Mais de quatro anos após o lançamento do Windows 11, chegou a hora de o Windows 10 se despedir. A Microsoft encerra oficialmente o suporte ao sistema nesta terça-feira (14), marcando o fim de uma era que começou em 2015 e ainda conta com milhões de usuários no mundo todo. A partir de agora, o sistema deixa de receber atualizações, correções de segurança e suporte técnico da Microsoft.
Mesmo assim, o "adeus" não é tão simples. Segundo dados recentes, cerca de 41% dos usuários do Windows ainda usam o Windows 10, o que representa mais de 600 milhões de computadores ativos.
O que muda a partir de agora
Com o fim do suporte, o Windows 10 não receberá mais patches de segurança nem melhorias de desempenho. Isso significa que falhas descobertas daqui para frente não serão corrigidas pela Microsoft.
Para quem possui um computador compatível, a empresa recomenda atualizar gratuitamente para o Windows 11, lançado em 2021 com melhorias visuais, desempenho otimizado e integração mais profunda com a nuvem.
Já quem tem PCs que não atendem aos requisitos mínimos do Windows 11 (como processador recente, TPM 2.0 e boot seguro) ainda pode recorrer a uma alternativa: o programa de Atualizações de Segurança Estendidas (ESU).
Atualizações pagas ou gratuitas por tempo limitado
A Microsoft oferece um ano adicional de segurança para quem permanecer no Windows 10. O pacote custa US$ 30 (cerca de R$ 163), mas há maneiras de obtê-lo gratuitamente, como sincronizar o computador com o OneDrive ou resgatar 1.000 pontos do Microsoft Rewards.
Na Europa, o programa é totalmente gratuito após uma decisão que considerou abusiva a exigência de vincular a conta a outros serviços da Microsoft. Os usuários podem se inscrever diretamente pelo menu: Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update.
E os riscos de continuar com o Windows 10?
Especialistas alertam que seguir com o sistema pode ser perigoso. Sem atualizações de segurança, o Windows 10 tende a se tornar alvo de hackers. "Ele não estará mais protegido contra as ameaças cibernéticas mais recentes", explica Martin Kraemer, analista da KnowBe4.

O consultor Paddy Harrington, da Forrester, lembra que até aplicativos podem parar de funcionar corretamente. "Os desenvolvedores dependem do sistema operacional para garantir certas funções. Sem atualizações, não há como garantir estabilidade", afirma.
Há saída para quem não quer o Windows 11?
Quem não puder (ou não quiser) instalar o Windows 11 pode migrar para alternativas como o Linux, que é gratuito e cada vez mais amigável. Harrington diz que essa é uma boa opção "se os aplicativos e ferramentas de segurança usados no dia a dia forem compatíveis".
Enquanto isso, antivírus e firewalls podem oferecer uma camada extra de proteção, mas são apenas paliativos. "Eles ajudam, mas não substituem as atualizações oficiais", reforça Kraemer.