A Amazon já começou a vender eletrônicos no Brasil nesta quarta-feira (18), conforme noticiamos. A empresa varejista já atua no pais há seis meses com a venda de livros, passando a ampliar seu leque de produtos nesta semana. A partir de agora é possível encontrar na loja da Amazon também eletrônicos, como smartphones, TVs, tablets e impressoras (novas e usadas).

O presidente da Amazon no Brasil, Alex Szapiro disse "Queremos ter o maior número possível de produtos e também o maior número de vendedores para ter os melhores preços ao consumidor".

Os produtos estão disponíveis desde a primeira hora da manhã desta quarta-feira, são 110.000 itens ofertados por "milhares de vendedores", afirma a companhia.

Frete mais barato
Frete mais barato

A comissão cobrada pela Amazon nas vendas é de 10%, enquanto que as demais varejistas cobram, em média 15%. Um executivo do setor salientou que "A Amazon oferece hoje frete de 2,50 reais para livros em seu marketplace. É um valor extremamente baixo e que fica difícil para outros concorrerem", ele acredita que a empresa também deve começar a subsidiar o frete, assim como vem fazendo com o segmento de livros.

As fabricantes Sony, LG e Motorola estão entres as empresas que entraram no market place da Amazon, assim como os e-commerces Efácil, Webfones e Clubnet.

Impacto no comércio eletrônico brasileiro

Os impactos já podem ser notados na bolsa de valores, desde o momento em que a notícia da ampliação da Amazon começou a circular, as ações da B2W, maior empresa de e-commerce do país teve queda de 20,8%, as da Via Varejo recuaram 13,9% e a Magazine Luiza teve queda de 18,6%. Já na bolsa americana Nasdaq, os papeis do Mercado Livre tiveram queda de 14,4%.

As maiores varejistas brasileiras ressaltam que não temem a chegada da Amazon no país. Nesta semana, a B2W informou que vai implementar no fim de novembro a venda de produtos usados, negociados diretamente entre pessoas físicas, mesma estratégia utilizada pela Amazon e pelo Mercado Livre.

Além disso, a companhia pretende lançar o "Americanas Prime", serviço de entregas premium com assinatura que garante valor fixo de frete no ano, independente da quantidade de produtos.

Marcos Galperin, presidente mundial do Mercado Livre, informou que ainda neste ano pretende fazer um investimento recorde no país, no valor de 1 bilhão de reais, que vai implementar o primeiro centro de distribuição da empresa em solo brasileiro.

A estratégia adotada pela companhia no Brasil é deixar o estoque e a entrega por conta dos lojistas, o que não acontece em mercados que tem a plataforma Amazon Fulfillment.

O diretor do Instituto Ibero Brasileiro de Relacionamento com o Cliente, Alevir Francisco de Assis, disse "A Amazon é uma marca muito desejada no Brasil. Se eles apenas oferecerem o que os outros já oferecem, não vão trazer a satisfação esperada. O consumidor vai comparar a empresa com a Americanas.com. O mínimo que ele espera é um serviço melhor".

Szapiro ressalta o call center que a empresa tem com profissionais treinados e funcionários disponíveis para atender solicitação dos clientes a qualquer momento. A Amazon brasileira aposta no atendimento ao cliente como um de seus diferenciais. Szapiro diz "Recebemos muitos elogios deste atendimento. Atender bem é algo básico", no entanto Assis critica o sistema de atendimento ao cliente, uma vez que os profissionais capacitados para atividade e o call center fica localizado na Costa Rica "Como é que alguém da Costa Rica pode entender os problemas de alguém que não teve seu produto entregue na favela do Rio, por exemplo?".

Ofertas de lançamento

As ofertas apresentadas no primeiro dia em que a loja de eletrônicos inaugura no país são semelhantes aos preços encontrados nas demais varejistas brasileiras. Entre os produtos que aparecem em destaques promocionais estão:

Além dos produtos citados acima, encontramos na lista de destaques o Smartphone Motorola Moto G5 Plus Platinum 5,2" Câmera 12 MP Memória 32GB e 2GB de RAM, por R$ 1.079,00.  

Sendo assim, a partir de hoje a Amazon passa a comercializar além de livros, também eletrônicos no Brasil. Com isso, cresce ainda mais o leque de ofertas de produtos no país e é mais uma opção de escolha para o consumidor brasileiro.