O WhatsApp, Facebook e Instagram viraram notícia no começo desta semana, após sofrerem um apagão que deixou os sistemas fora do ar por mais de 6 horas. Depois disso, diversos sites divulgaram informações sobre o prejuízo à fortuna de Mark Zuckerberg, além da repercussão de plataformas rivais, como o Telegram, que contabilizou novos usuários. Agora, o prejuízo pode ser ainda maior, já que o Procon-SP notificou a empresa sobre os danos causados com a queda dos serviços.

Procon-SP notifica WhatsApp sobre danos causados

O diretor do Procon-SP, Fernando Capez, sinalizou a gravidade do problema gerado com a queda do WhatsApp, já que muitas pessoas sofreram prejuízo, especialmente aqueles que utilizam a plataforma como meio de trabalho. Capez ainda disse que essa falha, mesmo que sem intenção, não isenta a empresa de responder por tais danos.

"Somente em caso fortuito externo, que é um terremoto ou um evento muito forte, poderá isentar o WhatsApp de responsabilidade."

O que o WhatsApp diz?

Ao ser questionado pelo G1, o WhatsApp informou que ainda não teve acesso à notificação, mas aguarda para poder esclarecer a situação.

"O WhatsApp reconhece a importância do seu papel e a confiança depositada por empresas e pessoas no aplicativo. A empresa trabalhou com afinco para restaurar o serviço o mais rápido possível, o que aconteceu no mesmo dia. O WhatsApp ainda não recebeu uma notificação formal do Procon-SP, mas permanece à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."

WhatsApp pode ser multado

Depois que a empresa for contatada, o Procon-SP deve fazer os devidos questionamentos e, caso não considere os esclarecimentos como satisfatórios, um processo com cobrança de multa pode ser aberto contra o WhatsApp.

Vale lembrar do caso de outras empresas que foram notificadas e multadas pelo órgão de defesa do consumidor, como a Apple, que precisou arcar com R$ 10 milhões em março passado, por conta da venda dos modelos da linha iPhone 12 no Brasil que não acompanhavam o carregador na caixa. Na concepção do Procon, esta foi uma prática abusiva.

Com informações do G1.