Os pesquisadores, há tempos tentam descobrir novos detalhes sobre Marte, sendo que muitas perguntas ainda estão sem respostas. Uma das grandes questões que os estudiosos querem descobrir é se há algum indício de que havia água na superfície marciana em alguma época, o que pode ter favorecido a vida.

Uma pesquisa recente considerou que a água existente em Marte pode ter ficado entre as rochas abaixo do solo. Sendo que por ali ainda pode haver algum fóssil, sugere o estudo.

Busca por vida em Marte deve ser subterrânea.
Busca por vida em Marte deve ser subterrânea.

Deste modo, os cientistas podem adotar uma nova estratégia para investigar pontos em que o sedimento proporcionado pela água se acumulou há tempos, como é o caso do lago que a Curiosity, da NASA, descobriu dentro da gale, uma cratera de 154 quilômetros.

"Marte não é a Terra", disse Joseph Michalski, professor associado do Department of Earth Sciences na Universidade de Hong Kong. Ele lidera a equipe que realizou o novo estudo. Assim sendo, as dificuldades de encontrar qualquer vestígio de água são bem diferentes, bem como as estratégias usadas.

A ideia é escavar na rocha para procurar fósseis em torno dos locais, onde a água quente e os nutrientes estão presentes. No lugar  pode haver alguma evidência de que a vida existiu algum dia em Marte.

"Devemos reconhecer que toda a nossa perspectiva de como a vida evoluiu e de como a evidência de vida é preservada está centrada pelo fato de que vivemos em um planeta onde a fotossíntese evoluiu. Mesmo que a fotossíntese evoluísse em Marte, continuam as questões sobre o sucesso da vida na superfície, e se a evidência dessa vida poderia ter sido capturada no registro sedimentar."

"Estes seriam lugares onde havia fluxo de fluido na crosta, e onde começaria a se misturar entre diferentes fluidos de diferentes fontes que têm potencialmente diferentes concentrações de elementos importantes, bem como hidrogênio dissolvido, por exemplo. Estes seriam legais."

Para conseguir descobrir uma possível vida antiga em Marte, a missão do Mars 2020 poderia ser usada. Jack Mustard, co-autor do estudo, professor de geologia da Universidade Brown em Rhode Island, disse que gostaria que o rover 2020 investigue as "zonas de fratura mineralizadas" expostas no Planeta Vermelho.

Mars 2020 é um rover que ainda está sendo estudado pela NASA, devendo ser lançado em 2020 para investigar astrobiologia, estudar a geologia e história do planeta, bem como a possibilidade de Marte ter sido habitado no passado.