Nesta quinta-feira (15), a China lançou o seu segundo laboratório espacial, o Tiangong-2. Este é um grande passo para que o país possa estabelecer uma estação permanente ao redor da Terra.

O Tiangong-2, que significa Palácio Celestial em mandarim, foi lançado às 22h04 locais, 11h04 de Brasília, desta quinta-feira, do centro de lançamento de Jiuquan, no Deserto de Gobi, cerca de 1.600 Km de Pequim.

Ele foi lançado em um foguete Longa Marcha-2F. Uma nave espacial tripulada, que será lançada pela China no próximo mês, deverá se acoplar ao laboratório.

"O Tiangong-2 opera com normalidade". "A operação foi um autêntico sucesso", afirmaram em Jiuquan os responsáveis pelo lançamento.

Após cerca de 10 minutos, o Tiangong-2 entrou em órbita e desdobrou dois painéis solares de cada lado do módulo, para poder se estabelecer a cerca de 380 km de distância da Terra.

O lançamento foi acompanhado pela agência meteorológica da china, já que um forte tufão castiga o litoral chinês nesta quinta-feira.

Ainda em julho, o laboratório chegou ao centro de Jiuquan para que fossem realizados os últimos procedimentos antes do lançamento.

Para o próximo passo, a nave tripulada Shenzhou-11, com dois astronautas a bordo, irá se acoplar ao laboratório. O lançamento deverá acontecer em outubro.

O laboratório irá servir como uma estação experimental, que irá examinar os sistemas de apoio necessários, as funções de manutenção e ainda as capacidades de reabastecimento de combustível para poder garantir a permanência humana na estação em longo prazo.

"Entramos em uma nova fase de aplicação e desenvolvimento", afirmou Wu Ping, subdiretor do departamento de engenharia do programa espacial.