Em 2005 a Microsoft faria mais um tiro certo ao apresentar a segunda geração do seu tão bem sucedido videogame, o Xbox 360, que acumulou mais de 84 milhões de unidades vendidas no mundo até hoje (tornando-o o 6º videogame mais vendido da história. Confira a lista completa clicando aqui), ficando a frente do seu concorrente direto, o Playstation3, da Sony, que vendeu pouco mais de 82 milhões, e perdendo apenas para o líder em vendas (mas não em qualidade gráfica e tecnologia) Nintendo Wii que vendeu mais de 101 milhões de unidades.

O Xbox 360 permite aos usuários jogar online, baixar jogos, demos, comprar e ouvir músicas, programas de Tv e filmes, além de acessar aplicativo de terceiros. Os controles desta versão também foram atualizados, aliás, eles receberam um ótimo update: Passaram a ser wireless. A máquina também aceita hd’s externos, facilitando o acúmulo de games no HD. Ahh, o Xbox 360 é facilmente desbloqueado, aceitando jogos piratas, sendo 1 dos 2 fatores que contribuíram em muito para a popularidade do console.

O outro fator, com certeza você já deve ter ouvido falar e até quem sabe, teve a divertida experiência de brincar ou jogar ou malhar ou dançar ou qualquer outra atividade que ele possa simular, estamos falando é claro do Kinnect. Chamado anteriormente de "Natal", referência à capital do Rio Grande do Norte, cidade onde nasceu o inventor do Kinnect, ele é hoje muito mais do que um aparelho para entretenimento, sendo usado em muitas outras funções mais "sérias" como fisioterapia para pessoas com algum tipo de lesão, treinamento de atividades e profissões que precisam de reflexos apurados, entre muitas outras. Lançado 4 anos depois dos precursores dos jogos com movimentos corporais (o Nintendo Wii) o kinnect conseguiu remodelar a experiência, levando-a a um novo patamar, explorando mais recursos e com mais fidefignidade. Vendeu até hoje cerca de 25 milhões de unidades, sendo 8 milhões só nos 2 primeiros meses (taxa maior que o iPhone e o iPad, no mesmo período pós-lançamento, por exemplo). Para saber como ele funciona, clique no link à direita. Abaixo uma pequena (e incrível) prévia.

Agora voltando ao mundo da internet e computação, com o passar do tempo novas gigantes surgiram no mundo na área, e a maior delas, sem dúvidas, o Google. A empresa de Sergey Brim e Larry Page começaram a faturar - e muito -, explorando mercados valiosíssimos como o de anúncios e de busca, até então, não interessantes às empresas. Frente a esse bilionário mercado, a Microsoft e demais empresas não puderam fechar os olhos e começaram a mirar neste target.

Sua aposta para este mercado foi o MSN Search, lançado em 2005, hoje renomeado, com melhorias, para Bing. No ano seguinte, em um esforço para aumentar ainda mais sua renda com marketing. Logo em seguida ela lançaria uma outra aposta, o CodePlex, uma plataforma colaborativa para hospedagem de projetos open source que conta com páginas wiki, painel de controle baseado em Mercurial e outras ferramentas.

Também em 2006 a empresa passaria por um "realinhamento de prioridades" conforme descreveu Bill Gates. Em 2 anos ele deixaria o posto de Arquiteto de Software Chefe após cerca de 30 anos. Gates, que até então tinha comandando cada projeto de perto, continuaria "apenas" como Chairman, Presidente do Conselho de Diretores e Conselheiro de Projetos Chave.

Ainda em 2006 a empresa lançaria o Zune para tentar competir com o mercado gigantesco que a Apple explorava sozinha (leia mais a respeito clicando no link à direita). O primeiro modelo contava com um HD de 30 GB e permitia armazenar músicas, vídeos e imagens, além de contar com um sistema Wi-Fi para que diversos Zunes se conectassem e compartilhassem arquivos entre si (coisa que o iPod ainda não fazia). No entanto as "cláusulas" de compartilhamento não eram muito práticas. Por exemplo, se você copiasse a música do Zune de algum amigo, só poderia reproduzi-la 3 vezes em no máximo 3 dias. Por estas e outras o Zune não fez sucesso e foi integrado ao sistema do Xbox, como Xbox Music e Xbox Video, sendo então descontinuado.

Em 2007, após o ótimo lançamento do Xbox 360 e a mudança de ares de Biil Gates chegou ao mercado o Windows Vista, 6 anos após o último lançamento no ramo de sistemas operacionais da marca.

O sistema teve 2 pontos primordiais a serem seguidos na hora do desenvolvimento, o primeiro era uma carência dos tempos do Windows XP, a vulnerabilidade a vírus, pragas, malwares, etc. Por este motivo o Vista era focado na segurança apresentando algumas ferramentas exclusivas, como o irritante UAC ou Controle de Contas de Usuário em português (CCU) que lhe perguntava se você tinha certeza para cada ação que ordenava ao Windows. No entanto outras ferramentas foram de grande valia, como a criptografia BitLocker, design novo para bordas, menus e barras de tarefas, novo botão iniciar, uma nova interface gráfica e visual chamada "Aero", a função Windows Search, subsistemas de áudio, rede e vídeo repensados, funções como Windows DVD Maker, facilidade no compartilhamento de arquivos em redes domésticas através da tecnologia peer-to-peer (a mesma das redes torrents), entre outras. Com o sistema também veio a versão 3.0 do .NET, e se você é desenvolvedor, sabe que isso foi uma mão na roda.

Alcançando a marca de 20 milhões de unidades vendidas em 1 mês após o lançamento, o sistema não emplacou, segundo os usuários, porque o sistema era muito pesado e precisava de um computador muito potente para rodar o ambiente gráfico Aero, por exemplo. Por cauda disso o Windows Vista alcançou, em seu melhor momento, 19% das máquinas do mundo. O problema na verdade não foi tanto por culpa do próprio Windows Vista, mas sim de quem estava concorrendo com ele: O Windows XP, que nessa época, 2009, ainda tinha 63% do mercado, isso após 8 anos de seu lançamento!! Hoje o Windows Vista está instalado em míseros 3% dos computadores do mundo.

Bom, junto ao novo SO veio também o novo integrante da família Office, como já estava se tornando de praxe nos lançamentos da marca. Assim como o Vista, o Office 2007 também foi totalmente remodelado visualmente, incluindo o uso de abas e de um botão Office (semelhante ao botão Windows nos SO’s) ao invés dos antiquados menus e barras de ferramentas. A nova interface gráfica ficou conhecida como Interface Fluente. A suíte veio com novidades entre os aplicativos, como o Microsoft SharePoint, um programa desenhado especialmente para pequenos empresários. O pacote vendeu muito bem, estando presente em 81% das empresas pesquisadas em 2010.

No ano de 2007, para fechar com chave de ouro, a Microsoft assinou um contrato de 5 anos com a Viacom, uma companhia americana que atua no ramo de mídia massiva, atuando principalmente no ramo do cinema e da tv a cabo (sendo a 5ª maior do mundo no ramo). Com o acordo a Microsoft pôde usar vários produtos televisivos da empresa e ainda os seus estúdios para gravar materiais para o Xbox Live e para o MSN. Em contrapartida, a Viacom tornou-se o primeiro nome da MS para desenvolvimento de alguns jogos e distribuição através do MSN e Windows. Já a Atlas, divisão de marketing da Microsoft tornou-se a fornecedora exclusiva de publicidade não vendida para sites da Viacom. A Microsoft também comprou uma grande quantidade de publicidade em transmissões Viacom próprias e redes on-line, e colaborou em promoções e patrocínios para a MTV e BET (Black Entertainment Television), dois canais de Tv a cabo da Viacom.

Ainda na onda dos lançamentos de 2007 (Vista e Office 2007), sairia do forno no início de 2008 o novo Windows Server 2008, SQL Server e o Visual Studio 2008 no ramo dos produtos "secundários". O que trouxe mais melhorias foi o primeiro aplicativo citado, escrito a partir do mesmo código do Vista e compartilhando boa parte da arquitetura e funcionalidades. As novidades e segurança também estão presentes, além de um firewall mais avançado, melhorias no kernel, memória e sistema de arquivos.  

Por hoje ficamos por aqui pessoal. Mas que bom período para a Microsoft, hein? Até a próxima. Não esqueça de deixar sua opinião logo abaixo nos comentários.

Vá para a parte 6 da história da Microsoft.

Fontes: Microsoft, Wiki, Techland