A maior fabricante de smartphones do mundo, Huawei, diz que está ficando sem chips de processador devido as sanções dos EUA vetando a empresa de comercializar com os fornecedores do país, segundo informações fornecidas ao site Associated Press. O CEO da unidade de negócios de consumo da Huawei, Richard Yu, disse que no mês que vem a companhia não poderá fabricar seus próprios chipsets Kirin devido a constante pressão econômica dos EUA.

Richard diz:

"Infelizmente, na segunda rodada de sanções dos EUA, nossos produtores de chips só aceitaram pedidos até 15 de maio. A produção será encerrada em 15 de setembro. Este ano pode ser a última geração de chips de alta tecnologia Huawei Kirin."

O motivo para os EUA barrar a Huawei para comercializar com as empresas do país foi a possível construção de backdoors na infraestrutura de rede, servindo para ajudar na espionagem do governo chinês. Embora Huawei tenha negado as acusações, o governo de Trump adicionou a empresa e mais 114 afiliadas na Lista de Entidades em maio de 2019, fazendo com que as empresas estadunidenses não pudessem vender tecnologia para a companhia sem a aprovação do governo dos EUA.

Em maio deste ano, o Departamento de Comercio dos EUA emitiu uma regra alterada de exportação para bloquear as remessas de semicondutores para a Huawei. De acordo com o órgão do governo, a ação foi para "visar estrategicamente a aquisição de semicondutores da Huawei que são produtos diretos de determinados softwares e tecnologias dos EUA". Esta regra impediu que fabricantes de semicondutores estrangeiros, que se utilizam de software e tecnologias estadunidenses, enviassem produtos para a Huawei (a não ser que tivessem autorização dos EUA).

Ao que parece, após a nova regra citada acima, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), maior fabricante de semicondutores do mundo, suspendeu os pedidos da HiSilicon (subsidiaria da Huawei responsável pela produção dos processadores Kirin).

Neste último sábado (8), o Wall Street Journal informou que a Qualcomm teria pedido ao governo dos EUA para aliviar as restrições de venda de componentes para a Huawei, permitindo a venda de chips para os smartphones com 5G.

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