Não é de hoje que criminosos exploram os mercados on-line e digitais para lavar dinheiro, e o serviço mais recente ligado a fraudadores é o Airbnb. Se você não conhece, é aquela plataforma onde você pode alugar sua casa, quarto, sofá da sala para alguém a partir do celular. Sem burocracia. Fundado em 2008 o serviço já vale mais de 31 bilhões de dólares, ou valia, até o estouro dessa bomba.

De acordo com um relatório do Daily Beast, golpistas russos estão alavancando o serviço para lavar dinheiro sujo de cartões de crédito roubados com a ajuda de anfitriões desonestos. Estes cúmplices são recrutados pelos fraudadores em fóruns russos dedicados à pratica de crimes. Lá eles buscam desde colaboradores até contas pirateadas.


Depois de criar ou comprar as contas do Airbnb, os golpistas as usam para solicitar reservas dos comparsas hospedeiros, que então enviam uma parte dos lucros a eles, mesmo que ninguém apareça para ficar na propriedade, segundo o especialista em segurança digital, Rick Holland, ao Daily Beast. Os anfitriões também ajudam os criminosos a evitar as regras da Airbnb sobre a identificação do governo - embora a empresa declare claramente que não pode ser responsabilizada pela confirmação da identificação de qualquer membro.

As postagens indicam que os fraudadores aliciam os anfitriões para repassar até US $ 3.000 por vez, em hospedagens falsas que ocorreriam dentro da Rússia e da UE. Ainda assim, é difícil avaliar quão extenso pode ser este crime dentro da Airbnb.

Em sua resposta, a empresa apontou seus algoritmos de machine-learning como parte de suas estratégias contra "atividade suspeita". Eles estão sempre aprendendo a se proteger dos falsários, mas um certo tempo é necessário até que um padrão malicioso seja identificado. Além disso eles disseram que medidas de avaliação ao cartão de crédito, se está sendo usado pelo seu proprietário ou não e avaliações do nível de risco associado a uma transação também são feitas para evitar crimes fiscais dentro da plataforma.