A Nintendo e a divisão PlayStation da Sony decidiram interromper a venda de seus produtos na Rússia. Com isso, as desenvolvedoras de jogos se juntam ao grupo de mais de 45 empresas que romperam sua relação com o país, incluindo Apple, Disney e Adidas.

Um porta-voz da PlayStation comunicou ontem (9) que a Sony decidiu suspender todas as remessas de console e jogos que iria para a Rússia, incluindo Gran Turismo 7, título recém-lançado para a plataforma. Além disso, a PlayStation Store (PS Store) ficará indisponível no território. A empresa diz:

"A Sony Interactive Entertainment (SIE) se une à comunidade global pedindo paz na Ucrânia"

Sony doa US$ 2 milhões para auxiliar refugiados e crianças

Além de cancelar o envio de produtos e bloquear seus serviços, a Sony doou US$ 2 milhões para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados e o Save the Children com o objetivo de "apoiar as vítimas desta tragédia".

Nintendo irá suspender em breve o envio de seus produtos para a Rússia

No mesmo dia do anúncio da Sony, a Nintendo disse que pretendia suspender todas as suas remessas de produtos para a Rússia. De acordo com a empresa, o motivo foi devido a "volatilidade considerável em torno da logística de remessa e distribuição de mercadorias físicas". Além disso, a desenvolvedora de jogos disse que está adiando o lançamento do jogo Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp devido "à luz dos recentes eventos mundiais".

Sony representa um dos movimentos mais significativos da industria até o momento

A Sony possui a maior fatia de mercado de consoles na Rússia de acordo com especialistas do setor. O chefe de jogos da empresa de pesquisa IDC, Lewis Ward, disse em entrevista ao site CNBC:

"O PlayStation tem a maior base instalada, então se uma empresa do lado do console tem uma escolha particularmente difícil do ponto de vista puramente financeiro, é a Sony."

O ministro digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, chegou a pedir para a Microsoft e a Sony para bloquearem todas as contas russas e bielorrussas e cancelassem qualquer evento marcado nos países.

Fonte: CNBC