Negócio fechado, isso mesmo, foi confirmado nesta quinta-feira, 09 de outubro, pelo diretor-geral da Baidu no Brasil, Yan Din, a compra da companhia brasileira de comércio eletrônico, Peixe Urbano, por parte da empresa chinesa.

Segundo Yan Din, a negociação foi muito rápida, entre os primeiros contatos verdadeiros de compra e o fechamento do negócio, o tempo total foi de um mês apenas, onde ele descreve dizendo o seguinte: "Foi rápido, foi um tempo recorde, em apenas um mês fechamos o negócio, claro que já havíamos procurado a empresa em agosto, quando começamos a negociar".

De acordo com Yan Din, o que ajudou muito na negociação foi à entrada do CEO global da gigante chinesa da internet, Robin Li, que ajudou a acelerar a negociação.

Júlio Vasconcellos, presidente-executivo do Peixe Urbano, concorda que a negociação foi realizada em tempo recorde, tanto que ele diz o seguinte: "Fechar uma transação como essa em apenas um mês, é um feito histórico, um recorde, claro que começamos um "namoro" em agosto com a companhia chinesa, que procurava uma empresa brasileira como a nossa, e nós ao mesmo tempo procurávamos um sócio, assim sendo, eles vieram para o Brasil e conheceram nossa companhia, tomaram conhecimento dos nossos números e depois de um tempo nos convidaram para ir à China para conhecer o Baidu e seu CEO, Robin Li".

Mesmo com a negociação confirmada, Júlio Vasconcelos continuará a frente de um dos grandes shoppings de ofertas da internet no Brasil (Peixe Urbano) que está avaliada em R$ 180 milhões e conta atualmente com 20 milhões de usuários e 280 colaboradores em seu quadro.

Com o acordo fechado, cujo valor não foi revelado, o serviço de buscas chinês se torna acionista majoritário do Peixe Urbano, deixando bem claro as intenções que a Baidu tem em relação ao mercado brasileiro. Em um comunicado em relação ao assunto, a Baidu diz que: "O Brasil é um mercado prioritário, para isso deixaremos a atual equipe a frente das operações do site de compras".

Ainda em relação ao mercado nacional, a Baidu prometeu ao governo brasileiro um investimento na casa dos R$ 120 milhões nos próximos três anos.