O mensageiro WhatsApp está sendo utilizado mais uma vez para a aplicação de um novo golpe, desta vez, utilizando o programa Bolsa Família, do Governo Federal, para enganar os usuários. O golpe já se propagou de tal forma que conseguiu atingir mais 600 mil brasileiros em menos de 24 horas.

Segundo informações da equipe de segurança da PSafe, especializada em cibercrimes, o mecanismo é muito semelhante ao dos outros golpes que já foram aplicados pelo aplicativo, com propagandas enganosas, envolvendo brindes, promoções, ganhos monetários, além da solicitação de compartilhamento entre os usuários.


O novo golpe que está sendo aplicado contém um link malicioso que tem como principal alvo beneficiários do Bolsa Família que possuem o cartão do programa. No contexto da mensagem, há promessa de dinheiro, com utilização do domínio ".gov.br", que subentende-se que pertença ao governo.

Golpe do Bolsa Família sendo propagado pelo aplicativo
Golpe do Bolsa Família sendo propagado pelo aplicativo

De acordo com o aplicativo de segurança DFNDR Security, o golpe já foi aplicado a mais de 600 mil brasileiros, isso porque a companhia contabilizou o número de aparelhos que foram impedidos de ter seus smartphones afetados. Com isso, estima-se que este número seja ainda maior.


Ao clicar no link do golpe sobre a Bolsa Família, o usuário é direcionado para responder três perguntas, para após receber R$ 954, as quais são: "Você possui o cartão bolsa família?", "Você recebe todo mês?" e "Você conhece amigos ou parentes que recebe?". Sendo assim, ao terminar de responder o questionamento, a vítima é encaminhada há uma página que solicita o compartilhamento da mensagem com pelo menos 10 amigos ou 10 grupos do WhatsApp.

Perguntas feitas no golpe
Três perguntas feitas no golpe


Os hackers, então, direcionam o usuário para efetuar o download de aplicativos que podem infectar o celular e expor dados pessoais, como senhas e informações financeiras, conforme indica a PSafe.


Ao se deparar com promoções que estão sendo propagadas pelo aplicativo, confira sempre com a empresa ou o órgão para confirmar a sua veracidade, antes de informar qualquer dado ou de clicar em links. Especialistas em segurança também sugerem a utilização de soluções de antivírus com função de bloqueio anti-phishing.