A alternativa não é recente, cada vez mais sites estão monetizando os seus visitantes com a finalidade de minerar criptomoedas, e tudo isso ocorre através de um simples código java script. No entanto, o que poderia ser uma alternativa para substituir anúncios intrusivos, acabou tornando-se uma praga que tira proveito do poder da CPU do usuário sem a sua permissão.

Um dos códigos, que está sendo fornecido pela empresa Coinhive, já foi detectado em mais de 2.500 sites, a prática é chamada de "cryptojacking". O processo já foi visto no site Showtime, no The Pirate Bay, em um site ligado ao MBL, e agora o código também foi identificado no site do Governo de São Paulo. Porém, isso acaba prejudicando as máquinas dos usuários, já que elas ficam mais lentas.

Um dos códigos, que está sendo fornecido pela empresa Coinhive, já foi detectado em mais de 2.500 sites.
Um dos códigos, que está sendo fornecido pela empresa Coinhive, já foi detectado em mais de 2.500 sites.

A boa notícia é que a versão mais recente do navegador Opera chega com proteções embutidas contra cryptojacking. O Opera 50 utiliza a lista No Coin, que é atualizada com frequência à medida que surgem novos scripts de mineração.

O recurso já estava na fase de testes, juntamente com a versão beta do Opera 50. Agora, a partir de ontem (3), a atualização já está liberada oficialmente para todos os usuários.

Para ativar é necessário apenas ativar o adblocker interno do navegador nas preferências. Caso o usuário queira ver os anúncios e ainda se proteger contra o cryptojacking é preciso marcar a caixa "No Coin".

"Somos fãs de criptomoedas, mas simplesmente não aceitamos que os sites estejam usando os computadores das pessoas para extrair moedas sem o seu conhecimento ou consentimento. Com o novo Opera 50, queremos começar 2018 fornecendo às pessoas uma maneira simples de recuperar o controle de seus computadores", disse Krystian Kolondra, chefe do departamento de navegador para desktop do Opera.

Conforme o AdGuard, responsável pela análise dos 100 mil sites mais populares (conforme a empresa de análise Alexa), o número de sites que utilizam cryptojacking cresceu 31% em relação ao ano anterior.

O Opera é o primeiro navegador a oferecer uma proteção contra o problema, porém, a medida poderá se tornar popular entre os demais browsers.