximas com a gravidade e reduz custos de combustível.

Não apenas isso, passar por Vênus também implica na ampliação das possibilidade de estudos de uma missão, adicionando mais de um planeta na lista. A proximidade física de astronautas a Vênus permitiria respostas imediatas à sinais, imagens e outros fatores para auxiliar novas descobertas. Robôs enviados demoram cerca de 5 minutos para enviar dados e receber respostas da Terra.