A SpaceX enviou à órbita da Terra, 105 satélites de diferentes empresas, através da missão Transporter-3. A missão foi lançada no começo da tarde da última quinta-feira (13), e vem a ser, o segundo lançamento feito em 2022. Além disso, é o terceiro lançamento compartilhado dedicado já feito pela empresa.

O foguete Falcon 9 saiu da plataforma Space Launch Complex 40, na Flórida, às 12h25 (horário de Brasília). Em torno de 9 minutos depois, o primeiro estágio do foguete voltou, pousando em uma plataforma a alguns quilômetros de onde tinha decolado. De acordo com o gerente da engenharia de confiabilidade da SpaceX, Kate Tice, "Isso marca nossa 102ª recuperação em geral".

Ademais, o grande destaque desse novo lançamento, é que a missão Transporter 3 mandou um satélite brasileiro ao espaço, o qual pertence à startup PION Labs. O Pion-BR1 foi criado em apenas sete meses pela empresa. Abaixo, confira os detalhes.

SpaceX lança 105 satélites na órbita da Terra

Abaixo, confira o lançamento disponibilizado no Twitter oficial da SpaceX:

Em suma, o foguete Falcon 9 enviou diversos satélites para a órbita da Terra. Inclsuive, alguns eram menores que uma latinha de refrigerante, enquanto outros, chegavam ao tamanho de uma máquina de lavar. O maior deles, é o satélite Sich 2-1, que vai levar imagens da Terra ao governo da Ucrânia. Há também, um par de satélites da finlandesa ICEYE e da Capella Space, dos EUA.

Além disso, a missão contou com 44 satélites SuperDove da empresa Planet. E assim, elas se juntam a outros 240 que já foram lançados para a observação da Terra. Ademais, a missão também levou 8 cubesats Tevel, produzidos por estudantes israelenses.

Um dos satélites é brasileiro

Dentre os satélites que a SpaceX enviou para a órbita da Terra, está o Pion-BR1. O nanosatélite, produzido em apenas 7 meses pela PION Labs, tem apenas 125 cm cúbicos e 200 gramas. Ele teve um custo de R$ 500 mil à empresa brasileira. Em suma, o pequeno satélite vai transmitir um sinal do espaço, capaz de ser captado por radiamadores na Terra.

Ademais, o lançamento do Pion-BR1 ocorreu em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Olimpíada Brasileira de Satélites, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (OBSAT), Amsta-BR, Latin American Space Challenge (LASC) e Liga Brasileira de Radioamadores (Labre).

Esse lançamento é um grande marco para a ciência do Brasil. De acordo com um dos engenheiros ativos no projeto, Calvin Trubiene, "É uma conquista muito grande para a ciência brasileira". Após o envio do primeiro satélite, a meta é possibilitar uma constelação de satélites brasileiros. O Pion-BR1 deve atuar por até 2 anos no espaço, antes de reentrar na atmosfera.

Por fim, Trubiene afirma que:

"A ideia de lançarmos o Pion-BR1 é adquirir herança de voo e maturidade tecnológica para os futuros satélites da constelação da Pion. Queremos pensar em soluções de monitoramento de sustentabilidade e segurança, como muitos players do agronegócio e da preservação da Amazônia, por exemplo, demandam. Em um segundo momento, também pensamos em expandir a atuação para a América Latina".