Nas eleições para presidente dos Estados Unidos, a blogosfera foi palco de debates sobre políticas na área de saúde até as roupas de Sarah Palin – candidata republicana a vice-presidente. Apesar de apenas 15% dos blogueiros considerarem suas páginas um fator para a vitória de Barack Obama, três a cada cinco acreditam que essa influência deve aumentar até o pleito de 2012.

O estudo “State of Blogosphere”, feito pelo indexador de blogs Technorati com 2,9 mil blogueiros de todo o mundo, aponta que política e negócios são assuntos que devem ser mais impactos pelo que rola na rede. É o que se viu durante a crise financeira mundial e a recuperação econômica, em que muitas páginas interpretavam o caos econômico – e, às vezes, promovendo o pânico ao se basear apenas em notícias de última hora.

Para 57% dos entrevistados, na história recente da blogosfera, a política foi a que sofreu maior impacto pelo que foi publicado na rede. Vale citar o caso da reeleição do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, no início do ano, em que parte da população que não concordou com o resultado tomou as ruas com protestos planejados via blogs e Twitter.

Eles também destacam a influência de seus posts na tecnologia (44%), mundo das celebridades (35%) e dos negócios (20%). Para os próximos dez anos, 51% creem que a blogosfera terá um peso importante sobre a política, enquanto 30% esperam o mesmo para a tecnologia, 27% para os negócios e 21% para o meio-ambiente.

Apesar da relevância dos temas, ainda são poucos os que escrevem sobre política e negócios na blogosfera. Mais da metade (57%) dos entrevistados não escreveu uma linha sequer sobre as eleições nos EUA e 55% não falaram sobre crise financeira. Ainda assim, 51% acreditam que sua voz terá mais impacto no futuro.

Twitter: um outdoor para os blogs


Enquanto 14% da população geral utiliza o site de microblogging Twitter – segundo pesquisa do The Wall Street Journal – entre os blogueiros esse índice sobe para 73%. Desse total, 69% o fazem para promover seus próprios blogs, 24% para interagir com companhias e 31% para falar sobre seus negócios.