LG C3 OLED Review: Uma ótima TV para comprar ano que vem

A LG C3 é uma das TVs mais desejadas atualmente aqui no Brasil, e não é à toa: estamos tratando de um painel 4K, OLED, com 65 polegadas e 120 Hz na taxa de atualização. No entanto, a grande questão que paira é se essa TV traz melhorias significativas em relação ao modelo C2 do ano passado. Neste review, exploraremos todos os aspectos desta TV, desde seu design e construção até sua qualidade de imagem e recursos. Vamos descobrir se a LG C3 é realmente a melhor TV OLED disponível no Brasil.

LG C3 REVIEW: A melhor TV OLED do Brasil?

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Design e Construção

A C3 tem o mesmo visual da C2 do ano passado, sem nenhuma diferença externa aparente. Não que isso seja ruim: a LG vem trabalhando nesse visual há uma década, buscando sempre fazer a TV OLED mais fina possível, e agora chegaram ao ápice desse design. O painel consegue ser mais fino que um celular, chega a ser bizarro de ver pessoalmente, parece mentira.

Mas apesar desse visual ultra-fino, fiquei impressionado com o quão robusta é a estrutura da tela: a parte de trás tem um acabamento em alumínio texturizado que, além de dar um toque premium a TV, deixa a estrutura mais rígida. Essa aqui é uma TV topo de linha, e o design dela claramente reflete isso.

Pés e estrutura

Na base, a LG optou por utilizar a mesma que usaram nas C2 de 65 polegadas. Trata-se de uma estrutura única que fica no centro da TV. Um comentário que eu tenho a fazer sobre essa base é que ela não funciona muito bem: quaisquer movimentos que você faça no móvel, o painel começa a bambear para frente e para trás, algo bem desconfortável de se ver. Eu recomendo montar essa TV na parede mesmo, ela tem furação VESA 300 por 200.

No quesito montagem, essa foi uma das TVs mais fáceis de montar, e muito disso se dá pela rigidez do painel. Já que a estrutura do painel não dobra nem entorta, é fácil ter segurança durante todo o processo de montagem, o que é bem raro de ver, ainda mais nessas TVs OLED de 65 polegadas.

Entradas

Nas entradas, a C3 conta com quatro entradas HDMI 2.1, três USB, uma saída digital óptica, entrada para antena e Ethernet. Eu gostei que todas as HDMI são 2.1, então não importa qual entrada você usa, vai conseguir aproveitar os 120 Hz em 4K que essa TV tem para oferecer.

Qualidade de Imagem

Para quem ainda não é familiarizado com essa tecnologia, as telas OLED são bem diferentes dos painéis LED que estamos acostumados: esse tipo de tela não precisa de iluminação traseira, já que os pixels se auto-iluminam individualmente. O processador da TV, utilizando inteligência artificial, sabe exatamente quais pixels devem ser iluminados e a quantidade de brilho. Isso significa que nesse tipo de tela temos contrastes perfeitos, pretos profundos e zero vazamento de luz.

Dolby Vision

Assim como em todos os painéis OLED da LG, temos aqui o Dolby Vision, que é o sistema de HDR da Dolby. É essa tecnologia responsável pelo alcance dinâmico da TV, ou seja, numa cena escura onde ocorre uma explosão, o fogo vai ter o máximo de brilho possível, mas sem vazar iluminação para o resto da imagem. O Dolby Vision também é o formato mais utilizado pela Netflix, então se você curte muito assistir filmes nessa plataforma de Streaming, é uma boa ideia considerar essa e outras TVs OLED da LG.

E testar a C3 aqui no estúdio com todas as luzes apagadas, num ambiente completamente escuro, é uma experiência realmente incrível. Ainda mais nesses filmes extremamente escuros, como Batman e Bladerunner, a gente consegue apreciar muito mais os visuais nesse tipo de tela. Cada pixel individual consegue regular o seu próprio brilho, então não temos aquele backlight dando um aspecto acinzentado nas cenas escuras. Aqui o preto é preto, o pixel apaga, deixando as cenas muito mais detalhadas e profundas.

A TV te dá várias opções de configurações de HDR, como o modo vivo, padrão, cinema, otimizado para jogos e o clássico filmmaker mode. Também podemos criar um perfil próprio que fica salvo com nossas configurações.

Upscaling

Assim como a maioria das TVs 4K do mercado, a C3 tem o Upscaling, uma função que aumenta artificialmente a resolução dos conteúdos que você assiste. Isso significa que, mesmo assistindo um vídeo no YouTube em FULL HD, a TV vai usar inteligência artificial para transformar esse vídeo em algo próximo ao 4K.

Mas é claro que existem limites no que o Upscaler consegue fazer: se o conteúdo original estiver com a resolução extremamente baixa, o resultado da imagem final vai continuar bem longe da resolução 4K. E esse é o caso da maioria dos canais gratuitos disponibilizados pela LG, o que é uma pena.

Ângulos de visão

No quesito ângulos de visão, não tem como competir com OLED. Independente do ângulo que você assiste a TV, as cores e a nitidez continuam excelentes, tanto em ambientes claros quanto escuros. Soma isso com os contrastes que esse tipo de tela proporciona e a gente tem aquela sensação extremamente imersiva. Você esquece que está olhando a TV, parece mais com uma janela.

Reflexo

Um diferencial desse modelo para o da geração anterior é a forma como o processador lida com as cores. Graças a um novo algoritmo de reforço luminoso, a C3 consegue mais brilho que a C2, mesmo sendo o mesmo painel. Apesar disso, ainda não recomendo OLED para ambientes muito claros, como uma sala. É o mesmo problema que tivemos com a C2, o brilho é forte, mas não consegue sobrepor a luminosidade em certos ambientes. O resultado disso são os reflexos que vocês estão vendo.

Sistema Operacional

Na C3 a gente tem o sistema operacional webOS 2023. A principal melhoria da versão nova são as recomendações baseadas na experiência do usuário, mas fora isso, confesso que eu não curti o novo design: na tela inicial, metade do painel é ocupado por um card de propaganda, com as funcionalidades importantes sendo empurradas para baixo.

Nessas funcionalidades temos cards de música, jogos, home hub, além de algumas opções de customização dessa tela.

Nessas TVs topo de linha é normal o sistema operacional ser bem fluido e responsivo, e esse definitivamente é o caso da C3. Não tive problemas de travamento enquanto testava essa TV.

Jogos

Uma boa parte do marketing da LG é destinado a apontar a C3 como uma boa TV gamer, e isso é bem verdade. Temos suporte tanto ao Nvidia G-Sync quanto ao AMD Freesync Premium, tudo para garantir que você tenha uma experiência livre de artefatos.

Se você não tem um computador ou console forte o suficiente para aproveitar dos 4K a 120 Hz, pode tentar usar o GeForce Experience, o serviço de jogos pela nuvem. Aqui a gente não tem sorte com esse sistema, mas se você mora numa grande capital, não deve sofrer tanto com o input-lag.

Confesso que tenho pouco tempo para jogar ultimamente e não testei a C3 em vários jogos diferentes ainda, mas no F1 2023 foi muito divertido, ainda mais jogando com um volante. A imersão é absurda, e essa TV com certeza se encaixa muito bem em qualquer setup gamer.

Controle

O controle é aquele Smart Magic de sempre da LG. O maior ponto positivo dele é a navegação por ponteiro, algo que eu costumo utilizar com bastante frequência. Nos botões, temos o numérico em cima, sempre bem vindo, mas o botão YouTube continua faltando.

Ele utiliza duas pilhas AA que já vem dentro do controle.

Som

O som da C3 me surpreendeu: pela finura da TV, eu esperava um som estridente e sem nenhum grave, mas a LG conseguiu sim criar um conjunto de áudio satisfatório. São 2.2 canais, totalizando 40W de potência sonora. Se você estiver num ambiente silencioso, dê sim para utilizar o som da TV, desde que o volume fique abaixo dos 40%. Acima disso, o áudio perde toda a qualidade.

Apesar disso, a LG sabe que você vai usar essa TV com um aparelho de som externo, então aqui tem vários recursos para facilitar essa compatibilidade com a C3 e soundbars da LG de 2023, tanto em software, com tecnologias como o dolby atmos e WOW Orchestra, como em hardware, com a inclusão de um suporte próprio que junta a TV com a soundbar.

Burn-In

No quesito Burn-in, nada mudou. Todos os cuidados que a gente precisava ter com a C2 e outros painéis OLED, também se aplicam a C3.

Mas quais cuidados são esses? O principal deles é bem simples, evitar o uso contínuo da TV por longos períodos de tempo. Eu sei que pode parecer estranho, já que, eu comprei a TV e vou usar ela o tempo todo, não é mesmo? Com as telas OLED, é importante abandonar essa mentalidade de que a TV pode ficar ligada sempre. Essa é uma realidade dos painéis LCD, e o mercado está saturado de opções como TVs QNED, QLED, Crystal UHD, Mini LED - nenhuma dessas enfrentam problemas de Burn-In, mas no caso das OLEDs, os pixels são compostos por elementos orgânicos, então cada um deles tem uma vida útil.

Os outros cuidados contra o burn-in estão nas configurações da TV, na aba OLED Care. Temos aqui a opção de pixel refresh, pixel shifting e também o ajuste do brilho de logos. Isso tudo já vem ativado por padrão, então você não precisa se preocupar em ativar essas configurações de proteção.

Agora, você deve se preocupar com esse desgaste? Olha, tem três anos que a gente testa TV OLED aqui no canal e até hoje eu nunca experienciei burn-in, então desde que você use a TV por menos de 8 horas por dia, eu acredito que o desgaste não será percetível durante a vida útil da TV.

Vale a pena comprar?

E aí, será que vale a pena comprar? Olha só, essa TV foi lançada esse ano, em 2023, e no dia em que estou escrevendo esse post, uma C3 de 65 polegadas custa mais de 13 mil reais. Quer saber quanto custa a C2 do ano passado, uma das melhores TVs que a gente já testou aqui no canal? 9 mil reais. Honestamente, por essa diferença de preço, eu iria RETO na LG C2. É a mesma estrutura física, mesma base, entradas, e também o exato mesmo painel. A principal mudança é que, graças a um processador mais avançado, a C3 consegue mais brilho, mas isso só vai ser perceptível se você utilizar a TV num ambiente muito claro.

No momento que a C3 estiver mais próxima dos 10 mil reais, aí sim eu consigo ver motivos para comprar. Até lá, as pequenas melhorias desse ano não justificam o aumento de preço.

Onde comprar a LG C3?

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LG C2 OLED 65

A C2 e C3 são quase idênticas, com a principal diferença sendo no processador, brilho e sistema operacional de 2023. A C2 foi a melhor TV OLED lançada em 2022 e continua sendo um painel excelente. Felizmente, vem despencando de preço, então fique atento nas promoções da C2 postadas aqui no site.

Onde comprar a LG C2:

Samsung S90C QD-OLED 65

Outra TV para ficar de olho é a primeira OLED da Samsung no Brasil, a S90C. O principal diferencial dela para a C3 é que a da Samsung tem muito mais brilho, graças ao painel QD-OLED, com Quantum Dots. Apesar disso, o Tizen é menos fluido que o webOS, e as duas TVs tem o mesmo ponto negativo do som embutido não ser lá essas coisas.

Onde comprar a S90C:

Toshiba X9900LS OLED 65

A terceira TV que bate de frente com a C3 é a X9900LS da Toshiba, uma baita novidade no mercado de OLEDs que surpreendeu a gente aqui no estúdio. Ela utiliza um painel da própria LG, mas tem um som embutido mil vezes melhor e o sistema operacional Google TV, que eu considero como o mais intuitivo e fluido. O ponto negativo dela é o preço e a falta de disponibilidade de modelos em tamanhos diferentes dos 65 polegadas.

Ficha técnica LG C3 65: