De tempos em tempos o Facebook se encontra em algum escândalo envolvendo a privacidade de seus usuários. E dessa vez não foi diferente e novamente a empresa foi pega compartilhando informações de seus usuários de forma antiética.

Segundo a reportagem do site The Intercept, o Facebook estaria compartilhando informações de seus usuários com empresas de telefonia com a intenção de verificar ganhos e perdas de clientes, posição em relação aos concorrentes e até mesmo confirmação se os anúncios estão sendo corretamente direcionados aos clientes.

Mark Zuckerberg não tenta esconder que realiza esse tipo de prática e diz que a questão do compartilhamento de informações esta nos termos e condições dos seus aplicativos. Entretanto, a forma como foi feito esse termo, foi destacado no texto somente os benefícios do usuário e deixando a parte comercial de forma a passar de maneira despercebida pelo usuário. Segundo os dados divulgados pelo site Intercept, o Facebook disponibiliza informações para aproximadamente 100 empresas em 50 países.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em audiência no Senado americano, durante investigações do caso Cambridge Analytica (Fonte/Source: canaltech.com.br )
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em audiência no Senado americano, durante investigações do caso Cambridge Analytica (Fonte/Source: canaltech.com.br )

Segundo a matéria do The Intercept:

"Oferecidos a seletos parceiros do Facebook, os dados incluem não apenas informações técnicas como os dispositivos conectados à conta do usuário ou o uso de redes Wi-Fi ou móveis, mas também suas localizações passadas, interesses e até mesmo seus grupos sociais. Esses dados são retirados não apenas do app principal da empresa no iOS e Android, mas também do Instagram e Messenger"

De acordo com Mark Zuckerberg, os dados seriam anônimos e disponibilizados a empresas em grupos. Porém, isso não garante que de certa forma alguma pessoa seja lesada.

Outra informação revelada, dessa vez pela Consumer Reports, diz que nem todos os usuários do Facebook podem desabilitar o reconhecimento facial. O reconhecimento do rosto da pessoa é feito pelo sistema do Facebook para reconhecer a face da pessoa em alguma foto e sugerir a marcação da mesma. A organização de defesa do consumidor nos EUA reportou o ocorrido de forma formal ao FTC, órgão responsável pela regulamentação das práticas relacionadas a tecnologia nos EUA.

O Facebook até o momento não respondeu a nenhuma das acusações.