O mercado brasileiro de tablets chegou a marca de 770 mil tablets vendidos no primeiro trimestre de 2017, uma queda de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tudo isso após dois anos seguidos de quedas expressivas no primeiro trimestre, com 1,7 milhão (20% menos) de unidades comercializadas em 2015 e 836 mil (53% menos) em 2016. Ao que tudo indica, a situação deverá se estabilizar nos próximos meses.  

O levantamento faz parte do estudo IDC Brazil Tablets Tracker,  que é realizado pela IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. A receita total do mercado foi R$ 370 milhões, 28% a menos que no mesmo trimestre de 2016, que compreende os meses de janeiro, fevereiro e março.

Tablets perdem 8% em vendas

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"Nos últimos dois anos, o mercado de tablets caiu principalmente por conta da alta do dólar, do crescimento dos smartphones com telas maiores e da saída de muitos fabricantes do país. No primeiro trimestre deste ano, notamos um mercado mais estabilizado, com empresas atendendo bem a demanda que existe no setor infantil, por exemplo. Por isso, a queda foi bem menor do que a dos anos anteriores", diz Wellington La Falce, analista de mercado da IDC Brasil.

A queda na receita está relacionada ao fato de que os fabricantes adotaram uma nova estratégia para acelerar as vendas, sendo que diminuíram os valores dos produtos, já que o primeiro trimestre costuma ser bastante fraco para o setor de tablets. "O tíquete médio dos tablets no primeiro trimestre de 2016 era de R$ 615 e, em 2017, passou para R$ 485", disse La Falce.

Conforme análise da IDC, ao longo de 2017, devem ser comercializados 3,7 milhões de tablets, o que representa 7% a menos do que em 2016. "A tendência é de que o mercado se estabilize e volte a apresentar números positivos no segundo semestre, com a chegada de datas importantes para o segmento como Dia das Crianças, Black Friday e Natal", finalisa La Falce.