A Tronsmart Bang Max é sem dúvidas uma concorrente direta da JBL PartyBox Encore Essential, avaliada pelo Oficina da Net no final do ano passado. Ambas me surpreenderam pelo som, mas a experiência de uso com elas foi diferente. Confira qual foi a minha opinião sobre esta caixa de som Bluetooth da Tronsmart após utilizá-la durante um mês.

Aspectos físicos e funcionalidades

Análise a fundo da caixa de som Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri
Análise a fundo da caixa de som Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri

Seguindo o padrão das diversas caixas Bluetooth no mercado, a Bang Max possui certificação IPX6, que atesta sua resistência a respingos de água. Embora ela possua botões que permitam controlar totalmente a reprodução das músicas, eles não são tão fáceis de mexer e responsivos quanto os da PartyBox Encore Essential da JBL. Na caixa de Tronsmart só há botões ao invés de um knob para girar e alterar o volume e notei também um atraso considerável no comando de play/pause na música.

Inicialmente, a possibilidade de controlar totalmente a reprodução das músicas, utilizando somente a caixa de som, pode parecer algo bobo. Entretanto, à medida que fui utilizando a caixa de som Bluetooth, percebi o quão prático é este recurso, pois por vezes o celular estava longe ou carregando na tomada.

Botões de controle da caixa de som Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri
Botões de controle da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri

Em termos de alto-falantes, a Bang Max utiliza um par de tweeters, um par de mid-tweeters e um par de woofers. O resultado disso é uma capacidade de controle maior da reprodução dos graves, médios e agudos. Entretanto, por algum motivo a Tronsmart realizou um ajuste que pode incomodar dependendo do gênero musical, como poderá ver em detalhes no tópico "qualidade de som" mais abaixo.

Analisando a qualidade de construção, a Bang Max me passou a sensação de um produto premium, muito bem-acabado, onde foi utilizado um tecido resistente e partes plásticas de qualidade. Sua base é localizada no centro e é feita em borracha com uma camada bem grossa, dando uma boa estabilidade no chão ou na mesa.

Base emborrachada da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri
Base emborrachada da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri

Comparado com a Bang SE, a Bang Max é basicamente 3 vezes maior. Além disso, seu peso é relativamente grande (6Kg) comparado ao da Bang SE (2,2 Kg). Já a JBL PartyBox Encore Essential tem um peso bem próximo ao da Bang Max, mas com a diferença de ter um formato de caixote enquanto a caixa da Trosnmart segue uma estrutura cilíndrica.

Bateria e conectividade

A Tronsmart tem uma duração de bateria de 24h com seus LEDs RGB desligados e seu carregamento completo demora cinco horas. Entretanto, ao utilizar seu modo "karaokê", conectando um microfone e/ou uma guitarra, a autonomia cai para 10h. Note que para recarregar a bateria não é utilizado um cabo USB e sim um carregador semelhante ao de um notebook, onde o plugue que encaixa na caixa é tipo barril.

Conexões suportadas pela caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri
Conexões suportadas pela caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri

Qualidade de som

Sem dúvidas o som da Tronsmart Bang Max irá impressionar a muitos ao ouvi-la pela primeira vez, pois ele preenche um ambiente de uma forma muito diferente das outras caixas de som Bluetooth que há no mercado. Entretanto, seu som não é algo que pende para o neutro e há uma pegada mais forte nos graves, assim como ocorre na PartyBox Encore Essential.

Os graves da Bang Max são mais levantados na região dos médio graves, dando uma sensação de preenchimento maior, com mais massa, volume. Embora essa característica possa ser cansativa as vezes, a implementação foi feita de modo a não invadir muito os médios e agudos, entregando uma apresentação com um bom nível de clareza no som.

Por conta da atividade excessiva nos médios graves, a percepção dos subgraves e a extensão deles é prejudicada. Isso afeta a definição geral dos graves na música, apresentando menos textura e profundidade. Alguns podem gostar pelo fato de passar a sensação massiva de preenchimento dos graves, mas eu senti uma falta de algo que vai "até o fundo".

Radiador para os graves da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri
Radiador para os graves da caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri

Com relação aos médios, eu notei que a Bang Max os apresenta de forma viva e dinâmica. Eles soam abertos e agradáveis. Isso é interessante, pois assim as vozes e os instrumentos de corda não ficam apagados nas músicas.

Indo para os agudos, infelizmente achei eles estridentes em diversos momentos na Bang Max. Embora haja uma boa extensão e brilho, notei que eles podem ser cansativos em alguns gêneros músicas, me obrigando a diminuir o volume da caixa de som. Isso se deve provavelmente a uma atividade maior nos médios agudos, onde deve haver picos nesta faixa de frequência do som.

A separação dos sons da Bang Max é muito boa para uma caixa de som Bluetooth e é de se esperar devido a robustez de seus alto-falantes. Porém, é uma pena que a Tronsmart não soube tuna-los de maneira a apresentar um melhor equilíbrio tonal (distribuição de médios e agudos). É possível amenizar isso utilizando as pre-equalizações do aplicativo da Tronsmart, mas a análise se concentrou no modo "normal" da caixa de som.

Alça em plástico rígido da caixa de som Bluetooth Trosnmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri
Alça em plástico rígido da caixa de som Bluetooth Trosnmart Bang Max. Fonte: Vitor Valeri

Conclusão

A caixa de som Bluetooth Tronsmart Bang Max é um excelente custo-benefício considerando sua portabilidade e qualidade de som comparado a maioria dos modelos de funcionalidade semelhante no mercado. Atualmente, na loja oficial da Tronsmart no Aliexpress, a Bang Max custa US$ 319,98, mas é possível adquiri-la também no site do fabricante por US$ 229.