O desejo de poder baixar vídeos na Netflix para assistir quando se está off-line está mais perto de se tornar realidade. Nesta semana o diretor de conteúdo da empresa de streaming, Ted Sarandos, concedeu uma entrevista à CNBC, quando falou sobre o assunto.

Conforme Sarandos, a Netflix, que rejeitou a ideia há algum tempo, está repensando a possibilidade, tendo em vista, principalmente, os países onde a internet é precária. Nestes casos, o diretor reforçou a necessidade de a companhia lidar com diferentes velocidades e disponibilidade de banda larga. "Como nós entramos mais e mais no mundo subdesenvolvido e países em desenvolvimento, queremos encontrar alternativas para as pessoas usarem a Netflix facilmente", disse. O diretor acrescentou que em territórios emergentes, se tornou mais interessante oferecer a opção de download.


Netflix trabalha em recurso que permite assistir conteúdo off-line (Imagem: Reprodução Internet)

Sobre uma possível data para o lançamento do recurso, Sarandos limitou-se a dizer que eles estão trabalhando nisto e não informou mais detalhes. Contudo, a possibilidade de assistir filmes e séries quando não se está conectado à internet deve chegar, ao menos de início, apenas à países com internet precária. Alô Brasil.

Existe uma grande expectativa para que a funcionalidade seja lançada ainda em 2016. Neste sentido surgem diversos rumores, que não foram confirmados pela empresa. Outro fator incerto diz respeito a se a empresa oferecerá seu catálogo completo para download ou apenas suas produções originais.

Ao disponibilizar conteúdo para download a Netflix terá que tomar precauções contra a pirataria. Teme-se que o usuário possa baixar filmes e distribuí-lo ilegalmente na web. Mas, não é impossível de resolver este percalço, visto que, à exemplo do Spotify, é possível impor algumas condições para o download de filmes e séries. Como por exemplo, a criptografia. No Spotify, todo conteúdo baixado é criptografado e só pode ser reproduzido dentro do app. E, se o usuário passar muito tempo desconectado, o material é excluído do aparelho.

Então, do ponto de vista de direitos autorais, não há motivos para impedir a reprodução de conteúdo off-line. O que nos resta saber é: será que o Brasil estará entre os primeiros países a contar com o recurso?

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