Nesta ideia, Miyamoto diz o seguinte: "A Nintendo possui um hardware e uma interface única, construída para que todos possam juntos se divertir no mesmo ambiente, já o mercado de smartphones, você joga e se diverti sozinho, assim sendo, investir nesse mercado não é algo que iremos fazer no momento", declarou Miyamoto à agência EFE em entrevista.

Cauteloso, mas sempre alegre, o criado de Mario Bros. (o game mais rentável da história dos videogames), revelou o seu posicionamento quanto a crescente procura por títulos para consoles portáteis, onde defende a política da empresa em se manter fiel a suas criações de games que estimulem a participação de todos.

"O "boom" do mercado de telefonia móvel é uma realidade que a Nintendo não pode ignorar", diz Miyamoto e continua dizendo que: "A empresa poderia introduzir os dispositivos móveis como parte dos games, mas não criar algo exclusivo para eles".

Dentro do mesmo raciocínio, o guru dos videogames ainda declara o seguinte: "Um aparelho móvel, como celular ou agora os smartphones, não são ruins, os dispositivos em si são ótimos, o problema todo é o individualismo que ele cria; seus usuários ficam tão concentrados a eles que perdem o contato com as outras pessoas", onde segundo ele, algo muito semelhante poderá acontecer com os títulos que apostam na realidade virtual.

Além de ser o criado do game Mario Bros., Miyamoto também produziu outros títulos de games, bem como Donkey Kong e Zelda, além de vários outros personagens da Nintendo. O guru dos videogames já possui 37 anos de serviços à frente da empresa japonesa de videogames e diz que ainda continua tendo ideias ativas por 24 horas.

Para Miyamoto o primeiro passo na hora de produzir um novo game é imaginar a estrutura do jogo, uma vez que ela seja interessante, ele procura o personagem ideal, sendo que esse tem que possuir uma característica única. O mestre dos jogos da Nintendo ainda declarou que irá seguir na criação até quando seu corpo permitir.

Neste exato momento, Miyamoto diz que suas atenções estão todas voltadas na finalização do novo game da série "The Legend of Zelda" e ainda no lançamento mundial do novo console portátil da Nintendo, o 3DS, que deverá ser lançado no Japão até o final de 2014, chegando ao mercado europeu e no resto do mundo em 2015.