Ontem (4), a Google anunciou que vai começar a construir outro cabo submarino. Desta vez, o percurso passa pelo Japão para Guam e de lá vai para a Austrália. O empreendimento abrange um largo espaço de território, levando em conta que são aproximadamente 9.500 KM ou quase 6.000 milhas.

O cabo, que foi apelidado de JGA, fará uma conexão com o cabo já existente entre Hong Kong, Cingapura e Austrália. O objetivo é construir um anel que cobrirá a região da Ásia-Pacífico. O grande projeto deve-se ao interesse da empresa por uma perspectiva mais econômica e técnica.

Mapa que explica o percurso dos cabos. (Imagem: divulgação do blog do Google)
Mapa que explica o percurso dos cabos. (Imagem: divulgação do blog do Google)

A empresa divulgou em seu blog uma postagem sobre o projeto em que explica que "o JGA está sendo co-construído pela NEC Corporation e pela Alcatel Submarine Networks. O segmento JGA-South está sendo desenvolvido por um consórcio da AARnet, Google e RTI-C, enquanto o segmento JGA-North é um cabo privado que está sendo desenvolvido pela RTI-C".

O percurso feito pelos cabos com dois pares de fibra irá ligar o Japão a Guam, e outros dois pares de fibra que ligarão Guam a Sydney. De acordo com a postagem, esse esquema fornecerá uma capacidade altamente escalável para nossos usuários e para os clientes do Google Cloud Plattform.

No texto também é dito que a decisão de construir o cabo se deu por uma decisão econômica relacionada à escala do uso do Google. Isso porque é mais rentável construir os próprios cabos ao invés de alugar o tempo dos outros assim que um determinado nível de utilização é atingido, é o que diz o engenheiro-chefe da empresa, Vijay Vusirikala. Ele acrescenta: "Isso é essencialmente construir infraestrutura em escala e com escala obtendo os benefícios da otimização".

O anúncio feito pela Google faz parte de uma série de investimentos que a empresa começou a fazer para ajudar a dimensionar e melhorar a economia. Nesse sentido, esse é apenas o começo do projeto que pode ser concluído no ano que vem. Em etapas, o processo começa com a construção dos cabos nas fábricas, que são feitos para durar e capazes de permanecer no leito do oceano.

As partes que compõem um cabo submarino. (Imagem: divulgação Google)
As partes que compõem um cabo submarino. (Imagem: divulgação Google)

Cada cabo é capaz de transportar 100 terabits de tráfego, o que equivale a 63.000 fotos por segundo, ou ainda mais de 650.000 fluxos de vídeo HD simultâneos. Junto disso, existe uma equipe que vai mapear as rotas ideais para que o cabo tenha a menor latência possível na maneira mais fácil de instalá-lo.

O projeto é parte de uma rede de 300 cabos que abrange todo o globo. Nos últimos anos houve um aumento significativo por conta de provedores de nuvem e hiperescala, assim como o Facebook, Amazon e outros, que acabam exigindo mais conectividade entre as regiões.

Fonte: TechCrunch