O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o WhatsApp iniciaram a discussão sobre o enfrentamento da desinformação nesta semana. O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, participou de uma reunião nesta quinta-feira (27) com o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, para trocar ideias sobre o enfrentamento de notícias falsas durante o processo eleitoral no Brasil nas Eleições 2022.

Durante a reunião, houve o reconhecimento da importância desse diálogo e parceria, além de abordar pontos específicos do programa de combate a desinformação. O programa foi criado em 2019 e desde então há um movimento de luta contra a disseminação de informações falsas no aplicativo de mensagens do Facebook, conhecido hoje como "Meta".

Como irá funcionar a parceria do WhatsApp com o TSE

Com a parceria do WhatsApp com o TSE será desenvolvido um assistente virtual (chatbot) oficial para o Tribunal Superior Eleitoral para ser utilizado dentro do aplicativo de mensagens. Com isso, ficará mais fácil a comunicação do TSE com os eleitores, além de facilitar o acesso aos serviços da Justiça Eleitoral como, por exemplo, consulta do local de votação e informações sobre candidatos.

O WhatsApp irá oferecer sessões de diálogo e cursos de capacitação dos servidores dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) abordando o combate de informações e os mecanismos de colaboração desenvolvidos dentro do aplicativo de mensagens. Durante a reunião, foi dito pelo WhatsApp que não serão implementadas novas funcionalidades que possam impactar significativamente sua plataforma durante as eleições no Brasil.

O chefe do WhatsApp, Will Cathcart, diz:

"O programa de enfrentamento à desinformação do TSE é reconhecido internacionalmente como um exemplo na proteção de processos eleitorais. No WhatsApp, compartilhamos desse compromisso e teremos um engajamento constante e ativo com autoridades, sociedade civil, imprensa e checadores de fatos para trabalharmos juntos no combate à desinformação.

Nós acreditamos firmemente em proteger a privacidade das conversas das pessoas e acreditamos em mudanças cuidadosas como limites para o encaminhamento de mensagens, que desencorajam a desinformação ao mesmo tempo que respeitam a privacidade. Nós manteremos as medidas efetivas que tomamos e não estamos planejando nenhuma mudança significativa para o WhatsApp no Brasil durante o período eleitoral."

Fonte: TSE