A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) irá realizar em Brasília, o Fórum RNP 2016, que irá acontecer entre os dias 8 e 10 de novembro. O tema do encontro é "Ciência, Tecnologia e Inovação em Rede" e tem como objetivo promover um debate sobre a importância e também os desafios para as áreas de ciência, tecnologia, educação, saúde, cultura e defesa.

O Fórum RNP é direcionado para gestores de universidades e instituições de pesquisa, bem como coordenadores de projetos e fornecedores de TIC. O evento será realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB), campus de Brasília, localizado na Asa Norte.

O encontro poderá ainda ser acompanhado de forma distribuída, do Rio de Janeiro, no auditório do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), e de Salvador, no auditório do Instituto de Matemática da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

"O Fórum RNP vai discutir os rumos do uso de tecnologia da informação e colaboração para a ciência e cultura e será ainda um momento de integração da comunidade científica brasileira para a construção de uma visão do futuro", destaca o diretor-adjunto de Gestão de Soluções da RNP, Gorgônio Araújo. 

Computação Verde

Apesar do termo "Computação Verde" ainda ser pouco conhecido, as práticas já estão sendo adotadas por empresas privadas há vários anos e, agora o setor público aderiu ao processo. Para quem ainda não conhece, ou mesmo tem dúvidas sobre o assunto, a Computação Verde está associada à eficiência energética, ao uso de recursos renováveis e não tóxicos, como também a diminuição dos resíduos gerados nos processos de produção. O tema em questão está presente durante o Fórum RNP.

Para falar sobre o assunto, João Carlos Redondo é o convidado. Ele é diretor de sustentabilidade da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e também diretor de meio ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Redondo destaca que a Computação Verde tem sido um diferencial competitivo para as instituições. "Sua prática proporciona uma economia a longo prazo, imprime uma imagem positiva perante à sociedade e ainda agrega valor na cultura organizacional da empresa", disse.

Redondo diz que a Computação Verde já é uma realidade também no setor público. A Lei 8666, que estabelece normas gerais para as licitações, já permite a inclusão de aspectos socioambientais e sustentáveis na contratação de fornecedores de serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). "Por isso, é importante fortalecer e incorporar os princípios da Computação Verde também nos órgãos públicos. São práticas pautadas na eficiência e otimização de recursos a longo prazo", diz ainda.

Governança e controle digital

Outro tema que será discutido no Fórum é sobre "Governança e controle digital", com a palestra "Governança, talento e plataforma: os pilares da estratégia de controle digital do TCU". O encontro em questão será realizado no dia 9/11, às 10h. Wesley Vaz é o palestrante convidado. Ele é secretário de Gestão de Informações para Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU).

A palestra irá destacar a relevância do uso inteligente de informações e da infraestrutura em nuvem para o aprimoramento dos serviços e políticas públicas. "Se geralmente falamos na posição de órgão fiscalizador, dessa vez, vamos compartilhar a nossa experiência com o uso de novas ferramentas para a criação de uma estratégia eficiente na gestão pública", diz Vaz.

Outro assunto abordado durante a palestra é como o TCU usa  ferramentas como Analytics e Cloud para administrar os pilares de uma boa estratégia de controle digital. "O Analytics é um prática eficiente de tomada de decisões com base em informações disponíveis. Já o Cloud procura diminuir os gastos com hospedagem e armazenamento, propiciando mais disponibilidade dos dados", disse.

Evolução política do Marco Civil da Internet 

Um dos temas debatidos durante o encontro será sobe o Marco Civil da internet. Mesmo após dois anos de ser sancionada a lei que regulamenta o uso da internet no Brasil, a neutralidade de rede proposta pelo Marco Civil ainda segue dividindo opiniões entre os que oferecem os serviços e quem os utiliza. A neutralidade da rede é um dos conceitos que mais suscita discussões. Esse ponto defende que as condições de acesso à rede sejam igualitárias para todos os usuários.

‘‘A não discriminação e o não cerceamento de conteúdos são fundamentais para preservar o ambiente de inovação na internet. Essa neutralidade traz a garantia de que nenhum modelo de negócio pode especificar o que trafega na internet’’, pondera coordenador-geral de Cooperação em Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Marcelo Mendes.

Mendes destaca que as leis de uso da internet no Brasil são capazes de estabelecer a liberdade de expressão, a proteção da privacidade e a segurança aos dados pessoais. ‘‘Com esse novo padrão que possibilita uma grande e rápida expansão da internet, podemos partir com tranquilidade para discussões mais específicas sobre a internet, como a priorização de serviços de emergência e o Projeto de Lei de Proteção de Dados’’.

O Fórum irá ocorrer entre os dias 8 e 10 de novembro, das 8 horas às 18h30. O local será o IFB, no Campus de Brasília. O endereço é Via L2 Norte, SGAN 610, Módulo D, E, F e G, s/n. Asa Norte. Aos interessados, as inscrições podem ser realzaidas através do site forum.rnp.br.