No início de 2016, a Huawei anunciou um plano interessante: se tornar a maior fabricantes de smartphones do mundo dentro de 5 anos. Em 2018, a gigante chinesa deu um passo importante para essa conquista, ultrapassando a Apple e tomando o segundo lugar. Pouco tempo depois, ela deixou bem claro que iria buscar a "coroa" da Samsung até 2020.

Agora, graças a um novo relatório da Counterpoint Research, sabemos que esse objetivo foi conquistado, pelo menos em abril. Apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos e da pandemia causada pelo novo coronavírus, a Huawei conseguiu registrar uma participação de 21,4% no mercado global de smartphones.

Os dados apontam que a empresa vendeu mais unidades devido à forte presença na China. Afinal, enquanto a demanda por novos aparelhos caiu significativamente nos mercados internacionais, a "onda" de COVID-19 no país asiático apresentou uma redução no mês de abril, ou seja, o mercado já estava em recuperação.

E a Samsung?

Durante o período analisado, a Samsung registrou uma participação global de 19,1%, representando uma queda de 29% com relação a março. A gigante sul-coreana sofreu bastante por conta dos bloqueios e medidas de distanciamento social na Índia, América do Norte e Europa.

A Counterpoint Research ainda revelou que a baixa demanda pela linha Galaxy S20 também influenciou na queda. Os números não foram divulgados, mas relatórios anteriores sugerem que as vendas estão 30% menores que a geração passada.

No total, 69,37 milhões de smartphones foram vendidos em todo o mundo no mês de abril. Isso representa uma redução ano a ano de 41%.

Huawei pode manter o bom desempenho

É bastante provável que a Samsung retorne ao primeiro lugar quando os mercados internacionais normalizarem, mas levando em consideração a situação atual, a Huawei pode se manter no topo até o final do segundo trimestre.

Isso porque a China continua em recuperação, enquanto que a demanda na Europa, América do Norte e Índia, regiões em que a Samsung costuma registrar suas maiores vendas, ainda permanece extremamente baixa.